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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Wilson Roberto - Minissaia (Carnaval 1970)

Wilson Roberto canta Minissaia e homenageia Silvio Santos com A marcha do peru que fala

Segue mais um compacto de marchas carnavalescas que trazem referências a Jovem Guarda e indicam o período em que foram gravadas. Desta vez, o disco é do desconhecido Wilson Roberto, que lançou em 1969 pela Som Maior as marchinhas “A marcha do peru que fala” e “Minissaia”. A primeira é uma homenagem a Silvio Santos. Para quem não sabe, o dono do SBT era conhecido como o “Peru que fala” no início profissional, nos anos 1960. Reza a lenda que o apresentador, muito tímido, ficava “vermelho feito peru” quando falava diante do microfone, daí o apelido que caiu em desuso com o aprimoramento profissional do homem do baú. Já a marchinha “Minissaia”, como o próprio título informa, destaca a peça que passou a ocupar espaço no guarda-roupa das garotas a partir da Jovem Guarda. “De minissaia transparente, decotada/ Daqui a pouco a mulher não veste nada”, profetizava a letra em 1969.

Fiz uma pesquisa na web para descobrir algo a respeito do intérprete Wilson Roberto. A única referência, no Dicionário Cravo Albin da MPB, cita um homônimo que estreou em discos em 1945, quando gravou na Continental - com acompanhamento de Rago e seu conjunto - a marcha "Quero bis", de Valdomiro Lobo, e o samba "Maestro atenda o pedido", de Rômulo Paes e Valdomiro Lobo. Vários outros discos são citados até 1963, quando lançou pela Philips o samba-canção "Meu amanhã não é mais seu", de Dora Lopes, e a balada "Eu que amo só você", uma versão de Fred Jorge para "Io que amo solo te", sucesso do italiano Sérgio Endrigo. Pouco depois, já com a carreira em declínio, lançou pelo selo RMS os sambas "Gimba", de Jorge Koszas e Gianfrancesco Guarniri, e "Céu brasileiro", de Odovaldo Migliano. A discografia desse Wilson Roberto não consta este compacto simples. O dicionário encerra informando que, mesmo sem ser dos mais renomados cantores de sua geração, lançou 36 discos pelas gravadoras Continental, Odeon, RCA Victor, Philips e Polydor. Seria o mesmo? Confira:

01 - A marcha do peru que fala
..... (A. Borba)
02 - Minissaia
..... (A. Borba - E. Borges)

3 comentários:

  1. http://www.4shared.com/rar/KOpLkbPb/201_-_WR.html

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  2. o Wilson Roberto que gravou esse compacto para o Carnaval de 1969 é o MESMO Wilson Roberto que v. achou referência no Cravo Albin. Wilson Roberto era cantor do tipo 'seresteiro'. Esses cantores já não gravavam mais no final dos anos 60, exceto no tempo de Carnaval, que eram 'desenterrados' pelas gravadoras para ver se vendiam alguns compactos. O mais interessante disso tudo é que demorou quase 10 anos para as gravadoras perceberem que isso não funcionava mais. O último sucesso carnavalesco que chegou ao 1o. posto das paradas de sucesso foi 'Me dá um dinheiro aí' com Moacyr Franco em 1960. Houve uma exceção em 1967 com uma marcha-rancho 'MASCARA NEGRA'... mas convenhamos, que marcha-rancho não cai na categoria de 'sucesso de carnaval'. Ah, esse Alfredo Borba (o compositor da marcha) só 'vivia' no tempo de carnaval. Ele era muito ruim em composições... e um fanfarrão que gostava de quebrar discos 'ruins' na TV. Se ele fosse um pouco mais humilde nunca teria feito isso, pois ele era muito tosco.

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  3. Teria mais material do Wilson Roberto?

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