Coletânea reúne gravações psicodélicas realizadas no Brasil entre 1967 e 1976
Uma fase do rock brasileiro que considero interessante é a da Psicodelia, apesar das poucas gravações em raros e valiosos LPs e compactos. Felizmente, várias gravações da época – entre 1967 e meados dos anos 1970 – começam a aparecer após a massificação do compartilhamento de músicas pela Internet. Esta coletânea vai desde Caetano Veloso, Mutantes, Gilberto Gil, Gal Costa e Tom Zé, enquadrados na chamada Tropicália, até nomes desconhecidos como Tony e o Som Colorido, Os Apaches, Bangô e Loyce e Os Gnomes. Uma das curiosidades é a dupla Dom e Ravel, em início de carreira, na psicodélica “Desvio Mental”, de 1969, com direito a citação de “Juanita Banana”. Os mesmos Dom e Ravel participam do backing vocal de "Hey sol", de Dom, gravada em 1969 por Vanusa, mas sem o devido crédito à dupla na ficha técnica do LP.
Segundo o site Senhor F, ”a psicodelia se fez presente no rock nacional com suas guitarras distorcidas e letras lisérgicas desde o final dos anos sessenta, desdobrando-se em som progressivo e outras misturas afins até a primeira metade dos anos setenta, incorporando inclusive as sonoridades regionais, especialmente a nordestina. Enfrentando toda sorte de preconceito, o gênero contribuiu para alargar os horizontes da música jovem brasileira, cujas estruturas conservadoras haviam sido abaladas pouco tempo antes pelo som de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Rogério Duprat e Os Mutantes, no movimento batizado de Tropicalismo. Sem apelo comercial, o som psicodélico ficou restrito a grupos mais radicais, ao público mais descolado e sintonizado com o movimento hippie”.
“As primeiras manifestações psicodélicas ocorreram em São Paulo, por meio de grupos como The Beatniks, Os Baobás e The Galaxies, que introduziram em seus repertórios clássicos do gênero produzido nos Estados Unidos, especialmente. The Beatniks, grupo de palco do programa Jovem Guarda (Roberto Carlos) na TV Record, aliado ao agitador cultural e artista plástico Antônio Peticov, produziu ótimos compactos, com covers de Gloria (Them), Fire (Jimi Hendrix) e Outside Chance (The Turtles). Os Baobás, que teve Liminha entre seus membros, também destacou-se por meio de cinco ótimos compactos e um LP, onde registraram sua paixão por Doors, Jimi Hendrix e Zombies, entre outros. Enquanto The Galaxies, misto de paulistas, americanos e ingleses, deixaram um raro e clássico álbum gravado em 1968, contendo canções originais e covers para Love, Donovan e outros ícones da geração flower power.”
"Ainda nos anos sessenta, outras bandas como The Beat Boys, Os Brazões e Liverpool produziram obras geniais que ficaram na memória de quem viveu a época. The Beat Boys, depois de acompanhar Caetano Veloso em Alegria Alegria e Gilberto Gil em Questão de Ordem, gravou um excelente álbum, lançado em 1968, que contém alguns clássicos da psicodelia nacional, como Abrigo de Palavras em Caixas do Céu. Os Brazões também gravaram apenas um ótimo e ultra-tropicalista lp, que contém Gotham City (regravada pelo Camisa de Vênus, nos anos oitenta), Pega a Voga Cabeludo (de Gil), Momento B8 (Brazilian Octopus) e Planador (Liverpool), entre outras pérolas sonoras. Já o grupo gaúcho Liverpool é responsável por um dos melhores álbuns gravados nos anos sessenta, o LP Por Favor, Sucesso, que contém as clássicas Impressões Digitais, Olhai os Lírios do Campo e Voando, entre outras. Menos conhecidos, grupos como Spectrum, Bango, Módulo 1000, Equipe Mercado e A Tribo também marcaram com suas misturas sonoras o início dos anos setenta."
Confira a coletânea:
01 - 1967 - Caetano Veloso - Eles
02 - 1968 - Os Mutantes - Ave Genghis khan
03 - 1969 - Som Imaginário - Nepal
04 - 1969 - Vanusa - Hey sol (part. esp. Dom e Ravel)
05 - 1969 - Dom e Ravel - Desvio mental
06 - 1968 - Os Apaches - 11º Mandamento
07 - 1970 - Módulo 1000 - Metrô mental
08 - 1970 - Cleide Alves - O mundo que sonhei
09 - 1972 - Tony e o Som Colorido - O Carona
10 - 1970 - Serguei - O burro cor-de-rosa
11 - 1975 - Lula Côrtes e Zé Ramalho - Raga dos raios
12 - 1974 - Secos e Molhados - Voo
13 - 1968 - Gilberto Gil - Questão de ordem
14 - 1976 - 14 Bis - God save the queen
15 - 1970 - Tom Zé - Jimmy renda-se
16 - 1969 - Gal Costa - Cultura e civilização
17 - 1971 - Os Carbonos - We're not gonna take it
18 - 1969 - The Pop's - Som Imaginário De Jimmi Hendrix
19 - 1971 - Bangô - Inferno no mundo
20 - 1969 - Loyce e Os Gnomes - Era uma nota de 50 cruzeiros
sexta-feira, 29 de julho de 2011
terça-feira, 26 de julho de 2011
The Jordans - Marionetes de cartão (single 1975)
Single da banda The Jordans foi lançado em 1975 pelo desconhecido selo Scala
Este single do grupo The Jordans, lançado em 1975 pelo selo Scala e fabricado pela Tapecar, é um mistério porque não consta na discografia dos músicos. O disco traz a dançante “Marionetes de cartão”, uma versão de Sebastião Ferreira da Silva para “Marionetas de carton”, de E. Franco, C. Valdez e Momy, e a romântica “Cristina”, de Neno e Pardal. A discografia, em sua primeira fase, começa em 1961 e termina em 1971, ano do lançamento do álbum homônimo pelo selo Copacabana (foto abaixo). Segundo o Wikipedia, o The Jordans durou até 1975, quando encerrou as atividades, retornando novamente em 1993. Se assim for, este single deve ser o último da primeira fase. A pergunta que se faz: outros discos foram lançados entre 1972 e 1975?
O grupo iniciou carreira na linha dos ingleses Shadows e dos norte-americanos Ventures. O nome do grupo é inspirado no The Jordanaries, que acompanhava Elvis Presley na época de sua formação em 1956. O que distinguia os Jordans de outros grupos brasileiros na mesma linha, como Os Incríveis e The Jet Black's, era o uso de instrumentos pouco comuns no pop-rock instrumental, como vibrafone, bandolim e três guitarras elétricas.
O grupo se formou em São Paulo, no bairro da Mooca, com Aladdin (Romeu Mantovani Sobrinho), guitarra-solo; Sinval (Olímpio Sinval Drago), guitarra-base; Tony (José de Andrade), contrabaixo; Foguinho (Valdemar Botelho Júnior), bateria; e Irupê (Irupê Teixeira Rodrigues), saxofone e trompete, apresentando-se em clubes. Apareceram na televisão pela primeira vez em 1958, no programa "Crush em Hi-fi", primeira atração televisiva dedicada exclusivamente ao rock no Brasil, exibida pela TV Record e apresentada por Tony e Celly Campello, principais ídolos da juventude brasileira na época.
Em 1960, Antonio Aguilar os apresentou em um programa da Rádio Nacional, quando conseguiram o primeiro contrato de gravação, um 78 rpm pela Espaciall Mocambo, com o instrumental "Boudah" (G. Dovan e B. Drean), no início de 1961. O grupo lançou Manito (tocando bateria enquanto Foguinho servia o exército) e Mingo, que depois formaram o conjunto The Clevers (posteriormente Os Incríveis). Mais tarde, o trompetista Neno, também do The Clevers, passou a fazer parte do grupo.
Contratado pela Copacabana em 1961, o conjunto gravou vários 78 rpm, LPs e compactos. O primeiro grande êxito foi "Blue Star" (Victor Young Edward Heymann), em 1963, que ficou oito meses nas paradas de sucesso. Daí para excursões pela América Latina e Europa foi um pulo. Em 1968, por exemplo, durante viagem a Londres, tiveram o privilégio de conhecer pessoalmente os quatro integrantes dos Beatles num restaurante próximo dos estúdios Abbey Road, pois os garotos de Liverpool estavam gravando o histórico álbum branco. O inusitado encontro foi documentado em vídeo e exibido no programa Fantástico, da Rede Globo.
Foi um dos grupos mais requisitados na Jovem Guarda para acompanhar os astros da época, tanto em shows como em gravações. "Tema de Lara" (Maurìce Jarre) e "Midnight in Moscou" (I. Dunaeyvsky K. Ball) foram outros dois grandes sucessos do grupo. Os músicos também participaram dos filmes "Puritano da Rua Augusta" e "A desforra" (do qual são os autores da trilha sonora). Aladdin saiu da banda em fins de 1968 e o grupo se dissolveu nos anos 70. Irupê transferiu-se para o grupo de samba Raça Negra, como saxofonista e arranjador.
Em 1995, com Aladdin, Sinval, Tony, Foguinho e, eventualmente, Manito, o conjunto gravou um disco de reunião, "Bons tempos". Segundo RStone, da MC & JG, "nestes últimos cinco anos, o grupo vem ganhando cada vez mais destaque nas flamejantes apresentações ao vivo. As apresentações arrastam uma multidão de velhos e novos fãs, ávidos pelos sons eloquentes da guitarra mágica do mestre Alladim, sempre acompanhado pelos fiéis escudeiros Sinval (guitarra-base) e Tony (baixo) e, esporadicamente, o lendário baterista Foguinho. A banda é complementada pelos teclados de Maurício “Elvis” Britto. É com esta formação que os Jordans nos apresentam seu novo/velho disco, o fabuloso Aplauso! – 50 Anos The Jordans, um álbum de 2010 super bem gravado que traz grandes clássicos do rock instrumental com toda a modernidade dos tempos atuais". Vale a pena conferir!
Lado A - Marionetes de cartão (Marionetas de carton)
(E. Franco - C. Valdez - Momy - vs. Sebastião Ferreira da Silva
Lado B - Cristina
(Neno e Pardal)
Single produzido por Cássio Visconti Jr, com arranjos e regência de Wilson Mauro.
Este single do grupo The Jordans, lançado em 1975 pelo selo Scala e fabricado pela Tapecar, é um mistério porque não consta na discografia dos músicos. O disco traz a dançante “Marionetes de cartão”, uma versão de Sebastião Ferreira da Silva para “Marionetas de carton”, de E. Franco, C. Valdez e Momy, e a romântica “Cristina”, de Neno e Pardal. A discografia, em sua primeira fase, começa em 1961 e termina em 1971, ano do lançamento do álbum homônimo pelo selo Copacabana (foto abaixo). Segundo o Wikipedia, o The Jordans durou até 1975, quando encerrou as atividades, retornando novamente em 1993. Se assim for, este single deve ser o último da primeira fase. A pergunta que se faz: outros discos foram lançados entre 1972 e 1975?
O grupo iniciou carreira na linha dos ingleses Shadows e dos norte-americanos Ventures. O nome do grupo é inspirado no The Jordanaries, que acompanhava Elvis Presley na época de sua formação em 1956. O que distinguia os Jordans de outros grupos brasileiros na mesma linha, como Os Incríveis e The Jet Black's, era o uso de instrumentos pouco comuns no pop-rock instrumental, como vibrafone, bandolim e três guitarras elétricas.
O grupo se formou em São Paulo, no bairro da Mooca, com Aladdin (Romeu Mantovani Sobrinho), guitarra-solo; Sinval (Olímpio Sinval Drago), guitarra-base; Tony (José de Andrade), contrabaixo; Foguinho (Valdemar Botelho Júnior), bateria; e Irupê (Irupê Teixeira Rodrigues), saxofone e trompete, apresentando-se em clubes. Apareceram na televisão pela primeira vez em 1958, no programa "Crush em Hi-fi", primeira atração televisiva dedicada exclusivamente ao rock no Brasil, exibida pela TV Record e apresentada por Tony e Celly Campello, principais ídolos da juventude brasileira na época.
Em 1960, Antonio Aguilar os apresentou em um programa da Rádio Nacional, quando conseguiram o primeiro contrato de gravação, um 78 rpm pela Espaciall Mocambo, com o instrumental "Boudah" (G. Dovan e B. Drean), no início de 1961. O grupo lançou Manito (tocando bateria enquanto Foguinho servia o exército) e Mingo, que depois formaram o conjunto The Clevers (posteriormente Os Incríveis). Mais tarde, o trompetista Neno, também do The Clevers, passou a fazer parte do grupo.
Contratado pela Copacabana em 1961, o conjunto gravou vários 78 rpm, LPs e compactos. O primeiro grande êxito foi "Blue Star" (Victor Young Edward Heymann), em 1963, que ficou oito meses nas paradas de sucesso. Daí para excursões pela América Latina e Europa foi um pulo. Em 1968, por exemplo, durante viagem a Londres, tiveram o privilégio de conhecer pessoalmente os quatro integrantes dos Beatles num restaurante próximo dos estúdios Abbey Road, pois os garotos de Liverpool estavam gravando o histórico álbum branco. O inusitado encontro foi documentado em vídeo e exibido no programa Fantástico, da Rede Globo.
Foi um dos grupos mais requisitados na Jovem Guarda para acompanhar os astros da época, tanto em shows como em gravações. "Tema de Lara" (Maurìce Jarre) e "Midnight in Moscou" (I. Dunaeyvsky K. Ball) foram outros dois grandes sucessos do grupo. Os músicos também participaram dos filmes "Puritano da Rua Augusta" e "A desforra" (do qual são os autores da trilha sonora). Aladdin saiu da banda em fins de 1968 e o grupo se dissolveu nos anos 70. Irupê transferiu-se para o grupo de samba Raça Negra, como saxofonista e arranjador.
Em 1995, com Aladdin, Sinval, Tony, Foguinho e, eventualmente, Manito, o conjunto gravou um disco de reunião, "Bons tempos". Segundo RStone, da MC & JG, "nestes últimos cinco anos, o grupo vem ganhando cada vez mais destaque nas flamejantes apresentações ao vivo. As apresentações arrastam uma multidão de velhos e novos fãs, ávidos pelos sons eloquentes da guitarra mágica do mestre Alladim, sempre acompanhado pelos fiéis escudeiros Sinval (guitarra-base) e Tony (baixo) e, esporadicamente, o lendário baterista Foguinho. A banda é complementada pelos teclados de Maurício “Elvis” Britto. É com esta formação que os Jordans nos apresentam seu novo/velho disco, o fabuloso Aplauso! – 50 Anos The Jordans, um álbum de 2010 super bem gravado que traz grandes clássicos do rock instrumental com toda a modernidade dos tempos atuais". Vale a pena conferir!
Lado A - Marionetes de cartão (Marionetas de carton)
(E. Franco - C. Valdez - Momy - vs. Sebastião Ferreira da Silva
Lado B - Cristina
(Neno e Pardal)
Single produzido por Cássio Visconti Jr, com arranjos e regência de Wilson Mauro.
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Cabeça de Bagre - Manual de instrução (demo)
Banda foi formada em Nagoya, no Japão, em 2004, por jovens brasileiros dekasseguis
Esqueça os primórdios do rock, a Jovem Guarda, a MPB e prepare sua audição para algo mais contemporâneo: Cabeça de Bagre. A banda, formada em 2004 na província de Aichi, cidade de Nagoya, no Japão, tem influência de vários grupos brasileiros, como Titãs, Raimundos, Ultraje a Rigor, Mamonas Assassinas, Capital Inicial,RPM, Cpm22 e outros. Em 2008, a Cabeça de Bagre gravou um demo com as sete músicas aqui postadas, e uma das faixas – "Manual de instrução" – foi muito executada e virou hit por lá na Rádio Transamérica FM, dirigida ao ouvinte nipo-brasileiro. Fiquei muito feliz quando recebi este demo do Japão porque o meu sobrinho Fabrício, o guitarrista Pateta, fazia parte da banda. Ouvi e gostei muito, assim como vários amigos.
A banda, na época, era formada por Fernando (contra-baixo), Maru (bateria), Sato (guitarra) e Paulão (vocal), além do meu sobrinho. Todos os integrantes são brasileiros que imigraram para o Japão, mas levaram consigo toda a irreverência e atitude do bom rock'n roll. Com o demo pronto, o grupo decidiu retornar ao Brasil e investir na carreira. Meu sobrinho preferiu permanecer no Japão, e saiu da banda após gravar “Horário do busão”, que acompanha a postagem como faixa-bônus. O demo foi gravado por esta formação do grupo que, ao longo do tempo, teve vários integrantes, mas sempre permanecendo Paulo Marx (Vocal) e Fernando Rossini (Contra-baixo), até a chegada dos atuais Loui Satto "Satto" (Guitarrista), Roger Ichikawa "Roger"(Baterista) e por fim New Terahata "New" (Guitarrista).
No momento, a banda é produzida por Paulo Pagni (P.A/RPM) e fez abertura dos shows do Paulo Ricardo, ex-vocalista do RPM, segundo anuncia o site da Cabeça de Bagre. Entendo que, independente da participação ou não do meu sobrinho na guitarra, a banda tem talento e pode sonhar com o sucesso, pois tem material próprio de boa qualidade. Fica aqui nossa energia positiva para que o sonho se transforme em realidade. Tem potencial para isso. Confira se tenho ou não razão, e deixe seu comentário a respeito.
01. Fazendo fumaça
02. Computador de cabeça
03. Marie Fuel
04. Manual de instrução
05. Hoje eu não vou trabalhar
06. Pé rapado
07. Cinco contra um
08. Horário do busão (Bônus)
Esqueça os primórdios do rock, a Jovem Guarda, a MPB e prepare sua audição para algo mais contemporâneo: Cabeça de Bagre. A banda, formada em 2004 na província de Aichi, cidade de Nagoya, no Japão, tem influência de vários grupos brasileiros, como Titãs, Raimundos, Ultraje a Rigor, Mamonas Assassinas, Capital Inicial,RPM, Cpm22 e outros. Em 2008, a Cabeça de Bagre gravou um demo com as sete músicas aqui postadas, e uma das faixas – "Manual de instrução" – foi muito executada e virou hit por lá na Rádio Transamérica FM, dirigida ao ouvinte nipo-brasileiro. Fiquei muito feliz quando recebi este demo do Japão porque o meu sobrinho Fabrício, o guitarrista Pateta, fazia parte da banda. Ouvi e gostei muito, assim como vários amigos.
A banda, na época, era formada por Fernando (contra-baixo), Maru (bateria), Sato (guitarra) e Paulão (vocal), além do meu sobrinho. Todos os integrantes são brasileiros que imigraram para o Japão, mas levaram consigo toda a irreverência e atitude do bom rock'n roll. Com o demo pronto, o grupo decidiu retornar ao Brasil e investir na carreira. Meu sobrinho preferiu permanecer no Japão, e saiu da banda após gravar “Horário do busão”, que acompanha a postagem como faixa-bônus. O demo foi gravado por esta formação do grupo que, ao longo do tempo, teve vários integrantes, mas sempre permanecendo Paulo Marx (Vocal) e Fernando Rossini (Contra-baixo), até a chegada dos atuais Loui Satto "Satto" (Guitarrista), Roger Ichikawa "Roger"(Baterista) e por fim New Terahata "New" (Guitarrista).
No momento, a banda é produzida por Paulo Pagni (P.A/RPM) e fez abertura dos shows do Paulo Ricardo, ex-vocalista do RPM, segundo anuncia o site da Cabeça de Bagre. Entendo que, independente da participação ou não do meu sobrinho na guitarra, a banda tem talento e pode sonhar com o sucesso, pois tem material próprio de boa qualidade. Fica aqui nossa energia positiva para que o sonho se transforme em realidade. Tem potencial para isso. Confira se tenho ou não razão, e deixe seu comentário a respeito.
01. Fazendo fumaça
02. Computador de cabeça
03. Marie Fuel
04. Manual de instrução
05. Hoje eu não vou trabalhar
06. Pé rapado
07. Cinco contra um
08. Horário do busão (Bônus)
domingo, 24 de julho de 2011
Rosemary - Singles & Raridades
Coletânea homenageia os 50 anos de carreira profissional da cantora Rosemary em 2011
Exclusivamente nesta postagem o navegante terá duas opções de capa e contracapa do CD
Capa é inspirada na paixão da cantora pela Mangueira, escola de samba do Rio
A cantora Rosemary prepara-se para comemorar 50 anos de carreira, iniciada na infância à época em que acompanhava a irmã Terezinha na TV, onde trabalhava como garota-propaganda do Chacrinha. É ela a famosa Terezinhaaaaaaaaa, que o Velho Guerreiro chamava em seu programa. O primeiro disco da Rosemary, segundo a discografia disponível no site Jovem Guarda, foi lançado em agosto de 1961 – um 78 RPM da Chantecler com as músicas “Fala coração” (Jorge Duarte - Norival Reis) e “Também sou mulher (O.Jaber - Neuza Teixeira). São as gravações mais raras da sua discografia, e infelizmente não as tenho nesta postagem que a homenageia pelos 50 anos.
A coletânea comporta dois CDs e traz músicas lançadas em singles e projetos especiais. Isso só foi possível graças a colaboração do amigo Wilton, que me forneceu canções que não tinha em meu acervo, como “Foram-se os anéis”, de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, “Vestígios”, de Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle, “Cara, para e trata a cuca” (Robson Jorge – Lincoln Olivetti – Ronaldo e Rosemary) e “Abrigo” (Ronaldo e Robson Jorge), entre outras. São registros que ele conseguiu com o pessoal da comunidade MC & JG, do amigo RStone, a quem estendo os meus agradecimentos.
Esta coletânea, por ser uma homenagem a artista, apresenta um diferencial: o amigo poderá escolher a capa e a contracapa do CD duplo. São duas opções: a primeira é inspirada no carnaval e na paixão da Rosemary pela Mangueira. A segunda - em preto e branco – explora a bela plástica da cantora. Ambas as opções estão na pasta. É só escolher na hora de imprimir. As fotos que ilustram as capas e contracapas são do site da cantora, que ganhou projeção nacional na época da Jovem Guarda e ficou conhecida como "Fada Loura".
Além de “Adorável Trapalhão”, a cantora também participou dos filmes nacionais "Jovens Prá Frente" ao lado de Oscarito; "Os Reis do Iê-Iê-Iê" e "Som, Amor e Curtição" com Antonio Marcos.. Na TV, foi estrela de grandes musicais da TV Globo e participou das novelas "Ti-Ti-Ti", "Cambalacho" e "Barriga de Aluguel". A cantora também fez show no exterior e se apresentou na Casa Branca, durante o governo de Jimmy Carter. Foi uma das artistas que defendeu a revitalização do Museu Carmen Miranda.
A cantora, após o movimento Jovem Guarda, passou a se dedicar à MPB, cantando clássicos do repertório da Pequena Notável, sem deixar de lado as românticas. Fez muito sucesso com “Quero ser sua” (Odair José), Jóia (Roberto Carlos – Erasmo Carlos), "Um caso meu" (Mauro Motta-Robson Jorge) e outras. Em 2008, regravou "Separação" - outro sucesso do repertório - em participação especial no disco e DVD do cantor Amado Batista, e lançou o CD e DVD “Mulheres da Mangueira”, uma homenagem à sua escola de samba, onde é uma das mais antigas participantes.
Confira a postagem:
CD 1
01 - 1962 - Eu sei
02 - 1962 - Reprovada
03 - 1964 - Madame Carijó (marcha carnavalesca)
04 - 1965 - Como pode acontecer
05 - 1965 - Juro por Deus
06 - 1966 - Amar e ser amada
07 - 1966 - Amor de verdade
08 - 1969 - O que é que eu faço para te esquecer
09 - 1969 - Hei de ver
10 - 1970 - Camisa listada
11 - 1970 - Ta-hi
12 - 1970 - Lua branca
13 - 1970 - Corta-jaca
14 - 1971 - Garota transparente (marcha carnavalesca)
15 - 1971 - Tema de Adão
16 - 1971 - O amor que em mim ficou
17 - 1972 - Pros filhos do Zé
18 - 1972 - Noite clara
19 - 1973 - Você não vai dizer adeus
20 - 1974 - Janela do mundo
CD 2
01 - 1974 - Vem comigo
02 - 1975 - Nothing has changed
03 - 1975 - I love you (Natalie)
04 - 1977 - Um caso meu
05 - 1977 - Meu amor
06 - 1978 - Solidão
07 - 1978 - Sem saber eu fui feliz
08 - 1978 - Cara para e trata a cuca
09 - 1978 - Abrigo
10 - 1982 - Emoções diferentes
11 - 1983 - Paixão
12 - 1983 - Ter sido tua, valeu
13 - 1985 - Carne e osso
14 - 1986 - Foram-se os anéis
15 - 1986 - Vestígios
16 - 2008 - Estrelas consagradas (ao vivo com Beth Carvalho)
17 - 2008 - Alvorada (ao vivo com Dudu Nobre)
18 - 2008 - Mangueira e suas mulheres (ao vivo com Mulheres da Mangueira)
19 - 2008 - Separação (ao vivo com Amado Batista)
20 - 2010 - Nossa canção (ao vivo)
Exclusivamente nesta postagem o navegante terá duas opções de capa e contracapa do CD
Capa é inspirada na paixão da cantora pela Mangueira, escola de samba do Rio
A cantora Rosemary prepara-se para comemorar 50 anos de carreira, iniciada na infância à época em que acompanhava a irmã Terezinha na TV, onde trabalhava como garota-propaganda do Chacrinha. É ela a famosa Terezinhaaaaaaaaa, que o Velho Guerreiro chamava em seu programa. O primeiro disco da Rosemary, segundo a discografia disponível no site Jovem Guarda, foi lançado em agosto de 1961 – um 78 RPM da Chantecler com as músicas “Fala coração” (Jorge Duarte - Norival Reis) e “Também sou mulher (O.Jaber - Neuza Teixeira). São as gravações mais raras da sua discografia, e infelizmente não as tenho nesta postagem que a homenageia pelos 50 anos.
A coletânea comporta dois CDs e traz músicas lançadas em singles e projetos especiais. Isso só foi possível graças a colaboração do amigo Wilton, que me forneceu canções que não tinha em meu acervo, como “Foram-se os anéis”, de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, “Vestígios”, de Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle, “Cara, para e trata a cuca” (Robson Jorge – Lincoln Olivetti – Ronaldo e Rosemary) e “Abrigo” (Ronaldo e Robson Jorge), entre outras. São registros que ele conseguiu com o pessoal da comunidade MC & JG, do amigo RStone, a quem estendo os meus agradecimentos.
Esta coletânea, por ser uma homenagem a artista, apresenta um diferencial: o amigo poderá escolher a capa e a contracapa do CD duplo. São duas opções: a primeira é inspirada no carnaval e na paixão da Rosemary pela Mangueira. A segunda - em preto e branco – explora a bela plástica da cantora. Ambas as opções estão na pasta. É só escolher na hora de imprimir. As fotos que ilustram as capas e contracapas são do site da cantora, que ganhou projeção nacional na época da Jovem Guarda e ficou conhecida como "Fada Loura".
Além de “Adorável Trapalhão”, a cantora também participou dos filmes nacionais "Jovens Prá Frente" ao lado de Oscarito; "Os Reis do Iê-Iê-Iê" e "Som, Amor e Curtição" com Antonio Marcos.. Na TV, foi estrela de grandes musicais da TV Globo e participou das novelas "Ti-Ti-Ti", "Cambalacho" e "Barriga de Aluguel". A cantora também fez show no exterior e se apresentou na Casa Branca, durante o governo de Jimmy Carter. Foi uma das artistas que defendeu a revitalização do Museu Carmen Miranda.
A cantora, após o movimento Jovem Guarda, passou a se dedicar à MPB, cantando clássicos do repertório da Pequena Notável, sem deixar de lado as românticas. Fez muito sucesso com “Quero ser sua” (Odair José), Jóia (Roberto Carlos – Erasmo Carlos), "Um caso meu" (Mauro Motta-Robson Jorge) e outras. Em 2008, regravou "Separação" - outro sucesso do repertório - em participação especial no disco e DVD do cantor Amado Batista, e lançou o CD e DVD “Mulheres da Mangueira”, uma homenagem à sua escola de samba, onde é uma das mais antigas participantes.
Confira a postagem:
CD 1
01 - 1962 - Eu sei
02 - 1962 - Reprovada
03 - 1964 - Madame Carijó (marcha carnavalesca)
04 - 1965 - Como pode acontecer
05 - 1965 - Juro por Deus
06 - 1966 - Amar e ser amada
07 - 1966 - Amor de verdade
08 - 1969 - O que é que eu faço para te esquecer
09 - 1969 - Hei de ver
10 - 1970 - Camisa listada
11 - 1970 - Ta-hi
12 - 1970 - Lua branca
13 - 1970 - Corta-jaca
14 - 1971 - Garota transparente (marcha carnavalesca)
15 - 1971 - Tema de Adão
16 - 1971 - O amor que em mim ficou
17 - 1972 - Pros filhos do Zé
18 - 1972 - Noite clara
19 - 1973 - Você não vai dizer adeus
20 - 1974 - Janela do mundo
CD 2
01 - 1974 - Vem comigo
02 - 1975 - Nothing has changed
03 - 1975 - I love you (Natalie)
04 - 1977 - Um caso meu
05 - 1977 - Meu amor
06 - 1978 - Solidão
07 - 1978 - Sem saber eu fui feliz
08 - 1978 - Cara para e trata a cuca
09 - 1978 - Abrigo
10 - 1982 - Emoções diferentes
11 - 1983 - Paixão
12 - 1983 - Ter sido tua, valeu
13 - 1985 - Carne e osso
14 - 1986 - Foram-se os anéis
15 - 1986 - Vestígios
16 - 2008 - Estrelas consagradas (ao vivo com Beth Carvalho)
17 - 2008 - Alvorada (ao vivo com Dudu Nobre)
18 - 2008 - Mangueira e suas mulheres (ao vivo com Mulheres da Mangueira)
19 - 2008 - Separação (ao vivo com Amado Batista)
20 - 2010 - Nossa canção (ao vivo)
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Ronnie Von - Singles & Raridades
Coletânea traz gravações de Ronnie Von lançadas em singles e em projetos especiais
Ronnie Von deixa o disco e foca carreira de apresentador no "Todo seu", na Gazeta
Em autógrafo, Ronnie aponta o LP "Deje mi vida" o de maior sucesso comercial
Raros são os artistas que conseguem vencer a barreira do tempo e garantir seu espaço na mídia por mais de 40 anos. Ronnie Von é um deles. Ao longo da carreira, iniciada em 1966, ano do primeiro disco (um single com “Meu bem”, versão do próprio cantor para "Girl", dos Beatles), Ronnie lançou no Brasil 15 álbuns e vários compactos, sem considerar as coletâneas e os discos gravados no exterior. O repertório da presente postagem prioriza lançamentos em singles e projetos especiais. Destaque para “Por você”, do filme “Garota de Ipanema”; “Regina”, da novela “A próxima atração”; “Sinhaninha”, da novela “Sinhá Moça”; e “Três amigos”, do CD filantrópico “Deus abençoe as Crianças”, idealizado por Netinho, de Os Incríveis.
Difícil, como bem lembra um artigo, é defini-lo: cantor, compositor, ator, apresentador, escritor, botânico, gourmet, empresário, entrevistador e piloto. Ronnie, com seus múltiplos talentos, conseguiu a proeza de ser galã e mãe de gravata, pois teve que assumir a guarda dos dois filhos do primeiro casamento. Foi aí que passou a conhecer profundamente o universo feminino e exerceu o papel de pai e mãe simultaneamente. Essa experiência enriqueceu não só o ser humano, como também adicionou conhecimento para fortalecer a carreira de apresentador. Hoje, Ronnie apresenta o “Todo Seu”, programa da TV Gazeta, com a inteligência e a simpatia, valores peculiares ao apresentador, que demonstra profundo conhecimento dos assuntos abordados. A carreira de cantor, que lhe deu notoriedade, foi deixada de lado. Gravou o último álbum, "Estrada da vida”, em 1996. Ele não descarta a possibilidade de cantar em show ou disco, mas só o fará em defesa de causa que considerar justa, como foi a participação no CD do Netinho, em prol do Centro de Apoio a Criança Carente com Câncer.
Nascido em Niterói, em 17 de julho de 1944, o artista não imaginava que seria cantor. Em 1960, aos 15 anos, prestou exame para a Escola Preparatória de Cadetes do Ar de Barbacena, e entrou em 72º lugar, entre 4000 candidatos, onde apenas 240 foram aprovados. Dois anos depois, ainda menor de idade, fez seu primeiro voo, sozinho em um Folker T-21, um dos dias mais emocionantes de sua vida. Ser piloto não era o seu destino, então saiu da escola da aeronáutica e foi para a faculdade de economia, onde passou a estudar a noite e durante o dia a trabalhar com seu tio que administrava empresas que operavam no mercado de capitais.
Sua carreira como cantor começou no bar O Beco das Garrafas, onde foi descoberto por João Araújo, enquanto dava uma canja. A primeira gravação foi um fenômeno e, na mesma época, Hebe Camargo lhe deu o apelido pelo qual é conhecido até hoje, Príncipe. Muitos chegaram a criar rivalidade com Roberto Carlos, fato que nunca aconteceu, tanto que o rei gravou “Pra ser só minha mulher”, de sua autoria. O registro dessa música na voz de Ronnie está incluído nesta coletânea. Em 1966, teve a primeira oportunidade como apresentador na TV Record, comandando o programa "O Pequeno Mundo de Ronnie Von". Apresentar programas de TV passou a ser mais uma vertente em sua carreira de artista.
No final da década de 60, Ronnie gravou três discos que são verdadeiras relíquias na história da música brasileira. Abusando da psicodelia, muito influenciado por Beatles e antenado com o rock feito na época, Ronnie Von grava um disco homônimo, o “A Misteriosa Luta do Reino de Parassempre contra o império de Nuncamais” e “Máquina Voadora”. Por contar com o desapontamento da gravadora, que na época acreditou que os discos não eram comerciais, fizeram pouco sucesso à época. Hoje, são comprados por pequenas fortunas por colecionadores, e foram relançados em CD. Essa fase do artista gerou, em março de 2007, o lançamento pela internet da homenagem independente com 30 bandas intitulada “Tudo de Novo - Tributo a Ronnie Von”. Caso não a tenha, você pode baixá-la aqui, sem antes de conhecer esta coletânea:
DISCO 1
01 - 1967 - Menina azul
02 - 1967 - Por você
03 - 1967 - Música para ver a garota passar
04 - 1967 - Minha gente
05 - 1968 - Belinha
06 - 1968 - Uma dúzia de rosas
07 - 1968 - O susto
08 - 1968 - Moto-contínuo
09 - 1968 - Ele tem você
10 - 1968 - Riso flor
11 - 1970 - Regina
12 - 1971 - Minha gente amiga
13 - 1971 - Hei amigo
14 - 1971 - Segundo motivo
15 - 1971 - É preciso aprender
16 - 1973 - Colher de chá
17 - 1973 - Coisas que acontecem
18 - 1974 - Certo e errado
19 - 1975 - Ária
20 - 1975 - Nem tudo está perdido agora
DISCO 2
01 - 2001 - Silvia: 20 horas, domingo (com Vídeo Hits)
02 - 1995 - A praça
03 - 1995 - Meu bem
04 - 1995 - Não quero ver você triste
05 - 2000 - Três amigos
06 - 1977 - Tranquei a vida
07 - 1977 - Com amor, com medo e sangue
08 - 1977 - Olhos nos olhos (Frente a frente)
09 - 1977 - Personagem de um sonho de verão
10 - 1978 - Pra ser só minha mulher
11 - 1978 - Rosto suado
12 - 1978 - Soledad
13 - 1983 - Cachoeira
14 - 1986 - Sinhaninha
15 - 1981 - Coquetel para dois
16 - 1973 - Vai depressa (ao vivo)
17 - 1996 - Medley - Beatles (ao vivo)
18 - 1996 - Não quero ver você triste (ao vivo)
19 - 1996 - Meu bem (ao vivo)
20 - 1996 - A praça (ao vivo)
Ronnie Von deixa o disco e foca carreira de apresentador no "Todo seu", na Gazeta
Em autógrafo, Ronnie aponta o LP "Deje mi vida" o de maior sucesso comercial
Raros são os artistas que conseguem vencer a barreira do tempo e garantir seu espaço na mídia por mais de 40 anos. Ronnie Von é um deles. Ao longo da carreira, iniciada em 1966, ano do primeiro disco (um single com “Meu bem”, versão do próprio cantor para "Girl", dos Beatles), Ronnie lançou no Brasil 15 álbuns e vários compactos, sem considerar as coletâneas e os discos gravados no exterior. O repertório da presente postagem prioriza lançamentos em singles e projetos especiais. Destaque para “Por você”, do filme “Garota de Ipanema”; “Regina”, da novela “A próxima atração”; “Sinhaninha”, da novela “Sinhá Moça”; e “Três amigos”, do CD filantrópico “Deus abençoe as Crianças”, idealizado por Netinho, de Os Incríveis.
Difícil, como bem lembra um artigo, é defini-lo: cantor, compositor, ator, apresentador, escritor, botânico, gourmet, empresário, entrevistador e piloto. Ronnie, com seus múltiplos talentos, conseguiu a proeza de ser galã e mãe de gravata, pois teve que assumir a guarda dos dois filhos do primeiro casamento. Foi aí que passou a conhecer profundamente o universo feminino e exerceu o papel de pai e mãe simultaneamente. Essa experiência enriqueceu não só o ser humano, como também adicionou conhecimento para fortalecer a carreira de apresentador. Hoje, Ronnie apresenta o “Todo Seu”, programa da TV Gazeta, com a inteligência e a simpatia, valores peculiares ao apresentador, que demonstra profundo conhecimento dos assuntos abordados. A carreira de cantor, que lhe deu notoriedade, foi deixada de lado. Gravou o último álbum, "Estrada da vida”, em 1996. Ele não descarta a possibilidade de cantar em show ou disco, mas só o fará em defesa de causa que considerar justa, como foi a participação no CD do Netinho, em prol do Centro de Apoio a Criança Carente com Câncer.
Nascido em Niterói, em 17 de julho de 1944, o artista não imaginava que seria cantor. Em 1960, aos 15 anos, prestou exame para a Escola Preparatória de Cadetes do Ar de Barbacena, e entrou em 72º lugar, entre 4000 candidatos, onde apenas 240 foram aprovados. Dois anos depois, ainda menor de idade, fez seu primeiro voo, sozinho em um Folker T-21, um dos dias mais emocionantes de sua vida. Ser piloto não era o seu destino, então saiu da escola da aeronáutica e foi para a faculdade de economia, onde passou a estudar a noite e durante o dia a trabalhar com seu tio que administrava empresas que operavam no mercado de capitais.
Sua carreira como cantor começou no bar O Beco das Garrafas, onde foi descoberto por João Araújo, enquanto dava uma canja. A primeira gravação foi um fenômeno e, na mesma época, Hebe Camargo lhe deu o apelido pelo qual é conhecido até hoje, Príncipe. Muitos chegaram a criar rivalidade com Roberto Carlos, fato que nunca aconteceu, tanto que o rei gravou “Pra ser só minha mulher”, de sua autoria. O registro dessa música na voz de Ronnie está incluído nesta coletânea. Em 1966, teve a primeira oportunidade como apresentador na TV Record, comandando o programa "O Pequeno Mundo de Ronnie Von". Apresentar programas de TV passou a ser mais uma vertente em sua carreira de artista.
No final da década de 60, Ronnie gravou três discos que são verdadeiras relíquias na história da música brasileira. Abusando da psicodelia, muito influenciado por Beatles e antenado com o rock feito na época, Ronnie Von grava um disco homônimo, o “A Misteriosa Luta do Reino de Parassempre contra o império de Nuncamais” e “Máquina Voadora”. Por contar com o desapontamento da gravadora, que na época acreditou que os discos não eram comerciais, fizeram pouco sucesso à época. Hoje, são comprados por pequenas fortunas por colecionadores, e foram relançados em CD. Essa fase do artista gerou, em março de 2007, o lançamento pela internet da homenagem independente com 30 bandas intitulada “Tudo de Novo - Tributo a Ronnie Von”. Caso não a tenha, você pode baixá-la aqui, sem antes de conhecer esta coletânea:
DISCO 1
01 - 1967 - Menina azul
02 - 1967 - Por você
03 - 1967 - Música para ver a garota passar
04 - 1967 - Minha gente
05 - 1968 - Belinha
06 - 1968 - Uma dúzia de rosas
07 - 1968 - O susto
08 - 1968 - Moto-contínuo
09 - 1968 - Ele tem você
10 - 1968 - Riso flor
11 - 1970 - Regina
12 - 1971 - Minha gente amiga
13 - 1971 - Hei amigo
14 - 1971 - Segundo motivo
15 - 1971 - É preciso aprender
16 - 1973 - Colher de chá
17 - 1973 - Coisas que acontecem
18 - 1974 - Certo e errado
19 - 1975 - Ária
20 - 1975 - Nem tudo está perdido agora
DISCO 2
01 - 2001 - Silvia: 20 horas, domingo (com Vídeo Hits)
02 - 1995 - A praça
03 - 1995 - Meu bem
04 - 1995 - Não quero ver você triste
05 - 2000 - Três amigos
06 - 1977 - Tranquei a vida
07 - 1977 - Com amor, com medo e sangue
08 - 1977 - Olhos nos olhos (Frente a frente)
09 - 1977 - Personagem de um sonho de verão
10 - 1978 - Pra ser só minha mulher
11 - 1978 - Rosto suado
12 - 1978 - Soledad
13 - 1983 - Cachoeira
14 - 1986 - Sinhaninha
15 - 1981 - Coquetel para dois
16 - 1973 - Vai depressa (ao vivo)
17 - 1996 - Medley - Beatles (ao vivo)
18 - 1996 - Não quero ver você triste (ao vivo)
19 - 1996 - Meu bem (ao vivo)
20 - 1996 - A praça (ao vivo)
terça-feira, 19 de julho de 2011
Mamães e Papais: (cover do Mamas and Papas)
Grupo brasileiro gravou "Meu benzinho", versão de "Monday, Monday", pela Polydor
Alguém já ouviu falar no grupo Mamães e Papais? Pois saiba que em 1966, ano do apogeu do grupo vocal The Mamas and Papas, o conjunto lançou pela Polydor o compacto simples com a música “Meu benzinho”, versão de Carlos Wallace para “Monday, Monday”, de J. Philips, um dos “papais norte-americanos”. No lado B do disco tem a canção “Faz noite tristeza”, de Glauco e Fernando Pereira.
Esta postagem é feita para atender ao pedido de um dos integrantes da comunidade MC&JG, da qual faço parte. Procurei pela Internet alguma informação a respeito do cover brasileiro do grupo norte-americano, mas nada encontrei. Imagino que tenha sido seu único disco, ou então foi formado exclusivamente para aproveitar o sucesso de “Monday, Monday”, um clássico dos anos 60. Se alguém souber de algo, por favor, nos informe.
Comprei este single num sebo pela curiosidade de ouvir a versão nacional dessa música que gosto muito. Um dos meus hábitos, como já deu pra notar, é ouvir uma mesma música com vários intérpretes. O que eu achei dessa versão? Ah, é melhor você baixar a pasta, ouvir a canção e tirar sua própria conclusão:
01 – Meu benzinho (Monday, Monday)
(J. Philips – versão: Carlos Wallace)
02 – Faz noite tristeza
(Glauco – Fernando Pereira)
Download aqui
Alguém já ouviu falar no grupo Mamães e Papais? Pois saiba que em 1966, ano do apogeu do grupo vocal The Mamas and Papas, o conjunto lançou pela Polydor o compacto simples com a música “Meu benzinho”, versão de Carlos Wallace para “Monday, Monday”, de J. Philips, um dos “papais norte-americanos”. No lado B do disco tem a canção “Faz noite tristeza”, de Glauco e Fernando Pereira.
Esta postagem é feita para atender ao pedido de um dos integrantes da comunidade MC&JG, da qual faço parte. Procurei pela Internet alguma informação a respeito do cover brasileiro do grupo norte-americano, mas nada encontrei. Imagino que tenha sido seu único disco, ou então foi formado exclusivamente para aproveitar o sucesso de “Monday, Monday”, um clássico dos anos 60. Se alguém souber de algo, por favor, nos informe.
Comprei este single num sebo pela curiosidade de ouvir a versão nacional dessa música que gosto muito. Um dos meus hábitos, como já deu pra notar, é ouvir uma mesma música com vários intérpretes. O que eu achei dessa versão? Ah, é melhor você baixar a pasta, ouvir a canção e tirar sua própria conclusão:
01 – Meu benzinho (Monday, Monday)
(J. Philips – versão: Carlos Wallace)
02 – Faz noite tristeza
(Glauco – Fernando Pereira)
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segunda-feira, 18 de julho de 2011
Antonio Carlos e Jocafi - Single espanhol (1974)
Single espanhol de 45 RPM, lançado em 1974, tem participação especial de Maria Creusa
Quem viveu os anos 70 deve ser lembrar do grande sucesso da dupla Antonio Carlos e Jocafi, principalmente pela sua participação em festivais de música. Este single de 45 RPM, lançado pela RCA Victor espanhola em 1974, reúne dois dos maiores sucesso da dupla: “Você abusou” e “Desacato”, interpretados em espanhol com a participação especial da cantora Maria Creusa, à época esposa de Antonio Carlos. Foi o período de prosperidade da dupla que nestes últimos anos estava tão por baixo que muitos julgavam que havia se separada.
“Houve um momento, em 1974, que em Paris a canção mais cantada e tocada era “Você abusou”. Perguntem a Calasans Neto que vibrava de patriotismo, a cada instante, com o sucesso dos rapazes. Sucesso merecido. Duplamente merecido quando as músicas por eles compostas são interpretadas por Maria Creuza, voz da Bahia”, escreveu o escritor Jorge Amado no livro “Bahia de todos os Santos”. O fato é que a dupla ainda está na ativa e no início deste ano participou do programa “Entrevista Record Música” (assista aqui), de Marco Camargo, da TV Record, na qual comenta, entre outros assuntos, que possui mais de 200 composições inéditas.
Exemplo como este mostra o quanto o Brasil desperdiça os seus talentos, valorizando artistas e músicas de baixa qualidade que em nada acrescentam a MPB. Como uma dupla talentosa como esta pode estar praticamente no ostracismo, sobrevivendo de sucessos do passado? Infelizmente essa é a dura realidade. Sei que este blog não tem a mínima influência sobre as pessoas, mas deixo aqui a minha indignação. Torço por um retorno glorioso da dupla, que certamente faz falta para quem gosta de música brasileira. Esta postagem tem o objetivo de alertar que Antonio Carlos e Jocafi ainda atuam e estão disponíveis para gravadoras que pretendem enriquecer o seu cast. O público agradece.
Os dois cantores e compositores são baianos de Salvador e atuavam separadamente até 1968, quando Antonio Carlos compôs "Festa no Terreiro de Alaketu", defendida por Maria Creusa no III Festival de Música Popular da TV Record. Em 1970, já como parceiros, inscreveram-se num festival do Nordeste com a música "Catendê", que Maria Creusa gravaria no ano seguinte e defenderia, ainda em 1969, no V FMPB. A partir de 1971, os três, contratados da RCA, iniciaram um período de grande sucesso. "Você abusou" (várias vezes regravado), "Mudei de ideia", "Desacato" e “Toró de lágrimas” projetaram a dupla no Brasil e no exterior. Reviva agora, por meio desta postagem, os bons momentos da dupla:
01. Usted abuso (Você abusou) – participação especial de Maria Creusa
(Antonio Carlos e Jocafi – versão: Pepe Ávila)
02. Desacato
Antonio Carlos e Jocafi – versão: Pepe Ávila)
Download aqui
Quem viveu os anos 70 deve ser lembrar do grande sucesso da dupla Antonio Carlos e Jocafi, principalmente pela sua participação em festivais de música. Este single de 45 RPM, lançado pela RCA Victor espanhola em 1974, reúne dois dos maiores sucesso da dupla: “Você abusou” e “Desacato”, interpretados em espanhol com a participação especial da cantora Maria Creusa, à época esposa de Antonio Carlos. Foi o período de prosperidade da dupla que nestes últimos anos estava tão por baixo que muitos julgavam que havia se separada.
“Houve um momento, em 1974, que em Paris a canção mais cantada e tocada era “Você abusou”. Perguntem a Calasans Neto que vibrava de patriotismo, a cada instante, com o sucesso dos rapazes. Sucesso merecido. Duplamente merecido quando as músicas por eles compostas são interpretadas por Maria Creuza, voz da Bahia”, escreveu o escritor Jorge Amado no livro “Bahia de todos os Santos”. O fato é que a dupla ainda está na ativa e no início deste ano participou do programa “Entrevista Record Música” (assista aqui), de Marco Camargo, da TV Record, na qual comenta, entre outros assuntos, que possui mais de 200 composições inéditas.
Exemplo como este mostra o quanto o Brasil desperdiça os seus talentos, valorizando artistas e músicas de baixa qualidade que em nada acrescentam a MPB. Como uma dupla talentosa como esta pode estar praticamente no ostracismo, sobrevivendo de sucessos do passado? Infelizmente essa é a dura realidade. Sei que este blog não tem a mínima influência sobre as pessoas, mas deixo aqui a minha indignação. Torço por um retorno glorioso da dupla, que certamente faz falta para quem gosta de música brasileira. Esta postagem tem o objetivo de alertar que Antonio Carlos e Jocafi ainda atuam e estão disponíveis para gravadoras que pretendem enriquecer o seu cast. O público agradece.
Os dois cantores e compositores são baianos de Salvador e atuavam separadamente até 1968, quando Antonio Carlos compôs "Festa no Terreiro de Alaketu", defendida por Maria Creusa no III Festival de Música Popular da TV Record. Em 1970, já como parceiros, inscreveram-se num festival do Nordeste com a música "Catendê", que Maria Creusa gravaria no ano seguinte e defenderia, ainda em 1969, no V FMPB. A partir de 1971, os três, contratados da RCA, iniciaram um período de grande sucesso. "Você abusou" (várias vezes regravado), "Mudei de ideia", "Desacato" e “Toró de lágrimas” projetaram a dupla no Brasil e no exterior. Reviva agora, por meio desta postagem, os bons momentos da dupla:
01. Usted abuso (Você abusou) – participação especial de Maria Creusa
(Antonio Carlos e Jocafi – versão: Pepe Ávila)
02. Desacato
Antonio Carlos e Jocafi – versão: Pepe Ávila)
Download aqui
sábado, 16 de julho de 2011
Lo mejor de Maria Creusa (LP espanhol - 1981)
Álbum lançado pela RCA Victor traz sucessos da cantora em português e em espanhol
Aqui está uma cantora que eu gosto muito de ouvir. Afinada e com uma doce voz. Este disco, “Lo mejor de Maria Creusa”, de 1981, foi lançado pela RCA Victor na Espanha, e acredito que ainda permanece inédito no Brasil. São 12 músicas, três da quais interpretadas em espanhol. Um dos destaques é a faixa “Dolor y lagrimas”, versão em espanhol de “Toró de lágrimas”, sucesso no Brasil da dupla Antonio Carlos e Jocafi, que tem participação especial nesta gravação. Vale lembrar que a cantora, famosa no exterior, foi casada com Antonio Carlos. Comprei este disco, em muito bom estado, de um vendedor espanhol que o colocou a venda no Ebay. Uma aquisição que valeu a pena, como os amigos poderão conferir nesta postagem com áudio de boa qualidade.
Maria Creusa é baiana, da pequena cidade de Esplanada, de onde se mudou com a família para Salvador ainda criança. Na capital, foi crooner de conjuntos musicais e trabalhou em emissoras de rádio durante a adolescência, o que lhe rendeu a fama para obter seu próprio programa - Encontro com Maria Creuza – na TV Itapoan. Participou, em 1966, do festival "O Brasil Canta" (da extinta TV Excelsior), onde interpretou "Se não houvesse Maria" (composta por Antonio Carlos Pinto), e no ano seguinte defendeu "Festa no terreiro de Alaketu" (também de Antonio Carlos) no "III Festival de Música Popular Brasileira" (da TV Record). Naquele mesmo ano, gravou a canção em um compacto simples que registrou também "Abolição" (de Antonio Carlos). Em 1969, a canção "Mirante" (de Aldir Blanc e César Costa Filho) deu a ela o prêmio de Melhor Intérprete e o terceiro lugar no "IV Festival Universitário da Canção Popular", do Rio de Janeiro. Naquele ano, a cantora interpretou "Catendê" (de Antonio Carlos e Jocafi) no "V Festival da Música Popular Brasileira" (da TV Record).
Foi a partir dos anos 70 que obteve maior prestigio, principalmente por ter sido apontada como a preferida do poeta Vinicius de Moraes. Foi ele quem a convidou para participar de uma excursão pelo Uruguai (em Punta del Este, com Dorival Caymmi) e Argentina (em Mar del Plata, com Toquinho). Na Argentina, a cantora baiana gravou com o poeta e Toquinho o álbum "Vinícius En La Fusa com Maria Creuza e Toquinho", considerado um dos melhores LPs gravados ao vivo da música brasileira. Seus discos foram lançados no Brasil, Japão e em diversos países da Europa, onde se apresentou com frequência em espetáculos e festivais. Gravou entre 1973 e 1982 um repertório recheado principalmente de sambas-canções e eventuais boleros e sambas mais suingados.
Com mais de 15 álbuns lançados, continua gravando discos e fazendo shows. O mais recente é “Maria Creusa ao vivo”, gravado no Teatro Guaíra, em Curitiba, pela Albatroz Music. No repertório, clássicos como "Tarde em Itapoã" (de Toquinho e Vinicius de Moraes), "Berimbau" (de Baden Powell e Vinicius de Moraes), "Rosa Morena" (de Dorival Caymmi) e "Você Abusou" (de Antonio Carlos e Jocafi), entre outras. Constam da relação de seus sucessos canções como "Festa no terreiro de Alaketu" (de Antônio Carlos Pinto), "Mas que doidice" (de Antônio Carlos e Jocafi), "Eu disse adeus" (de Roberto Carlos), "Pois é" (de Chico Buarque e Tom Jobim) e "Eu sei que vou te amar" (de Tom Jobim e Vinicius de Moraes). Melhor mesmo é baixar este disco e curtir a voz que tanto encantou o saudoso poeta:
01. Niña no debes temer (Otalia da Bahia)
(Antonio Carlos – Jocafi – v.esp. E. Rubén – Amart)
02. Desespero (Desesperanza)
(Antonio Carlos – Jocafi)
03. Alhos e bugalhos
(Zé do Maranhão)
04. Dolor y lagrimas (Toró de lágrimas) - part. esp. Antonio Carlos e Jocafi
(Antonio Carlos – Jocafi – Zé do Maranhão – v. esp. E. Rubén – Amart)
05. Simplesmente
(Antonio Carlos – Jocafi)
06. Feijãozinho com torresmo (Nuestro plato preferido)
(W. Queiroz)
07. Chega pra lá
(E. Medeiros – J. Santana)
08. Malvina
(Antonio Carlos – Jocafi – v. Esp. T. Fundora)
09. Bobo feliz (Tonta feliz)
(Antonio Carlos – Jocafi)
10. Cordas e correntes
(Martinho da Vila)
11. Para decir la verdad
(R. Hora – S. Cabral)
12. Quem lucrou fui eu
(Monarco)
Aqui está uma cantora que eu gosto muito de ouvir. Afinada e com uma doce voz. Este disco, “Lo mejor de Maria Creusa”, de 1981, foi lançado pela RCA Victor na Espanha, e acredito que ainda permanece inédito no Brasil. São 12 músicas, três da quais interpretadas em espanhol. Um dos destaques é a faixa “Dolor y lagrimas”, versão em espanhol de “Toró de lágrimas”, sucesso no Brasil da dupla Antonio Carlos e Jocafi, que tem participação especial nesta gravação. Vale lembrar que a cantora, famosa no exterior, foi casada com Antonio Carlos. Comprei este disco, em muito bom estado, de um vendedor espanhol que o colocou a venda no Ebay. Uma aquisição que valeu a pena, como os amigos poderão conferir nesta postagem com áudio de boa qualidade.
Maria Creusa é baiana, da pequena cidade de Esplanada, de onde se mudou com a família para Salvador ainda criança. Na capital, foi crooner de conjuntos musicais e trabalhou em emissoras de rádio durante a adolescência, o que lhe rendeu a fama para obter seu próprio programa - Encontro com Maria Creuza – na TV Itapoan. Participou, em 1966, do festival "O Brasil Canta" (da extinta TV Excelsior), onde interpretou "Se não houvesse Maria" (composta por Antonio Carlos Pinto), e no ano seguinte defendeu "Festa no terreiro de Alaketu" (também de Antonio Carlos) no "III Festival de Música Popular Brasileira" (da TV Record). Naquele mesmo ano, gravou a canção em um compacto simples que registrou também "Abolição" (de Antonio Carlos). Em 1969, a canção "Mirante" (de Aldir Blanc e César Costa Filho) deu a ela o prêmio de Melhor Intérprete e o terceiro lugar no "IV Festival Universitário da Canção Popular", do Rio de Janeiro. Naquele ano, a cantora interpretou "Catendê" (de Antonio Carlos e Jocafi) no "V Festival da Música Popular Brasileira" (da TV Record).
Foi a partir dos anos 70 que obteve maior prestigio, principalmente por ter sido apontada como a preferida do poeta Vinicius de Moraes. Foi ele quem a convidou para participar de uma excursão pelo Uruguai (em Punta del Este, com Dorival Caymmi) e Argentina (em Mar del Plata, com Toquinho). Na Argentina, a cantora baiana gravou com o poeta e Toquinho o álbum "Vinícius En La Fusa com Maria Creuza e Toquinho", considerado um dos melhores LPs gravados ao vivo da música brasileira. Seus discos foram lançados no Brasil, Japão e em diversos países da Europa, onde se apresentou com frequência em espetáculos e festivais. Gravou entre 1973 e 1982 um repertório recheado principalmente de sambas-canções e eventuais boleros e sambas mais suingados.
Com mais de 15 álbuns lançados, continua gravando discos e fazendo shows. O mais recente é “Maria Creusa ao vivo”, gravado no Teatro Guaíra, em Curitiba, pela Albatroz Music. No repertório, clássicos como "Tarde em Itapoã" (de Toquinho e Vinicius de Moraes), "Berimbau" (de Baden Powell e Vinicius de Moraes), "Rosa Morena" (de Dorival Caymmi) e "Você Abusou" (de Antonio Carlos e Jocafi), entre outras. Constam da relação de seus sucessos canções como "Festa no terreiro de Alaketu" (de Antônio Carlos Pinto), "Mas que doidice" (de Antônio Carlos e Jocafi), "Eu disse adeus" (de Roberto Carlos), "Pois é" (de Chico Buarque e Tom Jobim) e "Eu sei que vou te amar" (de Tom Jobim e Vinicius de Moraes). Melhor mesmo é baixar este disco e curtir a voz que tanto encantou o saudoso poeta:
01. Niña no debes temer (Otalia da Bahia)
(Antonio Carlos – Jocafi – v.esp. E. Rubén – Amart)
02. Desespero (Desesperanza)
(Antonio Carlos – Jocafi)
03. Alhos e bugalhos
(Zé do Maranhão)
04. Dolor y lagrimas (Toró de lágrimas) - part. esp. Antonio Carlos e Jocafi
(Antonio Carlos – Jocafi – Zé do Maranhão – v. esp. E. Rubén – Amart)
05. Simplesmente
(Antonio Carlos – Jocafi)
06. Feijãozinho com torresmo (Nuestro plato preferido)
(W. Queiroz)
07. Chega pra lá
(E. Medeiros – J. Santana)
08. Malvina
(Antonio Carlos – Jocafi – v. Esp. T. Fundora)
09. Bobo feliz (Tonta feliz)
(Antonio Carlos – Jocafi)
10. Cordas e correntes
(Martinho da Vila)
11. Para decir la verdad
(R. Hora – S. Cabral)
12. Quem lucrou fui eu
(Monarco)
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Vanusa canta Taiguara em single de 1972
Single de 1972 foi o último gravado por Vanusa em sua primeira passagem pela RCA Victor
Esta postagem é feita principalmente para atender ao pedido de um integrante da comunidade MC&JG, onde comecei a participar, graças ao convite dos amigos Recruta e Wilton, a quem volto a agradecer. Achei muito bom ler os comentários do pessoal da comunidade porque servem de referência para futuras postagens. É, como diz um amigo meu, “um plus a mais” (rs) que a gente tem, pois tenho a possibilidade de ampliar o leque de amigos com gosto em comum, obter leitura interessante e ainda enriquecer o meu acervo musical. É uma fonte inesgotável de conhecimento e cultura. Vou aproveitar, sem esquecer que se trata de via com mão dupla, pois também quero colaborar. Afinal, como destaca a frase que coloquei no blog, “somar é dividir”.
O single solicitado é da Vanusa, cantora que respeito, mesmo diante do episódio do Hino Nacional Brasileiro. Foi lançado em 1972, e contém duas músicas – “Homem”, de Taiguara, e “Sem mistério”, de Luis Wagner e Tom Gomes – inéditas em CD e nunca lançadas em coletâneas. Foi o último disco de sua primeira passagem pela RCA Victor, pois na sequência integrou o cast da Continental, onde estourou no ano seguinte com “Manhãs de setembro”. Lá, a artista gravou dois LPs, e ainda fez sucesso com “Sonhos de um palhaço”, canção que a colocou recentemente sob os holofotes porque esqueceu a letra em apresentação na TV. Retornou em 1975 na RCA para gravar o álbum “Amigos novos e antigos”, um dos meus preferidos de sua discografia que ainda tem o psicodélico de 1969. Entendo que os anos 70 foram os melhores de sua carreira porque a partir dos 80 – por motivos que desconheço – houve queda de qualidade, tanto na escolha do repertório quanto nos arranjos de suas gravações.
O último álbum de sua discografia, intitulado “Hino ao amor”, é de 1994. Nele, o destaque é a interpretação de “Como nossos pais”, de Belchior, em pé de igualdade com Elis Regina, mas o arranjo - sempre ele - em nada acrescenta ao original. Sei que muita gente, mesmo sem ouvi-la, não concordará comigo por achar que Elis está acima de qualquer comparação. Por outro lado, também acho que a cantora peca - talvez por falta de orientação - pelas regravações no disco de antigos sucessos do próprio repertório, como "Paralelas", "Manhãs de setembro", "Mudanças" e "Pra nunca mais chorar". Ou seja, figurinha repetida não preenche álbum, e o resultado é que está lamentavelmente há 17 anos afastada dos estúdios, período em que muitos artistas surgiram e desapareceram. É fato que, nesse hiato, ela se envolveu em alguns projetos, como os comemorativos de aniversário da Jovem Guarda e a participação num álbum coletivo em homenagem aos Beatles, mas isso pouco representa diante do que fez anteriormente. Enfim, é a minha opinião, e sei que estou sujeito a receber algumas pedradas. Antes que isso aconteça, acho melhor encerrar a postagem. Confira:
Lado A – Homem (Taiguara)
Lado B – Sem mistério (Luis Wagner – Tom Gomes)
Download aqui
Esta postagem é feita principalmente para atender ao pedido de um integrante da comunidade MC&JG, onde comecei a participar, graças ao convite dos amigos Recruta e Wilton, a quem volto a agradecer. Achei muito bom ler os comentários do pessoal da comunidade porque servem de referência para futuras postagens. É, como diz um amigo meu, “um plus a mais” (rs) que a gente tem, pois tenho a possibilidade de ampliar o leque de amigos com gosto em comum, obter leitura interessante e ainda enriquecer o meu acervo musical. É uma fonte inesgotável de conhecimento e cultura. Vou aproveitar, sem esquecer que se trata de via com mão dupla, pois também quero colaborar. Afinal, como destaca a frase que coloquei no blog, “somar é dividir”.
O single solicitado é da Vanusa, cantora que respeito, mesmo diante do episódio do Hino Nacional Brasileiro. Foi lançado em 1972, e contém duas músicas – “Homem”, de Taiguara, e “Sem mistério”, de Luis Wagner e Tom Gomes – inéditas em CD e nunca lançadas em coletâneas. Foi o último disco de sua primeira passagem pela RCA Victor, pois na sequência integrou o cast da Continental, onde estourou no ano seguinte com “Manhãs de setembro”. Lá, a artista gravou dois LPs, e ainda fez sucesso com “Sonhos de um palhaço”, canção que a colocou recentemente sob os holofotes porque esqueceu a letra em apresentação na TV. Retornou em 1975 na RCA para gravar o álbum “Amigos novos e antigos”, um dos meus preferidos de sua discografia que ainda tem o psicodélico de 1969. Entendo que os anos 70 foram os melhores de sua carreira porque a partir dos 80 – por motivos que desconheço – houve queda de qualidade, tanto na escolha do repertório quanto nos arranjos de suas gravações.
O último álbum de sua discografia, intitulado “Hino ao amor”, é de 1994. Nele, o destaque é a interpretação de “Como nossos pais”, de Belchior, em pé de igualdade com Elis Regina, mas o arranjo - sempre ele - em nada acrescenta ao original. Sei que muita gente, mesmo sem ouvi-la, não concordará comigo por achar que Elis está acima de qualquer comparação. Por outro lado, também acho que a cantora peca - talvez por falta de orientação - pelas regravações no disco de antigos sucessos do próprio repertório, como "Paralelas", "Manhãs de setembro", "Mudanças" e "Pra nunca mais chorar". Ou seja, figurinha repetida não preenche álbum, e o resultado é que está lamentavelmente há 17 anos afastada dos estúdios, período em que muitos artistas surgiram e desapareceram. É fato que, nesse hiato, ela se envolveu em alguns projetos, como os comemorativos de aniversário da Jovem Guarda e a participação num álbum coletivo em homenagem aos Beatles, mas isso pouco representa diante do que fez anteriormente. Enfim, é a minha opinião, e sei que estou sujeito a receber algumas pedradas. Antes que isso aconteça, acho melhor encerrar a postagem. Confira:
Lado A – Homem (Taiguara)
Lado B – Sem mistério (Luis Wagner – Tom Gomes)
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Pioneiros do rock brasileiro cantam em inglês
Coletânea neste Dia Mundial do Rock homenageia primeiros cantores do gênero no País
Já citei na postagem anterior que hoje, 13 de julho, é comemorado o Dia Mundial do Rock. Pensei em algo específico para postar. Concluí que o ideal seria homenagear os pioneiros do rock brasileiro. Mas quais músicas deveria postar? Afinal, já reuni 125 canções da época na série de cinco volumes intitulada “No tempo das 78 RPM”. A solução foi selecionar os pioneiros que gravaram em inglês, idioma responsável pelo surgimento do ritmo que gerou inúmeras ramificações, como o twist, rockabilly, punk, hard rock, heavy metal e outras. Felizmente, não faltou material para selecionar 30 registros musicais. Há duas explicações:
Primeira: não tive a preocupação de privilegiar raridades. Se adotasse esse critério eu deixaria de fora nomes que considero importantes da fase inicial do rock tupiniquim, como Celly Campello, Ronnie Cord, Demétrius, Sérgio Murilo e Tony Campello. Segunda: era comum na época, provavelmente por modismo ou falta de rock genuinamente nacional, gravar em inglês. Muitos cantores, inclusive, nem dominavam o idioma, e decoravam a sonoridade das palavras que ouviam. Um exemplo é a excelente Leny Eversong, lamentavelmente esquecida do grande público, mas que não falava inglês. Reza a lenda que, além de voz privilegiada, tinha bom ouvido para decorar. Chegou a gravar e se apresentar nos Estados Unidos. Muitos achavam que a cantora era americana. Trata-se de uma exceção, pois o sotaque é algo difícil de driblar, mesmo para quem fala inglês.
Vamos agora falar um pouco sobre a comemoração do Dia Mundial do Rock. A primeira pergunta que se faz é: por que 13 de julho? A data, instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), é comemorada como uma homenagem ao megaespetáculo “Live Aid”, criado a fim de arrecadar fundos para combater a fome na África, especialmente na Etiópia. O show, organizado por Bob Geldof, vocalista da banda Boomtown Rats, reuniu os nomes mais importantes do rock mundial e foi realizado simultaneamente em Londres, na Inglaterra, e na Filadélfia, nos Estados Unidos nesta mesma data, em 1985. O espetáculo contou com a presença de artistas como The Who, Status Quo, Led Zeppelin, Dire Straits, Madonna, Queen, Joan Baez, David Bowie, BB King, Mick Jagger, Sting, Scorpions, U2, Paul McCartney, Phil Collins (que tocou nos dois lugares), Eric Clapton e Black Sabbath, entre outros. O show foi transmitido ao vivo pela BBC para diversos países e abriu os olhos do mundo para a miséria no continente africano.
O rock, que inicialmente foi marginalizado, finalmente mostrou que é capaz de somar esforços por causa nobre. Vale lembrar que 1985 foi também o ano do lançamento de "We Are the World", canção gravada pelos maiores nomes da música e lançada em LP, com o mesmo objetivo de arrecadação de fundos para o combate contra a fome na África. O movimento inspirou ações semelhantes pelos quatro cantos do mundo. No Brasil não foi diferente. Alguém se lembra do Projeto Nordeste Já? Pois este foi o título de um single gravado também em 1985 com o objetivo de angariar fundos para a população carente do Nordeste do país, castigado por uma forte seca. Lembro-me que comprei na Caixa Econômica Federal o meu compacto simples com as canções "Chega de Mágoa" e "Seca d´Água".
Além deste projeto, também em 1985, foi lançado o compacto simples da Hermanos, fundação filantrópica criada para ajudar a infância da América Latina, com a participação de 50 artistas da região, entre as quais os brasileiros Roberto Carlos, Gal Costa, Simone e Sérgio Mendes. Este single foi postado no domingo passado aqui no blog. Assim, se algum dia me perguntarem qual foi o ano do século passado que considero como o da Solidariedade, eu não terei dúvida de responder 1985 pelos motivos expostos.
Ufa! Acho que escrevi demais, mas antes de encerrar quero desejar um feliz Dia Mundial do Rock para todos com a nostalgia dos anos dourados. Quer coisa melhor?
01 - 1962 - Albert Pavão - Move it
02 - 1960 - Ronnie Cord - Jailhouse rock
03 - 1957 - Leny Eversong - Kisses
04 - 1960 - Sérgio Murilo - Shimmy, Shimmy, Ko-Ko-Bop
05 - 1962 - George Freedman – Multiplication
06 - 1961 - Celly Campello - Little devil
07 - 1958 - Cauby Peixoto - I go (Maracangalha)
08 - 1959 - Golden Boys - Mister Lee
09 - 1958 - Lana Bittencourt - Little darling
10 - 1962 - Reynaldo Rayol - The peppermint twist
11 - 1961 - Tony Campello - Yes Sir, That´s My Baby
12 - 1960 - Sonia Delfino – Oh Carol
13 - 1962 - Cy Manifold - The loco-motion
14 - 1959 - Wilson Miranda - Ain't That a Shame
15 - 1955 - Nora Ney - Rock around the clock
16 - 1957 - George Green - Little George
17 - 1958 - Os Cariocas – Silhouettes
18 - 1959 - Nilza Miranda - Mirror mirror
19 - 1961 - Demétrius - Let's think about living
20 - 1961 - Danny Dallas - Mary Lou
21 - 1960 - Elza Ribeiro - Johnny Kiss
22 - 1961 - Nick Savoia - Baby Face
23 - 1962 - Galli Junior - What'd I say
24 - 1960 - Valéria & Steve Bernard - Adam and Eve
25 - 1958 - Décio Cardoso - Lover lover
26 - 1958 - Carlos Costa - You send me
27 - 1962 - Jimmy Cruz - Twist for you
28 - 1962 - Roberto Carreira & The Vocalists - The only way to love
29 - 1960 - Paulo Silvino - Let's rock together
30 - 1958 - Décio Cardoso - The secret
Download aqui
Já citei na postagem anterior que hoje, 13 de julho, é comemorado o Dia Mundial do Rock. Pensei em algo específico para postar. Concluí que o ideal seria homenagear os pioneiros do rock brasileiro. Mas quais músicas deveria postar? Afinal, já reuni 125 canções da época na série de cinco volumes intitulada “No tempo das 78 RPM”. A solução foi selecionar os pioneiros que gravaram em inglês, idioma responsável pelo surgimento do ritmo que gerou inúmeras ramificações, como o twist, rockabilly, punk, hard rock, heavy metal e outras. Felizmente, não faltou material para selecionar 30 registros musicais. Há duas explicações:
Primeira: não tive a preocupação de privilegiar raridades. Se adotasse esse critério eu deixaria de fora nomes que considero importantes da fase inicial do rock tupiniquim, como Celly Campello, Ronnie Cord, Demétrius, Sérgio Murilo e Tony Campello. Segunda: era comum na época, provavelmente por modismo ou falta de rock genuinamente nacional, gravar em inglês. Muitos cantores, inclusive, nem dominavam o idioma, e decoravam a sonoridade das palavras que ouviam. Um exemplo é a excelente Leny Eversong, lamentavelmente esquecida do grande público, mas que não falava inglês. Reza a lenda que, além de voz privilegiada, tinha bom ouvido para decorar. Chegou a gravar e se apresentar nos Estados Unidos. Muitos achavam que a cantora era americana. Trata-se de uma exceção, pois o sotaque é algo difícil de driblar, mesmo para quem fala inglês.
Vamos agora falar um pouco sobre a comemoração do Dia Mundial do Rock. A primeira pergunta que se faz é: por que 13 de julho? A data, instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), é comemorada como uma homenagem ao megaespetáculo “Live Aid”, criado a fim de arrecadar fundos para combater a fome na África, especialmente na Etiópia. O show, organizado por Bob Geldof, vocalista da banda Boomtown Rats, reuniu os nomes mais importantes do rock mundial e foi realizado simultaneamente em Londres, na Inglaterra, e na Filadélfia, nos Estados Unidos nesta mesma data, em 1985. O espetáculo contou com a presença de artistas como The Who, Status Quo, Led Zeppelin, Dire Straits, Madonna, Queen, Joan Baez, David Bowie, BB King, Mick Jagger, Sting, Scorpions, U2, Paul McCartney, Phil Collins (que tocou nos dois lugares), Eric Clapton e Black Sabbath, entre outros. O show foi transmitido ao vivo pela BBC para diversos países e abriu os olhos do mundo para a miséria no continente africano.
O rock, que inicialmente foi marginalizado, finalmente mostrou que é capaz de somar esforços por causa nobre. Vale lembrar que 1985 foi também o ano do lançamento de "We Are the World", canção gravada pelos maiores nomes da música e lançada em LP, com o mesmo objetivo de arrecadação de fundos para o combate contra a fome na África. O movimento inspirou ações semelhantes pelos quatro cantos do mundo. No Brasil não foi diferente. Alguém se lembra do Projeto Nordeste Já? Pois este foi o título de um single gravado também em 1985 com o objetivo de angariar fundos para a população carente do Nordeste do país, castigado por uma forte seca. Lembro-me que comprei na Caixa Econômica Federal o meu compacto simples com as canções "Chega de Mágoa" e "Seca d´Água".
Além deste projeto, também em 1985, foi lançado o compacto simples da Hermanos, fundação filantrópica criada para ajudar a infância da América Latina, com a participação de 50 artistas da região, entre as quais os brasileiros Roberto Carlos, Gal Costa, Simone e Sérgio Mendes. Este single foi postado no domingo passado aqui no blog. Assim, se algum dia me perguntarem qual foi o ano do século passado que considero como o da Solidariedade, eu não terei dúvida de responder 1985 pelos motivos expostos.
Ufa! Acho que escrevi demais, mas antes de encerrar quero desejar um feliz Dia Mundial do Rock para todos com a nostalgia dos anos dourados. Quer coisa melhor?
01 - 1962 - Albert Pavão - Move it
02 - 1960 - Ronnie Cord - Jailhouse rock
03 - 1957 - Leny Eversong - Kisses
04 - 1960 - Sérgio Murilo - Shimmy, Shimmy, Ko-Ko-Bop
05 - 1962 - George Freedman – Multiplication
06 - 1961 - Celly Campello - Little devil
07 - 1958 - Cauby Peixoto - I go (Maracangalha)
08 - 1959 - Golden Boys - Mister Lee
09 - 1958 - Lana Bittencourt - Little darling
10 - 1962 - Reynaldo Rayol - The peppermint twist
11 - 1961 - Tony Campello - Yes Sir, That´s My Baby
12 - 1960 - Sonia Delfino – Oh Carol
13 - 1962 - Cy Manifold - The loco-motion
14 - 1959 - Wilson Miranda - Ain't That a Shame
15 - 1955 - Nora Ney - Rock around the clock
16 - 1957 - George Green - Little George
17 - 1958 - Os Cariocas – Silhouettes
18 - 1959 - Nilza Miranda - Mirror mirror
19 - 1961 - Demétrius - Let's think about living
20 - 1961 - Danny Dallas - Mary Lou
21 - 1960 - Elza Ribeiro - Johnny Kiss
22 - 1961 - Nick Savoia - Baby Face
23 - 1962 - Galli Junior - What'd I say
24 - 1960 - Valéria & Steve Bernard - Adam and Eve
25 - 1958 - Décio Cardoso - Lover lover
26 - 1958 - Carlos Costa - You send me
27 - 1962 - Jimmy Cruz - Twist for you
28 - 1962 - Roberto Carreira & The Vocalists - The only way to love
29 - 1960 - Paulo Silvino - Let's rock together
30 - 1958 - Décio Cardoso - The secret
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Yoko Abe: oriental pioneira do rock nacional
Yoko Abe é uma das pioneiras do rock nacional e foi contemporânea de Celly Campello
Hoje é comemorado o Dia Mundial do Rock. Vou aproveitar a data para efetuar duas postagens. A primeira, a fim de encerrar a mostra das cantoras de origem nipônica, é a Yoko Abe, oriental pioneira do rock brasileiro, contemporânea de Celly Campello. São poucas as informações a seu respeito na Internet, mas encontrei um vídeo no YouTube (postado acima), no qual concede entrevista a Washington Morais, especializado em raridades da Jovem Guarda. A segunda postagem será uma coletânea com pioneiros do rock cantando em inglês.
A cantora, que ainda se apresenta em ocasiões especiais, é natural da capital paulista. Começou a carreira ainda adolescente, aos 13 anos, vencendo vários concursos musicais. Em 1958, gravou seu primeiro disco com o sucesso "Sayonara" (tema musical do filme de mesmo nome estrelado por Marlon Brando). Em seguida, vieram outras gravações, todas em discos de 78 RPM, pelo selo Califórnia: Cachito (Bolero) – 1959; Be-Bop-A-Lula (Rock) – 1959; My Baby (Calypso Rock) – 1960; Lampião de Gás (Valsa) – 1960; Noite de Paz (Canção Natalina) – 1961; e Sinos de Belém (Canção Natalina) -1961. Segundo o Dicionário Ricardo Cravo Albim, de MPB, Yoko "é uma cantora com repertório eclético: tango, guarânia e rock".
Graças a um amigo - o Julio - que possui dois discos da cantora, consegui as duas gravações que a colocam na história dos primórdios do rock brasileiro: “Be-Bob-A-Lula”, sucesso original de Gene Vincent, lançada em 1959, com “Índia” (interpretada por Guido Miyoshi, nissei que também gravou “Oh Carol”, de Neil Sedaka, com trechos em japonês e português) no outro lado do disco, e “My baby”, de 1960, acoplada com “Lampião de gás” (sucesso de Inezita Barroso, cuja autora, Zica Bergami, faleceu em abril último aos 97 anos). Confira:
01. 1959 – Be-Bop-A-Lula
02. 1960 – My baby
03. 1960 – Lampião de gás
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Hoje é comemorado o Dia Mundial do Rock. Vou aproveitar a data para efetuar duas postagens. A primeira, a fim de encerrar a mostra das cantoras de origem nipônica, é a Yoko Abe, oriental pioneira do rock brasileiro, contemporânea de Celly Campello. São poucas as informações a seu respeito na Internet, mas encontrei um vídeo no YouTube (postado acima), no qual concede entrevista a Washington Morais, especializado em raridades da Jovem Guarda. A segunda postagem será uma coletânea com pioneiros do rock cantando em inglês.
A cantora, que ainda se apresenta em ocasiões especiais, é natural da capital paulista. Começou a carreira ainda adolescente, aos 13 anos, vencendo vários concursos musicais. Em 1958, gravou seu primeiro disco com o sucesso "Sayonara" (tema musical do filme de mesmo nome estrelado por Marlon Brando). Em seguida, vieram outras gravações, todas em discos de 78 RPM, pelo selo Califórnia: Cachito (Bolero) – 1959; Be-Bop-A-Lula (Rock) – 1959; My Baby (Calypso Rock) – 1960; Lampião de Gás (Valsa) – 1960; Noite de Paz (Canção Natalina) – 1961; e Sinos de Belém (Canção Natalina) -1961. Segundo o Dicionário Ricardo Cravo Albim, de MPB, Yoko "é uma cantora com repertório eclético: tango, guarânia e rock".
Graças a um amigo - o Julio - que possui dois discos da cantora, consegui as duas gravações que a colocam na história dos primórdios do rock brasileiro: “Be-Bob-A-Lula”, sucesso original de Gene Vincent, lançada em 1959, com “Índia” (interpretada por Guido Miyoshi, nissei que também gravou “Oh Carol”, de Neil Sedaka, com trechos em japonês e português) no outro lado do disco, e “My baby”, de 1960, acoplada com “Lampião de gás” (sucesso de Inezita Barroso, cuja autora, Zica Bergami, faleceu em abril último aos 97 anos). Confira:
01. 1959 – Be-Bop-A-Lula
02. 1960 – My baby
03. 1960 – Lampião de gás
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terça-feira, 12 de julho de 2011
A Rosa japonesa que canta e encanta - Antologia
Rosa Miyake concentrou esforços em sua carreira de cantora entre 1966 e 1968
Quem acompanhou o blog “Túnel do Tempo” deve conhecer esta antologia da Rosa Miyake. Eu a preparei especialmente para o blog, e como a coletânea não está mais acessível na net, achei que poderia disponibilizá-la aqui, aproveitando a postagem anterior do LP japonês da cantora. Fiz, porém, algumas mudanças: refiz a contracapa, seguindo o padrão do Sanduíche Musical (SM) e incluí duas faixas bônus: “Parabéns a você”, do compacto simples promocional que traz o jingle “Yaohan traz alegria”, e “Pra nunca mais chorar”, regravação do sucesso da Vanusa incluída na coletânea “O Fino das Paradas”, da Chantecler.
Rosa Miyake começou a carreira como cantora de música japonesa, obtendo muito sucesso em São Paulo, tanto por seu talento como por sua beleza exótica. Durante a década de 60, no auge da Jovem Guarda, seu repertório procurou atingir o público jovem em geral, saindo do nicho nipo-brasileiro. A discografia da Rosa Miyake, que se estende entre 1966 e 1968, é pequena: cinco compactos simples (sem contar o promocional citado acima), dois LPs (um brasileiro e outro japonês, com alguma variação no repertório) e faixas avulsas para coletâneas da gravadora Chantecler.
Entretanto, o seu maior sucesso nacional foi o jingle “Urashima Taro”, utilizado na propaganda que a empresa de aviação Varig fez para divulgar os primeiros voos diretos entre o Rio de Janeiro e Tóquio. A sua voz ficou conhecida em todo o Brasil, apesar de parte do país a conhecer como cantora. Também foi atriz protagonista da novela "Yoshico, um Poema de Amor" que estreou na TV Tupi em janeiro de 1967.Depois da experiência como cantora e atriz, Rosa focou a carreira de apresentadora, por mais de 30 anos, do programa de variedades “Imagens do Japão”. A atração televisiva apresentava seriados e programas produzidos na Terra do Sol Nascente em idioma japonês. Também exibia produção nacional em português, em geral reportagens e entrevistas com personalidades da comunidade nipo-brasileira.
O programa foi criado em 1970 por Mario Okuhara na Rede Tupi, passando depois para a Rede Bandeirantes de Televisão. Em uma época sem TV a cabo, a atração imediatamente conquistou uma audiência absolutamente fiel e com bom poder aquisitivo, composta de nipo-brasileiros que buscavam contato com a cultura popular do país onde nasceram ou de onde tinham vindo seus pais e avós. Apesar de ser dirigido para um segmento de mercado muito pequeno e distinto, o programa também era assistido e admirado fora da comunidade nipo-brasileira, tanto que muitas pessoas tiveram seu primeiro contato com a cultura japonesa através deste programa e da própria apresentadora. Confira, agora, a intérprete:
01 - Pobre Pescador
02 - Bye bye querido (Koi no bye bye)
03 - Tomodati no Koibito (Namoradinha de um amigo meu)
04 - Sayonara
05 - Uma noite de verão
06 - Uma dúzia de rosas
07 - Eu te amo mesmo assim
08 - Pra não dizer que não falei das flores
09 - Sabiá
10 - Não pude esquecer
11 - Começo do fim
12 - Boa noite, meu bem
13 - Akazaka (Como está)
14 - Jingle bells (Play Golf Natal)
15 - Koyubi no omoide
16 - Aryushiam kazoe uta
17 - Tada soredake
18 - Hitori botti ga sabishiino
19 - Namida no kawaku made
20 - Tenshi no shuhkan (Angel's Love)
21 - Shiritakunai no (I really don't want to know)
22 - Yogiri yo kon - Ya mo arigatoh
23 - Yahon traz alegria (jingle)
24 - Japão encantos (Jingle Varig)
25 - Urashimataro (Jingle Varig)
26 - Parabéns a você (Jingle Yohan - Bônus)
27 - Pra nunca mais chorar (Bônus)
Quem acompanhou o blog “Túnel do Tempo” deve conhecer esta antologia da Rosa Miyake. Eu a preparei especialmente para o blog, e como a coletânea não está mais acessível na net, achei que poderia disponibilizá-la aqui, aproveitando a postagem anterior do LP japonês da cantora. Fiz, porém, algumas mudanças: refiz a contracapa, seguindo o padrão do Sanduíche Musical (SM) e incluí duas faixas bônus: “Parabéns a você”, do compacto simples promocional que traz o jingle “Yaohan traz alegria”, e “Pra nunca mais chorar”, regravação do sucesso da Vanusa incluída na coletânea “O Fino das Paradas”, da Chantecler.
Rosa Miyake começou a carreira como cantora de música japonesa, obtendo muito sucesso em São Paulo, tanto por seu talento como por sua beleza exótica. Durante a década de 60, no auge da Jovem Guarda, seu repertório procurou atingir o público jovem em geral, saindo do nicho nipo-brasileiro. A discografia da Rosa Miyake, que se estende entre 1966 e 1968, é pequena: cinco compactos simples (sem contar o promocional citado acima), dois LPs (um brasileiro e outro japonês, com alguma variação no repertório) e faixas avulsas para coletâneas da gravadora Chantecler.
Entretanto, o seu maior sucesso nacional foi o jingle “Urashima Taro”, utilizado na propaganda que a empresa de aviação Varig fez para divulgar os primeiros voos diretos entre o Rio de Janeiro e Tóquio. A sua voz ficou conhecida em todo o Brasil, apesar de parte do país a conhecer como cantora. Também foi atriz protagonista da novela "Yoshico, um Poema de Amor" que estreou na TV Tupi em janeiro de 1967.Depois da experiência como cantora e atriz, Rosa focou a carreira de apresentadora, por mais de 30 anos, do programa de variedades “Imagens do Japão”. A atração televisiva apresentava seriados e programas produzidos na Terra do Sol Nascente em idioma japonês. Também exibia produção nacional em português, em geral reportagens e entrevistas com personalidades da comunidade nipo-brasileira.
O programa foi criado em 1970 por Mario Okuhara na Rede Tupi, passando depois para a Rede Bandeirantes de Televisão. Em uma época sem TV a cabo, a atração imediatamente conquistou uma audiência absolutamente fiel e com bom poder aquisitivo, composta de nipo-brasileiros que buscavam contato com a cultura popular do país onde nasceram ou de onde tinham vindo seus pais e avós. Apesar de ser dirigido para um segmento de mercado muito pequeno e distinto, o programa também era assistido e admirado fora da comunidade nipo-brasileira, tanto que muitas pessoas tiveram seu primeiro contato com a cultura japonesa através deste programa e da própria apresentadora. Confira, agora, a intérprete:
01 - Pobre Pescador
02 - Bye bye querido (Koi no bye bye)
03 - Tomodati no Koibito (Namoradinha de um amigo meu)
04 - Sayonara
05 - Uma noite de verão
06 - Uma dúzia de rosas
07 - Eu te amo mesmo assim
08 - Pra não dizer que não falei das flores
09 - Sabiá
10 - Não pude esquecer
11 - Começo do fim
12 - Boa noite, meu bem
13 - Akazaka (Como está)
14 - Jingle bells (Play Golf Natal)
15 - Koyubi no omoide
16 - Aryushiam kazoe uta
17 - Tada soredake
18 - Hitori botti ga sabishiino
19 - Namida no kawaku made
20 - Tenshi no shuhkan (Angel's Love)
21 - Shiritakunai no (I really don't want to know)
22 - Yogiri yo kon - Ya mo arigatoh
23 - Yahon traz alegria (jingle)
24 - Japão encantos (Jingle Varig)
25 - Urashimataro (Jingle Varig)
26 - Parabéns a você (Jingle Yohan - Bônus)
27 - Pra nunca mais chorar (Bônus)
Rosa Miyake em Tóquio (1968)
Disco de 1968 foi gravado e produzido em Tóquio por renomados músicos japoneses
Impossível não lembrar da cantora e apresentadora Rosa Miyake depois da postagem dos dois singles da Bubby. A artista, que hoje mora nos Estados Unidos e atua como empresária no segmento de golfe, segundo informa um artigo de 2008, chegou a se apresentar e gravar em 1968 um disco no Japão. A contracapa da versão brasileira deste LP informa: “Discos Astrophone orgulhosamente lança ao público este LP “Rosa Miyake em Tókyo”, inteiramente produzido no Japão, em som “stereophone”, na ocasião da sua temporada vitoriosa naquele país. Os arranjos das músicas foram cuidadosamente preparados pelos famosos maestros japoneses Jiro Takemura e Akira Arita. Este disco foi lançado também no Japão pela gravadora Polydor japonesa, que é representada no Brasil pela Astrophone. O sucesso deste LP no Japão é motivo de grande orgulho para todos nós da colônia japonesa e também para os brasileiros, pois a Rosa Miyake é a primeira cantora representante nissei a fazer sucessos espetaculares no exterior, trazendo assim uma vitória artística para o Brasil”.
A cantora, paulista de Guararapes, canta desde os 12 anos. Freqüentava emissoras de rádio e participava de programas de calouros, conforme informa a contracapa do primeiro single – “A Rosa japonesa que canta” – lançado em 1966 pela Chantecler. Assim, recebeu alguns prêmios em concursos musicais, tais como “a melhor cantora da colônia nipo-brasileira”, de acordo como votação popular promovida pela rádio Santo Amaro de São Paulo (onde Rosa chegou a apresentar um programa), e o troféu “Voz de Ouro” da música japonesa. Foi também a primeira princesa no concurso Miss Nikkei.
Um fato curioso, contado pela própria artista, envolve Roberto Carlos. Um dia, o cantor foi convidado para se apresentar na Rádio Santo Amaro, mais direcionada ao público nipônico, e queria cantar uma música em japonês. Foi ela quem teve a missão de ensiná-lo. A música ensaiada foi “Sukiyaki”, do repertório de Kyu Sakamoto, e que ficou conhecida no Brasil pela versão “Olhando para o céu”, gravada pelo Trio Esperança. “Ele colocou a letra da música coladinha no violão e tocou tão lindo. A plateia aplaudiu de pé. O Roberto Carlos cantando em japonês! Fiquei feliz porque eu é quem tinha ensinado”, disse Rosa em entrevista comemorativa ao centenário da imigração japonesa no Brasil. Foi assim que ela o conheceu e recebeu o convite para se apresentar no programa Jovem Guarda, tanto que gravou a versão japonesa de “Namoradinha de um amigo meu”. Por enquanto, curta este LP:
01. Yuhbe No Himitsu
02. Sakamichi No Club
03. Koi No Tokimeki
04. Akazaka (Como está)
05. Yogiri Yo Kon-Ya Mo Arigatoh
06. Urashima Taro
07. Shiroi Omokague
08. Koi No Shizuku
09. Namida No Kawaku Made
10. Shirisugita No Ne
11. Koyubi no Omoide
12. Tenshi No Shuhkan (Angel's Love)
13. Minamijuhji No Hoshi Ni Naku
14. Shiritakunai No (I Really Don't Want To Know)
Impossível não lembrar da cantora e apresentadora Rosa Miyake depois da postagem dos dois singles da Bubby. A artista, que hoje mora nos Estados Unidos e atua como empresária no segmento de golfe, segundo informa um artigo de 2008, chegou a se apresentar e gravar em 1968 um disco no Japão. A contracapa da versão brasileira deste LP informa: “Discos Astrophone orgulhosamente lança ao público este LP “Rosa Miyake em Tókyo”, inteiramente produzido no Japão, em som “stereophone”, na ocasião da sua temporada vitoriosa naquele país. Os arranjos das músicas foram cuidadosamente preparados pelos famosos maestros japoneses Jiro Takemura e Akira Arita. Este disco foi lançado também no Japão pela gravadora Polydor japonesa, que é representada no Brasil pela Astrophone. O sucesso deste LP no Japão é motivo de grande orgulho para todos nós da colônia japonesa e também para os brasileiros, pois a Rosa Miyake é a primeira cantora representante nissei a fazer sucessos espetaculares no exterior, trazendo assim uma vitória artística para o Brasil”.
A cantora, paulista de Guararapes, canta desde os 12 anos. Freqüentava emissoras de rádio e participava de programas de calouros, conforme informa a contracapa do primeiro single – “A Rosa japonesa que canta” – lançado em 1966 pela Chantecler. Assim, recebeu alguns prêmios em concursos musicais, tais como “a melhor cantora da colônia nipo-brasileira”, de acordo como votação popular promovida pela rádio Santo Amaro de São Paulo (onde Rosa chegou a apresentar um programa), e o troféu “Voz de Ouro” da música japonesa. Foi também a primeira princesa no concurso Miss Nikkei.
Um fato curioso, contado pela própria artista, envolve Roberto Carlos. Um dia, o cantor foi convidado para se apresentar na Rádio Santo Amaro, mais direcionada ao público nipônico, e queria cantar uma música em japonês. Foi ela quem teve a missão de ensiná-lo. A música ensaiada foi “Sukiyaki”, do repertório de Kyu Sakamoto, e que ficou conhecida no Brasil pela versão “Olhando para o céu”, gravada pelo Trio Esperança. “Ele colocou a letra da música coladinha no violão e tocou tão lindo. A plateia aplaudiu de pé. O Roberto Carlos cantando em japonês! Fiquei feliz porque eu é quem tinha ensinado”, disse Rosa em entrevista comemorativa ao centenário da imigração japonesa no Brasil. Foi assim que ela o conheceu e recebeu o convite para se apresentar no programa Jovem Guarda, tanto que gravou a versão japonesa de “Namoradinha de um amigo meu”. Por enquanto, curta este LP:
01. Yuhbe No Himitsu
02. Sakamichi No Club
03. Koi No Tokimeki
04. Akazaka (Como está)
05. Yogiri Yo Kon-Ya Mo Arigatoh
06. Urashima Taro
07. Shiroi Omokague
08. Koi No Shizuku
09. Namida No Kawaku Made
10. Shirisugita No Ne
11. Koyubi no Omoide
12. Tenshi No Shuhkan (Angel's Love)
13. Minamijuhji No Hoshi Ni Naku
14. Shiritakunai No (I Really Don't Want To Know)
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Bubby - A cantora oriental da Jovem Guarda
Bubby gravou apenas três singles, dois na RGE e um na RCA Victor, entre 1967 e 1969
Sempre soube da existência de uma cantora da Jovem Guarda de origem japonesa que se apresentava como Bubby. Os comentários sobre ela partiam mais de um amigo - o saudoso Jair Martins, a quem homenageio com esta postagem. Ele elogiava sua beleza e voz, e lamentava por não ter disco da cantora, apesar de procurá-los. Eu, por minha vez, passei a alimentar ao longo dos anos a curiosidade de ouvi-la. Até que um dia, num sebo, encontrei um compacto simples, e posteriormente comprei outro numa feira de vinil.
Pesquisei na Internet e constatei que seu nome de batismo é Olga Hayashi, nascida em 23 de março na cidade paulista de Pompeia. Iniciou a carreira na Rádio Clube de Marília em programas infantis. Mais tarde, transferiu-se para a capital, sendo logo contratada pela extinta TV Excelsior - Canal 9, apresentando-se no "Programa dos Incríveis". Gravou o primeiro compacto em 1967 pela RGE, acompanhada pelo grupo The Rebbels, com as músicas “Diga de uma vez” (uma versão de "Tell me to my face") e “Ele me deixou” ("Cheryl’s goin’ home"). No ano seguinte, outro disco, com arranjo e regência de Portinho: "Melhor é ser feliz com o que se tem" (versão de "The other man's grass is always greener") e “Once I had a dream”.
São esses dois primeiros singles que consegui comprar. Há um terceiro e último, de 1969, gravado na RCA Victor. O disco traz “Canção para um ser só”, música japonesa com versão feita pela própria Bubby, que consegui baixar no Soulseek. O problema é que até agora desconheço o nome da canção que está no lado B. Se alguém souber, por favor, me informe. E se a tiver disponível, ficaria agradecido se puder me enviar para completar a coleção. Prometo postá-la no blog com o devido crédito ao colaborador.
Bubby, segundo artigo na Internet, vem de uma família de dez irmãos. Alguns deles também se envolveram com a música: Hélio, que chegou a montar um conjunto de rock; Nadir, também cantora, com disco gravado na RCA Victor; Nancy, outra cantora, e China, que foi divulgador da RGE. Bubby e Rosa Miyake foram as duas musas orientais na Jovem Guarda, sendo que a pioneira, contemporânea de Celly Campello, foi a cantora Yoko Abe. Confira as músicas:
01. 1967 - Diga de uma vez (Tell me to my face)
(A. Clarke – T. Hicks – G. Nash – versão: Lilian Knapp)
02. 1967 - Ele me deixou (Cheryl’s goin’ home)
(Bob Lind – versão: Fred Jorge)
03. 1968 - Melhor é ser feliz com o que se tem (The other man’s grass is always greener)
(T. Hatch – J. Trent – versão: Lílian Knapp)
04. 1968 - Once I had a dream
(Roger Cook – Roger Greenaway)
05. 1969 - Canção para um ser só (faixa bônus)
Download aqui
Sempre soube da existência de uma cantora da Jovem Guarda de origem japonesa que se apresentava como Bubby. Os comentários sobre ela partiam mais de um amigo - o saudoso Jair Martins, a quem homenageio com esta postagem. Ele elogiava sua beleza e voz, e lamentava por não ter disco da cantora, apesar de procurá-los. Eu, por minha vez, passei a alimentar ao longo dos anos a curiosidade de ouvi-la. Até que um dia, num sebo, encontrei um compacto simples, e posteriormente comprei outro numa feira de vinil.
Pesquisei na Internet e constatei que seu nome de batismo é Olga Hayashi, nascida em 23 de março na cidade paulista de Pompeia. Iniciou a carreira na Rádio Clube de Marília em programas infantis. Mais tarde, transferiu-se para a capital, sendo logo contratada pela extinta TV Excelsior - Canal 9, apresentando-se no "Programa dos Incríveis". Gravou o primeiro compacto em 1967 pela RGE, acompanhada pelo grupo The Rebbels, com as músicas “Diga de uma vez” (uma versão de "Tell me to my face") e “Ele me deixou” ("Cheryl’s goin’ home"). No ano seguinte, outro disco, com arranjo e regência de Portinho: "Melhor é ser feliz com o que se tem" (versão de "The other man's grass is always greener") e “Once I had a dream”.
São esses dois primeiros singles que consegui comprar. Há um terceiro e último, de 1969, gravado na RCA Victor. O disco traz “Canção para um ser só”, música japonesa com versão feita pela própria Bubby, que consegui baixar no Soulseek. O problema é que até agora desconheço o nome da canção que está no lado B. Se alguém souber, por favor, me informe. E se a tiver disponível, ficaria agradecido se puder me enviar para completar a coleção. Prometo postá-la no blog com o devido crédito ao colaborador.
Bubby, segundo artigo na Internet, vem de uma família de dez irmãos. Alguns deles também se envolveram com a música: Hélio, que chegou a montar um conjunto de rock; Nadir, também cantora, com disco gravado na RCA Victor; Nancy, outra cantora, e China, que foi divulgador da RGE. Bubby e Rosa Miyake foram as duas musas orientais na Jovem Guarda, sendo que a pioneira, contemporânea de Celly Campello, foi a cantora Yoko Abe. Confira as músicas:
01. 1967 - Diga de uma vez (Tell me to my face)
(A. Clarke – T. Hicks – G. Nash – versão: Lilian Knapp)
02. 1967 - Ele me deixou (Cheryl’s goin’ home)
(Bob Lind – versão: Fred Jorge)
03. 1968 - Melhor é ser feliz com o que se tem (The other man’s grass is always greener)
(T. Hatch – J. Trent – versão: Lílian Knapp)
04. 1968 - Once I had a dream
(Roger Cook – Roger Greenaway)
05. 1969 - Canção para um ser só (faixa bônus)
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domingo, 10 de julho de 2011
Hermanos: Cantare, cantaras (vários artistas)
Roberto Carlos, Gal Costa, Simone e Sérgio Mendes estão entre cantores dos Hermanos
Cinquenta artistas unidos por uma causa comum: ajudar a infância de carentes da América Latina, Caribe e África. Esta foi a proposta do single “Cantare, Cantaras” (I will sing, you will sing), música escrita por Albert Hammond, Juan Carlos Calderón e Anahí, com produção do próprio Hammond, José Quintana e Humberto Gatica. Entre os artistas estão os brasileiros Roberto Carlos, Gal Costa, Sergio Mendes e Simone. Eles cantam ao lado de Irene Cara, Célia Cruz, Plácido Domingo, Julio Iglesias e outros. Só não entendi porque o compacto traz o Herb Alpert – um excelente músico – com instrumental no Lado B. Nada contra, mas acho que a CBS (atual Sony) deveria apresentar nova canção com esses mesmos ou outros artistas no lado B, gerando maior repercussão ao disco.
A Hermanos, como informa a contracapa do single, é uma fundação filantrópica para ajudar a infância na região. A renda do disco foi administrada por organizações mundiais, como a Unicef. A fundação se comprometeu em utilizar os fundos para proporcionar alimentos e medicamentos às zonas mais necessitadas desses territórios. Vale lembrar que este disco é do mesmo ano do lançamento de "We Are the World", canção gravada pelos maiores nomes da música e lançada em LP, com o objetivo de arrecadação de fundos para o combate da fome na África. Os 45 astros formaram o grupo USA for Africa. A canção, um hit mundial, foi escrita por Michael Jackson e Lionel Richie, sendo que em 2010 foi regravada por outros artistas com a finalidade de ajudar as vitimas do terremoto no Haiti.
Lado A – Hermanos - Cantare, cantaras (I will sing, you will sing)
(Albert Hammond, Juan Carlos Calderón e Anahi)
Lado B – Herb Alpert - African flame
(Herb Alpert – John Barnes)
Download aqui
Cinquenta artistas unidos por uma causa comum: ajudar a infância de carentes da América Latina, Caribe e África. Esta foi a proposta do single “Cantare, Cantaras” (I will sing, you will sing), música escrita por Albert Hammond, Juan Carlos Calderón e Anahí, com produção do próprio Hammond, José Quintana e Humberto Gatica. Entre os artistas estão os brasileiros Roberto Carlos, Gal Costa, Sergio Mendes e Simone. Eles cantam ao lado de Irene Cara, Célia Cruz, Plácido Domingo, Julio Iglesias e outros. Só não entendi porque o compacto traz o Herb Alpert – um excelente músico – com instrumental no Lado B. Nada contra, mas acho que a CBS (atual Sony) deveria apresentar nova canção com esses mesmos ou outros artistas no lado B, gerando maior repercussão ao disco.
A Hermanos, como informa a contracapa do single, é uma fundação filantrópica para ajudar a infância na região. A renda do disco foi administrada por organizações mundiais, como a Unicef. A fundação se comprometeu em utilizar os fundos para proporcionar alimentos e medicamentos às zonas mais necessitadas desses territórios. Vale lembrar que este disco é do mesmo ano do lançamento de "We Are the World", canção gravada pelos maiores nomes da música e lançada em LP, com o objetivo de arrecadação de fundos para o combate da fome na África. Os 45 astros formaram o grupo USA for Africa. A canção, um hit mundial, foi escrita por Michael Jackson e Lionel Richie, sendo que em 2010 foi regravada por outros artistas com a finalidade de ajudar as vitimas do terremoto no Haiti.
Lado A – Hermanos - Cantare, cantaras (I will sing, you will sing)
(Albert Hammond, Juan Carlos Calderón e Anahi)
Lado B – Herb Alpert - African flame
(Herb Alpert – John Barnes)
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sábado, 9 de julho de 2011
Vox Deorum (The Clevers): Antologia (1969/1971)
Vox Deorum era constituído pelos músicos da segunda formação do The Clevers
Você já ouviu músicas dos grupos The Supersonics, Os Milionários, Cardinale, We, Vacation, Age of Venus ou The Lotus Sound? Esses e outros nomes foram pseudônimos usados por uma única banda, Os Fevers, que também adotaram outros nomes em gravações feitas em parceria com o Renato e Seus Blue Caps (The Big Seven) e Os Golden Boys (Os Super Quentes). Pois a banda The New Clevers, apresentada na postagem anterior, também teve um segundo nome: Vox Deorum, que chegou a gravar quatro compactos simples e um duplo, todos pela gravadora RGE.
Não sei exatamente o motivo pelo qual o grupo decidiu adotar um segundo nome, já que o primeiro e mais importante (The Clevers) necessitava de mais foco, e - cá entre nós - nem chegou a deslanchar. Caiu rapidamente no esquecimento. Os Incríveis, por sua vez, conseguiram sucesso e projeção maior justamente após trocarem o nome e a gravadora (da Continental para a RCA Victor). De outro lado, o grupo Vox Deorum teve o apoio da RGE, que apostou no novo nome e até lançou pelo selo Fermata dois singles do grupo no mercado latino: o primeiro com “Yo te amo ... Yo tampoco” (versão de “Je t’aime ... moi non plus”, de Serge Gainsburg, inédita no Brasil) e “Si el telefono Llama” (Se o telefone tocar), e o segundo contendo "Gitarzan" e "Give peace a chance" (sucesso de John Lennon). Sem o êxito esperado, o Vox Deorum ganhou certa aura ao longo dos anos como banda de garagem, e seus discos passaram a ser disputados por colecionadores. Confira o repertório:
01. 1970 - Gitarzan (Guitarzan)
02. 1970 - Em busca da paz (Give peace a chance)
03. 1971 - Shorts, mini-saias e blue jeans
04. 1969 - Se o telefone tocar
05. 1969 - Não quero mais sofrer
06. 1970 - Como é triste
07. 1970 - Bárbara
08. 1970 - Domingo em Buenos Aires
09. 1970 - Está na hora de aprender a chorar
10. 1970 - Fa-fanafa-fa
11. 1970 - Minha Maria
12. 1971 - Viver por viver
Download aqui
Você já ouviu músicas dos grupos The Supersonics, Os Milionários, Cardinale, We, Vacation, Age of Venus ou The Lotus Sound? Esses e outros nomes foram pseudônimos usados por uma única banda, Os Fevers, que também adotaram outros nomes em gravações feitas em parceria com o Renato e Seus Blue Caps (The Big Seven) e Os Golden Boys (Os Super Quentes). Pois a banda The New Clevers, apresentada na postagem anterior, também teve um segundo nome: Vox Deorum, que chegou a gravar quatro compactos simples e um duplo, todos pela gravadora RGE.
Não sei exatamente o motivo pelo qual o grupo decidiu adotar um segundo nome, já que o primeiro e mais importante (The Clevers) necessitava de mais foco, e - cá entre nós - nem chegou a deslanchar. Caiu rapidamente no esquecimento. Os Incríveis, por sua vez, conseguiram sucesso e projeção maior justamente após trocarem o nome e a gravadora (da Continental para a RCA Victor). De outro lado, o grupo Vox Deorum teve o apoio da RGE, que apostou no novo nome e até lançou pelo selo Fermata dois singles do grupo no mercado latino: o primeiro com “Yo te amo ... Yo tampoco” (versão de “Je t’aime ... moi non plus”, de Serge Gainsburg, inédita no Brasil) e “Si el telefono Llama” (Se o telefone tocar), e o segundo contendo "Gitarzan" e "Give peace a chance" (sucesso de John Lennon). Sem o êxito esperado, o Vox Deorum ganhou certa aura ao longo dos anos como banda de garagem, e seus discos passaram a ser disputados por colecionadores. Confira o repertório:
01. 1970 - Gitarzan (Guitarzan)
02. 1970 - Em busca da paz (Give peace a chance)
03. 1971 - Shorts, mini-saias e blue jeans
04. 1969 - Se o telefone tocar
05. 1969 - Não quero mais sofrer
06. 1970 - Como é triste
07. 1970 - Bárbara
08. 1970 - Domingo em Buenos Aires
09. 1970 - Está na hora de aprender a chorar
10. 1970 - Fa-fanafa-fa
11. 1970 - Minha Maria
12. 1971 - Viver por viver
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The New Clevers: Antologia (1965/1971)
Coletânea traz gravações feitas pelos músicos da segunda formação da banda The Clevers
Uma das regras na internet é não redigir todas as palavras em letras maiúsculas, pois passará ao leitor a impressão de que está berrando aos seus ouvidos. Mesmo sabendo deste risco, eu não poderia deixar de assinalar em caixa alta o meu “MUITÍSSIMO OBRIGADO AO AMIGO RECRUTA”. O agradecimento é por ele ter informado no comentário da postagem anterior o link para download das músicas do LP “Os sucessos das Paradas”, de Os Incríveis, que procurei por anos a fio. Ele revela que a postagem é do amigo Wilton, da comunidade MC&JG, a quem estendo o meu sincero agradecimento e parabenizo pela capacidade de compartilhar joia tão rara. Se você não tem as músicas do disco, basta ir na parte reservada aos comentários, copiar os dois links e baixar este raríssimo LP.
Foi o que fiz. Aproveitei para organizar minha coleção de músicas da banda, separando as lançadas em singles e projetos especiais. Reparei que duas músicas – “Flamenco” e “Rita” - de um velho compacto da Copacabana que comprei num sebo nos anos 70, não estão na discografia do grupo, que iniciou a carreira como The Clevers. Sempre achei que este disco era, de fato, gravado pelos componentes originais de Os Incríveis, tanto que já as encontrei em coletâneas de fãs do grupo. Um erro perdoável, pois o instrumental de “Flamenco” (é assim mesmo que está grafado no selo do compacto de 1965) é similar ao estilo da banda original. Trata-se, na verdade, do segundo single dos The New Clevers, como eram chamados por Antonio Aguilar, um dos primeiros radialistas a apresentar programas de rock no Brasil. Foi ele quem lançou o grupo com a primeira formação, de quem era empresário, e detinha os direitos da marca The Clevers. Assim, para separar as gravações feitas entre as duas primeiras formações, decidi fazer esta postagem em nome de "The New Clevers".
Como eles surgiram? Tudo começou em 1965, após desentendimento que gerou a separação entre o radialista e os músicos da formação original. O caso foi parar na justiça, e a banda adotou outro nome, Os Incríveis, cedido pelo radialista. Este, por sua vez, procurou outras alternativas para substituir o conjunto. A solução foi promover um concurso para selecionar os novos componentes. O certame foi lançado em seu programa na Rádio Nacional de São Paulo, com apoio da Revista Melodias, famosa na época, na qual o radialista assinava uma coluna. Os escolhidos foram José Carlos, o Ringo (saxofonista), Betinho (baterista), Reno (guitarra base), Tony (contrabaixo) e Francisco Monteiro, o Francis (guitarra solo). Os garotos tocavam juntos num conjunto amador chamado Les Celibataires.
A convite de Emílio Vitale, o grupo gravou o primeiro compacto simples pela Copacabana Discos com as músicas “Sem resposta”, versão de Norberto de Freitas para o sucesso “No Replay”, dos Beatles, no lado A, e “Texas patrol”, no B. Apesar de apresentada como “The New Clevers”, a banda tinha o nome “The Clevers” grafado nos discos. A parceria entre a banda e Antonio Aguilar durou apenas um ano, mas a separação foi amigável, sem envolvimento da justiça, como no caso anterior, pois o radialista vendeu a patente do nome The Clevers para os músicos. Eles permaneceram no cast da Copacabana por dois anos e depois foram para a RGE e Epic (selo da Sony). A banda, que só lançou singles, se manteve ativa até 1971, e uma terceira formação foi lançada em 2008, mas aí é outra história. Confira o repertório:
01. 1965 - Flamenco
02. 1967 - O quadradão
03. 1965 - Sem resposta (No reply)
04. 1966 - Não quero mais te amar (Not a second time)
05. 1965 - Rita
06. 1966 - La la la
07. 1966 - Por que você não vem
08. 1969 - Brisa vem
09. 1971 - Vou seguindo
10. 1969 - Vá andar
11. 1971 - Baby come back
12. 1967 - Eu me lembro de voce (A groove kind of love)
13. 1967 - A chuva
14. 1967 - Asa branca
15. 1968 - Mr. Moon
16. 1965 - Texas patrol
17. 1968 - Sandrinha
18. 1968 - A lenda do xanadu
19. 1969 - Casatchok
20. 1968 - A tramontana
Download aqui
Uma das regras na internet é não redigir todas as palavras em letras maiúsculas, pois passará ao leitor a impressão de que está berrando aos seus ouvidos. Mesmo sabendo deste risco, eu não poderia deixar de assinalar em caixa alta o meu “MUITÍSSIMO OBRIGADO AO AMIGO RECRUTA”. O agradecimento é por ele ter informado no comentário da postagem anterior o link para download das músicas do LP “Os sucessos das Paradas”, de Os Incríveis, que procurei por anos a fio. Ele revela que a postagem é do amigo Wilton, da comunidade MC&JG, a quem estendo o meu sincero agradecimento e parabenizo pela capacidade de compartilhar joia tão rara. Se você não tem as músicas do disco, basta ir na parte reservada aos comentários, copiar os dois links e baixar este raríssimo LP.
Foi o que fiz. Aproveitei para organizar minha coleção de músicas da banda, separando as lançadas em singles e projetos especiais. Reparei que duas músicas – “Flamenco” e “Rita” - de um velho compacto da Copacabana que comprei num sebo nos anos 70, não estão na discografia do grupo, que iniciou a carreira como The Clevers. Sempre achei que este disco era, de fato, gravado pelos componentes originais de Os Incríveis, tanto que já as encontrei em coletâneas de fãs do grupo. Um erro perdoável, pois o instrumental de “Flamenco” (é assim mesmo que está grafado no selo do compacto de 1965) é similar ao estilo da banda original. Trata-se, na verdade, do segundo single dos The New Clevers, como eram chamados por Antonio Aguilar, um dos primeiros radialistas a apresentar programas de rock no Brasil. Foi ele quem lançou o grupo com a primeira formação, de quem era empresário, e detinha os direitos da marca The Clevers. Assim, para separar as gravações feitas entre as duas primeiras formações, decidi fazer esta postagem em nome de "The New Clevers".
Como eles surgiram? Tudo começou em 1965, após desentendimento que gerou a separação entre o radialista e os músicos da formação original. O caso foi parar na justiça, e a banda adotou outro nome, Os Incríveis, cedido pelo radialista. Este, por sua vez, procurou outras alternativas para substituir o conjunto. A solução foi promover um concurso para selecionar os novos componentes. O certame foi lançado em seu programa na Rádio Nacional de São Paulo, com apoio da Revista Melodias, famosa na época, na qual o radialista assinava uma coluna. Os escolhidos foram José Carlos, o Ringo (saxofonista), Betinho (baterista), Reno (guitarra base), Tony (contrabaixo) e Francisco Monteiro, o Francis (guitarra solo). Os garotos tocavam juntos num conjunto amador chamado Les Celibataires.
A convite de Emílio Vitale, o grupo gravou o primeiro compacto simples pela Copacabana Discos com as músicas “Sem resposta”, versão de Norberto de Freitas para o sucesso “No Replay”, dos Beatles, no lado A, e “Texas patrol”, no B. Apesar de apresentada como “The New Clevers”, a banda tinha o nome “The Clevers” grafado nos discos. A parceria entre a banda e Antonio Aguilar durou apenas um ano, mas a separação foi amigável, sem envolvimento da justiça, como no caso anterior, pois o radialista vendeu a patente do nome The Clevers para os músicos. Eles permaneceram no cast da Copacabana por dois anos e depois foram para a RGE e Epic (selo da Sony). A banda, que só lançou singles, se manteve ativa até 1971, e uma terceira formação foi lançada em 2008, mas aí é outra história. Confira o repertório:
01. 1965 - Flamenco
02. 1967 - O quadradão
03. 1965 - Sem resposta (No reply)
04. 1966 - Não quero mais te amar (Not a second time)
05. 1965 - Rita
06. 1966 - La la la
07. 1966 - Por que você não vem
08. 1969 - Brisa vem
09. 1971 - Vou seguindo
10. 1969 - Vá andar
11. 1971 - Baby come back
12. 1967 - Eu me lembro de voce (A groove kind of love)
13. 1967 - A chuva
14. 1967 - Asa branca
15. 1968 - Mr. Moon
16. 1965 - Texas patrol
17. 1968 - Sandrinha
18. 1968 - A lenda do xanadu
19. 1969 - Casatchok
20. 1968 - A tramontana
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quinta-feira, 7 de julho de 2011
Os Incríveis: Single "Os sucessos das paradas"
Single lançado em Portugal traz duas músicas do LP "Os sucessos das paradas", de 1979
Antes de traçar minhas palavras sobre a postagem, gostaria de esclarecer aos visitantes que, por motivos desconhecidos, não consigo responder aos comentários dos amigos. Abri até uma segunda conta no Google especialmente para respondê-los, mas infelizmente todas as tentativas têm se revelado infrutíferas. Toda vez que respondo, a página é direcionada para a conta do Google, e mesmo seguindo os trâmites exigidos, a resposta não é publicada. O mais estranho é que consigo publicar meus comentários em blogs de terceiros – menos no meu. Alguém pode me informar o que está acontecendo?
Peço desculpas aos amigos (em especial ao Recruta que fez uma valiosa correção sobre o LP de 1983 do Renato e Seus Blue Caps) que gentilmente postaram seus comentários no blog. Eu não gostaria de deixá-los sem resposta. Vou tentar responder usando outro computador. Quem sabe consigo resolver este problema, pois a minha ideia para o blog é colocar os links para download na área reservada aos comentários, como fiz nas primeiras postagens. Enquanto a questão não é solucionada, vou colocando o link logo abaixo da lista das músicas de cada postagem.
Feito isto, vamos ao single de 45 RPM do grupo Os Incríveis, lançado pela RCA Victor de Portugal em 1979. As duas músicas fazem parte do repertório do LP "Os Sucessos das Paradas", lançado no mesmo ano no Brasil. Acredito que é, assim como o álbum de 1983 do Renato e Seus Blue Caps, o mais obscuro da banda. Eu, que curto muito Os Incríveis, nunca tive este disco em mãos. Só conheço a capa disponibilizada em alguns sites. Pena que nem todas as músicas do disco foram relançadas em coletâneas do conjunto.
Nota-se, pelo repertório, que este LP é uma espécie de caça-níqueis, aproveitando o sucesso de outros artistas – o que não acho bom para uma banda com músicos tão versáteis como são os integrantes de Os Incríveis. Apesar de achar que o disco perde valor pela ausência de repertório próprio, é um álbum que está na minha lista de compra. Quem sabe um dia o encontro e posto aqui. Enquanto isto, o jeito é se contentar com este single inédito na terra descoberta por Cabral, com versões de sucessos do Village People e Patrick Hernandez:
Lado A – A.C.M. (Y.M.C.A.)
(Morali – H.Belolo – V. Willis – P. Ildefonso – W. Benatti)
Lado B – O amor nasceu (Born to be alive)
(Patrick Hernandez – N. Santisteban)
Antes de traçar minhas palavras sobre a postagem, gostaria de esclarecer aos visitantes que, por motivos desconhecidos, não consigo responder aos comentários dos amigos. Abri até uma segunda conta no Google especialmente para respondê-los, mas infelizmente todas as tentativas têm se revelado infrutíferas. Toda vez que respondo, a página é direcionada para a conta do Google, e mesmo seguindo os trâmites exigidos, a resposta não é publicada. O mais estranho é que consigo publicar meus comentários em blogs de terceiros – menos no meu. Alguém pode me informar o que está acontecendo?
Peço desculpas aos amigos (em especial ao Recruta que fez uma valiosa correção sobre o LP de 1983 do Renato e Seus Blue Caps) que gentilmente postaram seus comentários no blog. Eu não gostaria de deixá-los sem resposta. Vou tentar responder usando outro computador. Quem sabe consigo resolver este problema, pois a minha ideia para o blog é colocar os links para download na área reservada aos comentários, como fiz nas primeiras postagens. Enquanto a questão não é solucionada, vou colocando o link logo abaixo da lista das músicas de cada postagem.
Feito isto, vamos ao single de 45 RPM do grupo Os Incríveis, lançado pela RCA Victor de Portugal em 1979. As duas músicas fazem parte do repertório do LP "Os Sucessos das Paradas", lançado no mesmo ano no Brasil. Acredito que é, assim como o álbum de 1983 do Renato e Seus Blue Caps, o mais obscuro da banda. Eu, que curto muito Os Incríveis, nunca tive este disco em mãos. Só conheço a capa disponibilizada em alguns sites. Pena que nem todas as músicas do disco foram relançadas em coletâneas do conjunto.
Nota-se, pelo repertório, que este LP é uma espécie de caça-níqueis, aproveitando o sucesso de outros artistas – o que não acho bom para uma banda com músicos tão versáteis como são os integrantes de Os Incríveis. Apesar de achar que o disco perde valor pela ausência de repertório próprio, é um álbum que está na minha lista de compra. Quem sabe um dia o encontro e posto aqui. Enquanto isto, o jeito é se contentar com este single inédito na terra descoberta por Cabral, com versões de sucessos do Village People e Patrick Hernandez:
Lado A – A.C.M. (Y.M.C.A.)
(Morali – H.Belolo – V. Willis – P. Ildefonso – W. Benatti)
Lado B – O amor nasceu (Born to be alive)
(Patrick Hernandez – N. Santisteban)
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Renato e seus Blues Caps: Pra sempre (1983)
Disco do grupo, lançado em 1983 pela RCA Victor, é um dos mais obscuros da banda
Gravado pela RCA Victor, este LP talvez seja o disco mais obscuro do grupo Renato e seus Blue Caps, pois não teve a mínima divulgação na época do lançamento em 1983. Isso aconteceu, segundo se informa, porque a gravadora no Brasil estava em fase de mudança em sua direção, e os novos comandantes tinham outras prioridades. O disco acabou caindo no esquecimento, razão pela qual imaginei, até a postagem do álbum, que o mesmo ainda era inédito em CD. Graças ao comentário do amigo Recruta, a quem agradeço publicamente, fui informado que o mesmo foi um dos títulos lançado em CD na série 100 Anos de Música.
A banda foi formada no final dos anos 50 pelos irmãos Renato, Edson e Paulo César, jovens moradores do bairro da Piedade, no Rio de Janeiro, com o nome Bacaninhas do Rock da Piedade. Por sugestão do radialista Jair de Taumaturgo, o grupo mudou o nome para o atual e definitivo, inspirado no conjunto norte-americano Gene Vincent And His Blue Caps. Tocaram no rádio e em programas de televisão, como Os Brotos Comandam, da TV Rio, apresentado por Carlos Imperial.
Gravaram o primeiro compacto em 1962 e se notabilizaram principalmente pelas versões que faziam de músicas de língua inglesa (a maioria britânicas), como "Menina Linda", versão de "I Should Have Known Better", "Até o Fim", versão de "You Won't See Me" (ambas de Lennon/McCartney) e "Escândalo em família", versão de "Shame And Scandal In The Family" (Donaldson/ Brown), entre outros. Já em 1963 Edson saiu do grupo e iniciou carreira solo com o nome Ed Wilson. Foi substituído por Erasmo Carlos, que teve uma participação breve no grupo, e chegou a gravar como vocalista no primeiro LP da banda. Foi o principal grupo do programa Jovem Guarda, e fez acompanhamento em vários discos de artistas do cast da CBS (atual Sony), como Roberto Carlos e Wanderléa. Em 1966 apareceram em dois filmes: "Na onda do iê-iê-iê" (p&b) e "Rio, Verão & Amor" (colorido).
Renato Barros, que lançou moda na Jovem Guarda com seu cabelo rabo de cavalo, como assinalava Roberto Carlos quando apresentava a banda no programa da TV Record, também é compositor. Teve músicas gravadas por outros artistas, como Roberto Carlos, Ed Wilson, Leno e Lilian, e outros. Neste LP, a banda era formada por Renato Barros (guitarra e vocal), Paulo César Barros (baixo e vocal), Cid Chaves (vocal), Gelson Moraes (bateria) e Marquinhos (Teclados). Confirma as músicas:
01. Renato collection (Através dos tempos)
02. Pra sempre
03. Guerrilheiro do amor (Rock do Flipper)
04. Será?
05. O fogo ainda não acabou
06. Sexo frágil
07. Vamos fundo
08. Sonhos de amor
09. Memórias
Download aqui
Gravado pela RCA Victor, este LP talvez seja o disco mais obscuro do grupo Renato e seus Blue Caps, pois não teve a mínima divulgação na época do lançamento em 1983. Isso aconteceu, segundo se informa, porque a gravadora no Brasil estava em fase de mudança em sua direção, e os novos comandantes tinham outras prioridades. O disco acabou caindo no esquecimento, razão pela qual imaginei, até a postagem do álbum, que o mesmo ainda era inédito em CD. Graças ao comentário do amigo Recruta, a quem agradeço publicamente, fui informado que o mesmo foi um dos títulos lançado em CD na série 100 Anos de Música.
A banda foi formada no final dos anos 50 pelos irmãos Renato, Edson e Paulo César, jovens moradores do bairro da Piedade, no Rio de Janeiro, com o nome Bacaninhas do Rock da Piedade. Por sugestão do radialista Jair de Taumaturgo, o grupo mudou o nome para o atual e definitivo, inspirado no conjunto norte-americano Gene Vincent And His Blue Caps. Tocaram no rádio e em programas de televisão, como Os Brotos Comandam, da TV Rio, apresentado por Carlos Imperial.
Gravaram o primeiro compacto em 1962 e se notabilizaram principalmente pelas versões que faziam de músicas de língua inglesa (a maioria britânicas), como "Menina Linda", versão de "I Should Have Known Better", "Até o Fim", versão de "You Won't See Me" (ambas de Lennon/McCartney) e "Escândalo em família", versão de "Shame And Scandal In The Family" (Donaldson/ Brown), entre outros. Já em 1963 Edson saiu do grupo e iniciou carreira solo com o nome Ed Wilson. Foi substituído por Erasmo Carlos, que teve uma participação breve no grupo, e chegou a gravar como vocalista no primeiro LP da banda. Foi o principal grupo do programa Jovem Guarda, e fez acompanhamento em vários discos de artistas do cast da CBS (atual Sony), como Roberto Carlos e Wanderléa. Em 1966 apareceram em dois filmes: "Na onda do iê-iê-iê" (p&b) e "Rio, Verão & Amor" (colorido).
Renato Barros, que lançou moda na Jovem Guarda com seu cabelo rabo de cavalo, como assinalava Roberto Carlos quando apresentava a banda no programa da TV Record, também é compositor. Teve músicas gravadas por outros artistas, como Roberto Carlos, Ed Wilson, Leno e Lilian, e outros. Neste LP, a banda era formada por Renato Barros (guitarra e vocal), Paulo César Barros (baixo e vocal), Cid Chaves (vocal), Gelson Moraes (bateria) e Marquinhos (Teclados). Confirma as músicas:
01. Renato collection (Através dos tempos)
02. Pra sempre
03. Guerrilheiro do amor (Rock do Flipper)
04. Será?
05. O fogo ainda não acabou
06. Sexo frágil
07. Vamos fundo
08. Sonhos de amor
09. Memórias
Download aqui