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sábado, 31 de dezembro de 2011

Roberto Carlos - Encontro com Roberto Carlos

Coletânea produzida por autor desconhecido privilegia repertório dos anos 1960

Esta coletânea já é conhecida na internet. Foi uma das primeiras que baixei de fonte que, lamentalmente, não me lembro mais. Provavelmente é de algum blog hoje fora do ar, pois fiz uma busca na web e nada encontrei. Eu, em particular, gostei muito da edição, e parabenizo quem o fez, apesar de desconhecer o autor. Cheguei até a enviá-la como colaboração para um blog que hoje também está fora do ar. Lembrei-me dela ontem ao postar o disco dos Golden Boys, no qual interpretam sucessos do Roberto Carlos, e achei que poderia encerrar o ano com ela. A diferença, desta vez, além da nova capa, está a inclusão da vinheta de abertura do programa que Roberto Carlos apresentava na Rádio Jovem Pan, antiga Rádio Panamericana, entre 1966 e 1967. O curioso na vinheta é a letra, na qual informa que o apresentador faz na Jovem Pan "seu inferninho legal" - algo impensável para o cantor nos dias de hoje - mas devemos lembrar que, na época, Roberto Carlos estourava nas paradas de sucesso com "Quero que vá tudo para o inferno".

Foi diante do sucesso do programa Jovem Guarda que Paulo Machado de Carvalho, também dono da Panamericana, decidiu trocar em 1965 o nome da emissora por um fantasia para rejuvenescer a marca. A escolha por Jovem Pan teria sido inspirado no Jovem Guarda. O empresário achou que precisava revigorar a marca, já que estava envolvida com muitos eventos e fatos da atualidade, além de contar com um elenco invejável de apresentadores. Veja o anúncio ao lado, veiculado pela Jovem Pan, em dezembro de 1966, contendo a programação com seus contratados: Elizete Cardoso, Roberto Carlos, Agnaldo Rayol, Randal Juliano, Hebe Camargo, Erasmo Carlos, Wanderléa, Cidinha Campos, Elis Regina e Wilson Simonal. Um verdadeiro time de craques.

O repertório desta coletânea privilegia as primeiras gravações do rei nos anos 1960. A única exceção é a inglesa "Come to me tonight", gravada no LP em inglês de 1981. Pra finalizar, inclui como bônus o áudio da apresentação de Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa em um dos seus especiais, no qual interpretam sucessos dos bons tempos da Jovem Guarda, mantendo o clima da coletânea original. Apenas um lembrete: elimine o intervalo entre as faixas na hora de gravar o CD, pois a edição é de uma apresentação ao vivo. Confira com os meus votos de um Feliz 2012!

01 – Vinheta de abertura do programa Roberto Carlos na rádio Jovem Pan
..... (Rádio Jovem Pan)
02 - Não é por mim
..... (Carlos Imperial - Fernando César)
03 - Olhando estrelas (Look for a star)
..... (Mark Anthony - Paulo Rogério)
04 - Mr Sandman
..... (Patt Ballard - Carlos Alberto)
05 - Nunca mais te deixarei
..... (Paulo Roberto - Jovenil Santos)
06 - Aquele beijo que eu te dei
..... (Edson Ribeiro)
07 - Eu te adoro meu amor
..... (Rossini Pinto)
08 - Eu te darei o céu
..... (Roberto Carlos - Erasmo Carlos)
09 – Malena
..... (Rossini Pinto - Fernando Costa)
10 - O gênio & Negro gato
..... (Getúlio Cortes)
11 - Desamarre o meu coração (Unchain my heart)
..... (Jones - James - vs. Roberto Carlos)
12 - Como é grande o meu amor por você
..... (Roberto Carlos)
13 - Come to me tonight
..... (Sue Sheridan - Gary Portnoy)
14 - Se você pensa
..... (Roberto Carlos - Erasmo Carlos)
15 - Bônus - Sucessos da Jovem Guarda (com Erasmo Carlos & Wanderléa)

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Golden Boys - Pra matar a saudade (CS 1981)

Golden Boys homenageiam Roberto Carlos com dois pout-pourris de hits da Jovem Guarda

Eis um compacto de 1981 sobre o qual não tenho nenhuma referência. O selo Baccarola, da Ariola, também me é desconhecido. O mais importante é que se trata de interessante registro do então quarteto vocal Golden Boys, pois resgata antigos sucessos do Roberto Carlos em dois pout-pourris. O interessante é que o single, com ambos os lados intitulados "Pra matar a saudade", não indica qual é a face A ou B do disco. O grupo, com mais de 50 anos de carreira, foi originalmente constituído por três irmãos (Roberto, Ronaldo e Renato Correa) e um primo (Valdir Anunciação, que faleceu em 2004), e pertence a mesma família do não menos talentoso Trio Esperança, constituído pelos irmãos Regina, Mario e Evinha, mais tarde substituída pela mana mais nova Marizinha. Começaram num programa de calouros da Rádio Mauá, no Rio de Janeiro, onde todos nasceram, e ainda em 1958 lançaram o primeiro LP, pela Copacabana, com uma faixa que chegou a se destacar nas paradas de sucesso: Meu romance com Laura (Jairo Aguiar).

A partir daí, o grupo se apresentou em todo o Brasil e realizou tournée em vários países. Chegou até a atuar na revista musicada "Tem bububu no bobobó", fazendo coro de apoio aos cantores, mas como eram menores de idade, ficavam ao lado do palco, perto da orquestra dirigida pelo maestro Vicente Paiva. Ao longo da carreira, o grupo ganhou notoriedade na época da Jovem Guarda, e contabilizou inúmeros sucessos, como "Se eu fosse você" (Rossini Pinto), "Michelle" (Lennon e McCartney), "Andança" (Edmundo Souto e Danilo Caymmi), "Mágoa" (Tito Madi), "Alguém na multidão" (Rossini Pinto), "Pensando nela" (A. Xavier e Salomão José, versão de Rossini Pinto para "Bus Stop", dos The Hollies), "O cabeção" (Roberto Correia e Sílvio Son), "Fumacê" (Rossini Pinto), "Erva venenosa" (versão de Rossini Pinto para "Poison Ivy"), "Ai de mim" (versão de Neusa de Souza para "All of me"), "Se você quiser mas sem bronquear" (Jorge Benjor), e várias outras.

Os irmãos Roberto, Renato e Ronaldo também atuaram como compositores de canções de sucesso gravadas por outros artistas, além de serem também produtores. Renato compôs "É papo firme", lançada em 1967 por Roberto Carlos, e "Casaco marrom" (com Danilo Caymmi e Guttemberg Guarabira), grande êxito do repertório de Evinha (1970). Ronaldo já participou de quase todos os festivais de música no Brasil e escreveu várias músicas, entre elas um de seus grandes sucessos, "Não precisa chorar", gravada por Roberto Carlos, em 1966, na CBS. O irmão mais velho, Roberto, teve seu maior êxito como autor, ao lado de Sylvio Son, de "Eu já nem sei", gravada em 1968 por Wanderléa. A Ternurinha também gravou outros sucessos dos irmãos: "Foi assim" (Ronaldo e Renato Corrêa), "Te amo" (Roberto e Sylvio Son) e "Finalmente encontrei você" (Ronaldo e Renato Corrêa).

Um dos mais antigos grupos em atividade, continua participando de shows e gravações em discos de outros artistas, como já aconteceu com a própria Wanderléa, Djavan, Erasmo Carlos, Gonzaguinha, Milton Nascimento, Simone e tantos outros. Participaram das comemorações relativas aos 40 anos da Jovem Guarda e estão presentes nos dois DVDs e CDs gravados ao vivo no show em torno do movimento musical que sacudiu o país nos anos 60. A performance dos "meninos de ouro" continua a mesma e, como o vinho, só melhora com o tempo. Confira.

A - Pra matar a saudade 1

01 - Pra matar a saudade (Cininha e C. Walace)
02 - Quase fui lhe procurar (Getúlio Cortes)
03 - Não quero ver você triste (Roberto Carlos - Erasmo Carlos - Mario Telles)
04 - Nossa canção (Luiz Ayrão)
05 - Pra matar a saudade (Cininha e C. Walace)
06 - Como é grande o meu amor por você (Roberto Carlos - Erasmo Carlos)
07 - Eu estou apaixonado por você (Roberto Carlos - Erasmo Carlos)
08 - Eu daria a minha vida (Martinha)
09 - Pra matar a saudade (Cininha e C. Walace)
10 - Eu te amo, te amo, te amo (Roberto Carlos - Erasmo Carlos)
11 - Detalhes (Roberto Carlos - Erasmo Carlos)
12 - Pra matar a saudade (Cininha e C. Walace)

B - Pra matar a saudade 2

01 - Pra matar a saudade (Cininha e C. Walace)
02 - Eu te adoro meu amor (Rossini Pinto)
03 - Esqueça (Forget him) (Mark Anthony - vs. Roberto Corte Real)
04 - Quando (Roberto Carlos - Erasmo Carlos)
05 - Pra matar a saudade (Cininha e C. Walace)
06 - Namoradinha de um amigo meu (Roberto Carlos - Erasmo Carlos)
07 - Eu te darei o céu (Roberto Carlos - Erasmo Carlos)
08 - O calhambeque (Gwen - John D. Loudermilk - vs. Erasmo Carlos)
09 - Parei na contramão (Roberto Carlos - Erasmo Carlos)
10 - Splish splash (Bob Darin - Jean Murray - vs. Erasmo Carlos)
11 - Pra matar a saudade (Cininha e C. Walace)

FICHA TÉCNICA

Coordenação artística: Janjão
Produzido por: Pedrinho da Luz

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Idalina de Oliveira - Amorzinho querido (LP 1962)

Idalina de Oliveira, garota propaganda, fez sucesso como cantora no início dos anos 60

Quem é do tempo das chamadas "garotas propagandas", moças bonitas e desembaraçadas que anunciavam ao vivo produtos na TV, deve se lembrar da Idalina de Oliveira, que se consagrou como a personagem Silvana, filha de um funcionário da Interpol e namorada do "Capitão 7", o primeiro seriado de aventuras produzido no Brasil, estrelado por Ayres Campos. O programa, devido ao enorme sucesso, foi ao ar entre 1954 e 1966 pela TV Record de São Paulo. Idalina, na época, anterior a Regina Duarte, era uma espécie de "Namoradinha do Brasil", e lançava moda, como o famoso "cabelo gatinho", sucesso entre as mulheres. Um dia, durante a apresentação do "Capitão 7", a heroina precisou cantar, pois o capítulo em questão se passava dentro de uma emissora de TV. Nos estúdios (verdadeiros) se encontrava Alfredo Corletto, divulgador da Chantecler, que achou interessante uma conversa mais séria sobre a possibilidade de ela gravar um disco.

Foi assim que, seu primeiro disco, "Amorzinho querido", em apenas três meses deu à Idalina o troféu Chico Viola (1962), como um dos mais vendidos do ano. Na rabeira do sucesso, veio este LP, com "Amorzinho querido" entre as 12 faixas, acompanhadas pela Orquestra Chantecler e regência de Élcio Alvarez e Francisco Moraes. O álbum, com capa plastificada, similar as da Odeon, trouxe outros dois hits: "Vento do mar" e "Furugudum". Idalina, além de cantar, também atuou como apresentadora dos programas "Grande Ginkana Kibon", ao lado de Vicente Leporace, e "Astros do disco", ao lado de Randal Juliano, entre outros (Ouça entrevista que concedeu a Rádio Jovem Pan). Como cantora, ainda participou do programa Jovem Guarda, e regravou em 1966 a música "Alguém na vida da gente", de Roberto e Erasmo Carlos, lançada originalmente em 1964 por Célia Villela. A regravação, lançada num compacto simples pela Chantecler, trouxe "Você é tudo para mim", uma versão da Idalina de Oliveira para "She's the only girl for me", de Gerrard Marsden, no outro lado do disco. Eu não tenho este single, mas consegui baixá-lo no SoulSeek, e inclui essas duas canções como bônus. Confira:

01 - Pissi pissi bao bao
..... (Migliacci - Meccia - versão: Paulo Queiróz)
02 - Amorzinho querido (Mariquilla bonita)
..... (José Luiz Martinez - versão:Joaquim Gustavo)
03 - Tristeza em meu coração
..... (Nelson Luiz - Hélio Ansaldo)
04 - Chove em meu coração (Raining in my heart)
..... (Boudieaux Bryant - Felice Bryant - versão: Carlos Américo)
05 - Fim de noite
..... (Miranda - Maio)
06 - Vento do mar (That happy feeling)
..... (Warren - adaptação de Hélio Ansaldo)
07 - Gosto de você
..... (Adaptação de Idalina de Oliveira)
08 - Vai, trenzinho
..... (Nelson Luiz)
09 - Passeando pela praia
..... (Nelson Luiz - Valéria Luvercy)
10 - Convencido do sete, sete, nove
..... (Maria Thereza)
11 - A canção que te ouvi cantar (La canzone che place a te)
..... (Ruccione - De Paolis - Cutolo - versão: Joaquim Gustavo)
12 - Furugudum
..... (Paulo Rogério)

BÔNUS - Compacto Simples Chantecler - 1966

01 - Alguém na vida da gente
..... (Roberto Carlos - Erasmo Carlos)
02 - Você é tudo para mim (She's the only girl for me)
..... (Gerrard Marsden - vs. Idalina de Oliveira)

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

The Jet Black's - Eu tô (Compacto simples 1983)

Disco foi lançado na época em que a banda Bliz abria caminho para os novos grupos

Aqui está um compacto simples legal do The Jet Black´s, lançado em 1983 pela Chantecler, em registro da segunda fase da banda, que retornou aos estúdios no ano anterior com o álbum Rides Again, da série Super Gala. O single traz "Eu tô", do baterista Jurandi e do guitarrista Guilherme Dotta, e a instrumental "Another night", de B. Welch, H. Marvin, B. Bennett e A. Tarney, que bem lembra os bons tempos do grupo paulistano, originalmente formado em 1961, com o nome The Vampires. A banda foi uma das pioneiras do rock instrumental no Brasil, na linha dos ingleses Shadows (tirou seu nome de Jet black, sucesso desse grupo) e dos norte-americanos Ventures, embora também tivesse êxito com gravações vocais.

Gravaram o primeiro disco em 1962, um 78 rpm com duas regravações dos Shadows, "Apache" e "KonTikí", que fizeram sucesso imediato. A banda era formada por Gato (José Provetti), guitarra-solo e órgão; Jurandi (Jurandi Trindade Abreu de Silva), bateria; Orestes, guitarra base; Ernestico, saxofone; e José Paulo, contrabaixo. Participaram também, como acompanhamento instrumental, em gravações de diversos cantores da época da Jovem Guarda, a exemplo de Deny e Dino, Ronnie Cord e Roberto Carlos. Em 1965 fizeram suas primeiras gravações vocais, no LP The Jet Black’s. Em 1968, Guilherme Dotta entrou no grupo, que fez sucesso até 1969, quando passou a ter formação variável em torno de Jurandi.

Vale lembrar que a volta da banda em 1982 aconteceu em momento oportuno, com o grupo Blitz no topo das paradas com "Você não soube me amar", abrindo as portas para as bandas que surgiam, como Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, Kid Abelha e outras. Uma audição de "Eu tô" é suficiente para constatar que o som produzido pelos The Jet Black´s estava bem de acordo com o rock da época. Os músicos participantes deste single são Rodolfo Braga (contra baixo), Guilherme Dotta (guitarra base), Ricardo Melchior (guitarra solo) e Jurandi (bateria). Em 1998, o nome Jet Black's foi assumido pelo tecladista Douglas Dotta (São Caetano do Sul), filho de Guilherme, que dá continuidade ao trabalho do grupo. Confira o single:

01 - Eu tô (Jurandi - Guilherme Dotta)
02 - Another night (B. Welch, H. Marvin, B. Bennett e A. Tarney)

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Mário Marcos (LP Continental - 1982)

Mário Marcos é autor de "Como vai você" em parceria com o irmão Antonio Marcos

Na rabeira da postagem anterior, segue aqui o único LP do Mário Marcos, que assim como a Yara, foi integrante do quarteto vocal Os Caçulas. Este disco foi lançado em 1982 pela Continental e traz 11 músicas, oito das quais assinadas pelo próprio cantor e compositor. As exceções são "Cara", de Guto, "Enquanto Existir", de Mário Maranhão e Bidoca, e "Luzes da Ribalta", de Charles Chaplin, Geoffrey Parsons, Antônio Almeida e João de Barro, que fecha o disco como música incidental. Entre as composições de sua autoria, sempre ao lado de um parceiro, o principal destaque é a sua versão para "Como vai você", feita com Antonio Marcos, seu maior êxito como compositor, gravada originalmente por Roberto Carlos e quase uma centena de intérpretes nacionais e internacionais pelo mundo afora. O álbum também se destaca pela participação especial da cantora Célia na faixa 'Longe é um lugar que não existe", composta em parceria com Mário Maranhão.

Mário Marcos nasceu em 1953 no bairro de São Miguel Paulista, na Grande São Paulo, assim como o irmão Antonio Marcos. Estudou, entre os 7 e 15 anos, no Conservatório Musical Orestes Sinatra. Em 1967 foi contratado pela TV Bandeirantes e participou da Mini Guarda. No ano seguinte gravou seu primeiro disco, um compacto simples pela RCA-Victor, com destaque para "Meu Brinquedinho". Logo foi convidado a ingressar no conjunto vocal "Os Caçulas" no lugar deixado por Gilberto Santa Maria e participou da gravação do segundo LP ao lado de Alvinho, Vera e Yara. A primeira música composta por ele foi "História de alguém que amou uma flor" e teve composições gravadas por diversos artistas, como Chitãozinho e Xororó, Xuxa, Leandro e Leonardo, Zezé di Camargo e Luciano, Roberta Miranda, Jessé, Gilliardi, Vanusa, Antonio Marcos e outros. Entre seus principais parceiros estão sua mãe, Eunice Barbosa, César Augusto, Mário Maranhão, Tivas, Isolda e Zequinha Rodrigues. Confirma agora o intérprete:

01 - Flores
..... (Antônio Marcos - Mário Marcos)
02 - Minha Loucura
..... (Mário Marcos - Mário Maranhão)
03 - Sentinelas
..... (Mário Marcos - Maxciliano)
04 - Longe É Um Lugar Que Não Existe
..... (Mário Marcos- Mário Maranhão]- part. esp. Célia
05 - Como Vai Você?
..... (Antônio Marcos - Mário Marcos)
06 - Rosas Azuis
..... (Mário Marcos - Mário Maranhão)
07 - Enquanto Existir
..... (Mário Maranhão - Bidoca)
08 - Cara
..... (Guto)
09 - Alcateias
..... (Mário Marcos - Mário Maranhão)
10 - Muitos Violinos Pra Minha Calça Lee
..... (Mário Marcos - Mário Maranhão)
11 - Luzes da Ribalta
..... (Charles Chaplin - Geoffrey Parsons - Antônio Almeida - João de Barro)

FICHA TÉCNICA:

Produtor Fonográfico: Gravações Elétricas S/A
Direção Artística: Moacyr Machado
Direção de Produção: Eduardo Assad e Moacyr Machado
Arranjos e Regência: Maestro Eduardo Assad
Técnicos de Gravação: Roberto Marques e Getúlio
Estúdio: Intersom - São Paulo
Mixagem: Getúlio e Eduardo Assad
Montagem Técnica: Carlos Paulo
Corte: Tapecar - Rio de Janeiro
Capa e Direção de arte: Rita de Cássia Trindade
Arte Final: Trinkão
Foto: Oswaldo Micheloni
Foto do Encarte: Mário Costa

Download aqui

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Yara, de Os Caçulas - Bobby (Single 1970)

A cantora Yara (em fotos de 2011 e 1969) lançou apenas este compacto simples em 1970

No início deste mês, durante o lançamento do livro "Rock Brasileiro - 1955-1965", do Albert Pavão, a cantora Yara (componente do quarteto vocal Os Caçulas) foi procurada por fãs e jornalistas. A rodada de perguntas foi sobre o grupo, inspirado no The Mamas and Papas, e também sobre o rumo profissional dos quatro componentes: Alvinho (Álvaro Damasceno), Vera Lúcia Carvalho, Mário Marcos e a própria Yara. Segundo informou, Alvinho e Vera abandonaram a carreira após o fim do grupo em 1970. Foi nesse mesmo ano que ela lançou um único disco solo, um compacto simples pela RCA, a mesma gravadora de Os Caçulas, com as músicas "Bobby", de uma dupla de cantores e compositores que estava surgindo, Antonio Carlos e Jocafi, e "A enamorada", de Pepe Ávila. O repertório, bem diferente de Os Caçulas, foi selecionado pela gravadora, que não desenvolveu nenhum trabalho de divulgação, e o disco caiu no esquecimento. Mário Marcos, compositor e irmão do Antonio Marcos, lançou um LP pela Continental em 1982.

Eu, que curto muito Os Caçulas, não sabia sobre este single lançado pela Yara. Logo o coloquei na minha lista de "procurados". Na semana passada, aproveitei um tempo livre e passei por um sebo. Qual não foi a minha surpresa ao encontrá-lo sem nenhum esforço. Parecia que estava lá me esperando. O disco veio numa capa genérica, e não sei se a original veio com foto da cantora. Mas, como já disse, o que importa é o conteúdo. Deixo aqui a postagem. Ouça e avalie:

01 - Bobby (Antonio Carlos - Jocafi)
02 - A enamorada (Pepe Avila)

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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Vários artistas - O Natal da Jovem Guarda

Principais artistas do movimento Jovem Guarda interpretam canções natalinas

Engana-se em pensa que o pessoal da Jovem Guarda só se interessou por guitarras e carrões. Ao longo de suas respectivas carreiras, muitos artistas incluiram músicas natalinas no repertório, como se pode notar nesta coletânea cheia de jingle bells e papais noéis. Parte das faixas é do meu acervo, mas muitas foram baixadas na internet, como "O que eu queria de Natal" (Norma Suely) e "Natal das Crianças (The Pop's), do Toque Musical", e "O velhinho" (Os Santos), do Blog do Tio Sam, entre outras que, infelizmente, não me lembro a fonte para dar o devido crédito. Agradeço, mesmo assim, a todos os amigos que cultivam o hábito de compartilhar músicas.

Decidi incluir quatro jingles, dois porque são interpretados por artistas da Jovem Guarda, Rosa Miyake e Roberto Carlos, e os dois restantes, da Varig e do Banco Nacional, porque marcaram época e são inesquecíveis. Um dos destaques da coletânea é a faixa "Jingle Bell Rock", de boa qualidade, extraída do box de 5 LPs da Celly Campello, lançado recentemente em CD pela Odeon. Também merece destaque "Boas Festas", de Assis Valente, na bonita interpretação da Vanusa, no auge da carreira. Roberto Carlos também está presente em duas gravações - "White Christmas" e "Noite feliz" - ao vivo, apresentadas pela Rede Globo, para quem o cantor gravou este ano "Um novo tempo", tema de fim de ano da emissora, composta por Nelson Motta, Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle. Erasmo Carlos, por sua vez, divide autoria com Raul Monteiro, em "Deus Noel", que Sylvinha Araújo gravou e disponibilizou para download em seu site. Confira o repertório:

01 - Jingle da Varig - Estrela brasileira
02 - Celly Campelo - Jingle bell rock
03 - Carlos Gonzaga - Canção de Natal
04 - Sérgio Murilo - Sinos de Belém
05 - Demétrius - Quando Chega o Natal
06 - Os Santos - O velhinho
07 - Golden Boys - Sino de Belém (Jingle Bells)
08 - Cyro Aguiar - Blim Blem Blom
09 - The Clevers - Noite Feliz - Jingle Bells
10 - Agnaldo Timoteo - Natal lindo
11 - Norma Suely - O que eu queria de natal
12 - The Pop´s - Natal das Crianças
13 - Lafayete - Jingle Bells
14 - Rosa Miyake - Play Golf Natal
15 - Angelo Máximo - Papai Noel Velhinho Camarada
16 - Giane e Paulo Queiroz - Natal branco
17 - Paulo Sergio - Natal sem você
18 - Vanusa - Boas festas
19 - Roberto Carlos - White Christmas
20 - Agnaldo Rayol - Ave Maria
21 - The Jet Blacks - Jingle Bells
22 - Sueli - É Natal
24 - Sylvinha Araújo - Deus Noel
24 - Sergio Reis - O velhinho - Natal das crianças
25 - Wanderléa - Recadinho de Papai Noel
26 - Jingle - Banco Nacional
27 - Roberto Carlos - Noite Feliz
28 - Roberto Carlos - Um novo tempo (tema de final de ano da Rede Globo)

Download aqui

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Giane e Paulo Queiróz: Nosso presente de Natal

EP da Chantecler reúne quatro clássicos natalinos na voz de Giane e Paulo Queiroz

Quero aproveitar o clima de Natal e postar este compacto duplo da Giane e Paulo Queiroz. Infelizmente o disco lançado pela Chantecler não informa o ano de lançamento. A cantora, que se consagrou nos anos 60 com hits como "Dominique", "São saberás", Preste atenção", "Angelita", "Olhos tristes" e outros, faz dueto com Paulo Queiróz, autor da letra em português de "White Christmas", clássico natalino. O EP também traz outro clássico internacional, "Noite feliz", e mais dois nacionais, "Boas Festas" e "Feliz Natal", com arranjos de Willy Join e Orquestra Chantecler.

01 - Natal branco (White Christmas) - (Irving Berlin - Paulo Queiróz)
02 - Noite feliz (Franz Gruber - Pe. J.F.Mohr) (d.p.)
03 - Boas festas (Assis Valente)
04 - Feliz Natal (Klecius Caldas - Armando Cavalcanti)

Download aqui

Votos de Feliz Natal e Próspero Ano Novo


terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Fafy Siqueira - Posso falar? (1979)

Fafy interpretará Dercy Gonçalves na minissérie que a Rede Globo exibirá em 2012

Não precisa ser profeta para saber que no início de 2012 um nome estará em evidência: o de Fafy Siqueira, atriz, diretora, humorista, cantora e compositora. Ela dará vida a Dercy Gonçalves em sua fase adulta, após os 50 anos, na minissérie “Dercy de Verdade”, que terá Heloísa Perissé interpretando o período jovem da artista. A Rede Globo promete colocá-la no ar no início de 2012, com Jorge Fernando na direção em texto de Maria Adelaide. Fafy, famosa por suas imitações de Roberto Carlos, ficou conhecida como a fofoqueira Fifi, de Hipertensão, na Globo, onde atuou em vária tramas, além de programas de dramaturgia e especiais. Na Manchete fez duas novelas e participou de vários humorísticos globais e do SBT. Foi diretora do infantil Pintando O Sete, da Record e comandou, na Tv Cultura, o programa de auditório Alô Alô.

Antes de vê-la novamente na telinha, que tal ouvirmos a cantora Fafy? É preciso, em primeiro lugar, descobrir qual é a grafia correta do seu nome - Fafy, como consta nas etiquetas do disco, ou Faffy, como está grafado na contracapa. Encontrei um autógrafo dela na internet e constatei que assina "Fafy", sem o "éfe" dobrado. O presente álbum, o único da cantora, que também tem mais três singles gravados, foi lançado em 1979 pela Epic (Sony) e revela outra faceta da artista, a de compositora, que assina oito das 12 faixas, sempre em parceria com Sara Benchimol, revelada naquele ano no Festival dos Estudantes do Programa Flávio Cavalcanti (veja aqui).

O repertório procura agradar a todos os ouvidos: se você gosta de um relabucho, nada como ouvir "Dor de cotovelo" e "Dona Vera tricotando", mas se prefere um bom rock'n'roll, Fafy dá sua canja em "Posso falar?" e "Sonho dourado". Músicas caribenhas ocupam três faixas - "Recuerdo del chá chá chá", "Porto Rico" e "Galego" - e pelo menos uma com influência da Jovem Guarda - "Dança dos querubins" (até parece a Diana cantando). Mas Fafy também oferece romantismo na regravação de "Ouça", de Maysa", e em "Alucinação", de Sandra de Sá. As duas primeiras músicas do disco (Posso falar e Dia a dia) e as duas últimas (Dona Vera tricotando e Recuerdo del cha cha cha) foram originalmente mixadas sem intervalo entre ambas. Eu as separei e as coloquei numa pasta à parte, caso prefira assim. Confira:

01 - Posso falar
..... (Fafy - Sara Benchimol)
02 - Dia a dia
..... (Fátima de Nogueira - Solange Boeke)
03 - Galego
..... (Fafy - Sara Benchimol - Ribeiro)
04 - Alucinação
..... (Sandra de Sá)
05 - Sonho dourado
..... (Fafy - Sara Benchimol - H. Ozório)
06 - Dor de cotovelo
..... (Fafy - Sara Benchimol)
07 - Porto Rico
..... Fafy - Sara Benchimol - Cristiane)
08 - Ouça
..... (Maysa Matarazzo)
09 - Dança dos querubins
..... (Carlos Papel - Fafy - Sara Benchimol)
10 - Precaução
..... (Fafy - Sara Benchimol)
11 - Dona Vera tricotando
..... (Humberto Teixeira - Luiz Gonzaga)
12 - Recuerdo del cha cha cha
..... (Fafy - Sara Benchimol)

FICHA TÉCNICA

Direção artística: Jairo Pires
Direção de produção: Zé Rodrix
Arranjos e regências: Zé Rodrix e Pachequinho
Técnicos de gravação: Deraldo e Jardel
Mixagem: Deraldo, Peninha e Moisés
Gravado nos estúdios: Haway - 16 canais
Fotos: Estúdio J.A.
Layout: Hydra Criação da Imagem e do Som
Arte: Álvaro de Sousa
Direção de arte: Géu
Participação especial: Sandra de Sá na música "Precaução"

Download aqui

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Vários artistas - Alegria, música e ritmo (1963)

Coletânea lançada em 1963 apresenta artistas nacionais e internacionais da CBS

Fui obrigado a trocar de navegador. Mudei o Internet Explorer pelo Google Chrome porque estava incompatível com o Blogger, o que me impedia de fazer qualquer postagem. O problema é que, com o novo navegador, não consigo escrever nada nos comentários. Eu, que tradicionalmente coloco os links para download na parte reservada aos comentários, agora sou obrigado a deixá-lo fora, logo abaixo da relação das músicas. Peço aos amigos que me desculpem pela falta de respostas aos comentários. Na sexta-feira, 16, um anônimo informa que seu pai, o Mário, ainda vivo, foi um dos integrantes do grupo Os Dolentes. Acho muito legal resgatar a história de antigos grupos. O nosso amigo deveria procurar o Lipa, do Programa Circo Circuito, que certamente se interessará em entrevistar o seu pai e resgatar a história do grupo. Veja o blog do programa para saber mais a respeito.

Bem, aproveito o comentário para postar este disco de coletâneas lançado em 1963 pela CBS (Sony). O LP traz uma faixa com Os Dolentes, extraída de um 78 RPM que tem, no lado B, a música "Vi meu bem com outro rapaz", composta por uma nova dupla de autores: Roberto Carlos e Erasmo Carlos. Por falar no rei, ele também está no repertório com "Splish Splash", primeiro grande sucesso da carreira de Roberto Carlos. Trata-se de uma versão do Erasmo Carlos para a original de Bobby Darin. A coletânea também traz "Dá-me felicidade", do primeiro LP da Wanderléa, gravado com Astor Silva e sua orquestra.

A gravadora deve ter acreditado muito nessa música porque também a incluiu no LP "As 14 mais", volume 10. Em 1964, quando Wanderléa começou a gravar com acompanhamento do Renato e seus Blue Caps, a CBS ainda incluiu "Dá-me felicidade" no primeiro compacto simples da cantora, com "Me apeguei com meu santinho", no outro lado do disco. Finalmente, vendo que Wanderléa fazia mais sucesso com rocks, a gravadora tirou a música do single e a substituiu, a partir da segunda tiragem, por "Meu bem lollipop", tornando-se o primeiro ska gravado no Brasil. O single com "Dá-me felicidade" é objeto de desejo de colecionadores. Uma curiosidade: essa música foi regravada por Sidney Magal em 1979.

Este "Alegria, Música e Ritmo ainda traz Carlos Ely e Rossini Pinto entre os nacionais, e Nino Scarpelli, Ray Conniff, Dion, The Silver Stars e Bobby Vinton, entre os internacionais. Confira:

01 - Nino Scarpelli - Quando... quando... quando
..... (Tony Renis - A. Testa)
02 - Ray Conniff - Honky tonk twist
..... (Ray Conniff)
03 - Carlos Ely - A noite que eu chorei (The night I cried)
..... (Peter Udell - Gary Geld - Rossini Pinto)
04 - Albert Konrad - Skokiaan
..... (T. Glazer - A.Msarurgwa)
05 - Dion - Gonna make it alone
..... (D. DiMucci - B. Feldman - G. Goldstein - R.Gottehrer)
06 - The Silver Stars - Sugaree
..... (Marty Robbins)
07 - Os Dolentes - Bye, bye Lola
..... (Earl Gary - Jean Rolle - Van Aleda - Rossini Pinto)
08 - Roberto Carlos - Splish Splash
..... (B.Darin - Erasmo Carlos)
09 - Bobby Vinton - True love
..... (Bobby Vinton)
10 - Wanderléa - Dá-me felicidade
..... (J.&L. Breedlove - Rossini Pinto)
11 - Ray Conniff - Dançando o twist
..... (Ray Conniff)
12 - Rossini Pinto - Shalalá-lalu (Por causa de você)
..... (Rossini Pinto)

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sábado, 17 de dezembro de 2011

Oslain Galvão - O divórcio (CS 1964)

Oslain Galvão trocou a música pela medicina porque só queriam que gravasse boleros


As músicas datadas, aquelas que aproveitam o assunto do momento e viram tema de canções, são como as notícias nos jornais. São páginas viradas no dia seguinte, e raramente são lembradas. Uma das exceções é "Recenseamento", gravada em 27 de setembro de 1940 por Carmen Miranda. O tempo da ação é revelado logo no primeiro verso: "Em 1940 começaram lá no morro o recenseamento". A graça interpretativa da Pequena Notável e a genialidade do autor Assis Valente a transformaram num clássico da MPB. Não é o caso deste "O divórcio", grande sucesso de Oslain Galvão em 1964. Dizem que o cantor trocou a carreira pela Medicina porque o mercado fonográfico só queria boleros em seu repertório.

A julgar pela letra, "O divórcio" poderia figurar na trilha sonora de qualquer obra sobre o comportamento social no início da ditadura militar. A letra, uma versão de Benil Santos para "El divorcio", de Pepe Avila, discute a dissolução do casamento - ou seja, a separação do marido e da mulher, conferindo às partes o direito de novo casamento civil - e retrata como eram os padrões religioso e moral da época: "Frente ao altar, juraste amar-me por toda vida/ O senhor padre representando a lei de Deus/ Sentenciou-nos estarmos juntos até a morte/ E tu te atreves, a vir propor-me, separação".

O pedido de separação pela mulher era um "atrevimento". A letra relata, sob a ótica do marido, que a separação é fruto da sua pobreza e das pessoas que convenceram a ex-esposa em sua tomada de decisão. No seu pranto de dor, consegue decretar como será a vida da ex: "terás com outro, luxo e riqueza, menos amor". Conformado com a separação, ele até se revela razoável: "Tu podes ir onde quiser/ Com quem quiseres, tu podes ir" em verso que parece extraído da Bíblia. Assim, com seu jeito cristão, deixa a ex sem defesa quando conclui: "O divórcio, por ser pecado, eu não lhe dou".

Em 1966, o tema voltava a tona com a irreverência do Eduardo Araújo em "Viva o divórcio". A letra afirma que "Mulher não tira pedaço de ninguém" e que "Quando o divórcio vier, todo mês eu vou trocar de mulher". Esta, por sua vez, até que reagiu: colocou o homem diante da "Prova de fogo" e parou o casamento em busca dos seus objetivos. Mas, e a união matrimonial com gente desquitada? Nem pensar. Que o diga Roberto Carlos. Nem a coroa do rei teve influência para mudar a lei, e foi obrigado a viajar, em 1968, para Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, para se casar com Cleonice Rossi, a Nice. Em 1977, exatos 13 anos após a música gravada pelo Oslain Galvão, o divórcio foi regulamentado no Brasil.

Nesse mesmo ano, o sambista Luiz Ayrão veio com "O divórcio", na qual canta: "Treze anos eu te suporto, não aguento mais/ Treze anos me seguram, agora não dá mais/ Se treze é minha sorte, vá - me deixe em paz". O tema ainda rendeu mais pano pra manga, e Odair José gravou em 1981 a conclusão final da história em "Agora sou livre": "Tudo agora ficou bem mais fácil, pois já tem o divórcio/ Pode aceitar os meus abraços sem sentir remorsos/ Se você quiser sentir o meu amor, ninguém vai falar mal, pois eu sou livre, livre para o que der e vier".

O divórcio, como se vê, já foi tema de muitas músicas, feita desde o momento em que se discutia a possibilidade de institucionalizá-lo até o decreto final. Lembrei-me desse disco do Oslain depois de ler os mais recentes dados divulgados pelo IBGE: a taxa geral de divórcios atingiu em 2010 o seu maior patamar desde 1984, quando foi iniciada a série histórica das Estatísticas do Registro Civil. Foram registrados no ano passado 243.224 divórcios, por meio de processos judiciais ou escrituras públicas, e as separações totalizaram 67.623 processos ou escrituras. E pensar que, em 1964, o divórcio era pecado. Confira:

01 - O divórcio (El divorcio)
..... (Pepe Avila - versão: Benil Santos)

02 - Quatro palavras (Cuatro palabras)
..... (Federico Baena - versão: Sebastião F. da Silva)

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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Antologia - Os Caçulas (Grandes sucessos)

Quarteto vocal Os Caçulas fez muito sucesso no Brasil entre os anos de 1967 e 1969

Pra não perder o hábito, montei mais uma coletânea, agora do quarteto vocal Os Caçulas, reunindo sucessos e canções não incluídas nos dois álbuns do grupo, como o samba rock "Quem dera", de Sidney Miller, da 1ª Bienal do Samba, e "Catendê" (Canto de segredo e de procura), de Jocafi, Onias Camardelli e Ildázio Tavares, do V Festival da Música Popular Brasileira. Montei duas opções de capas, em preto e branco (acima), e colorida (incluída na pasta). Gostei das duas, e deixo a você a opção de escolher a melhor.

O Grupo surgiu em 1963 com o nome de "Os Caçulas da Bossa", interpretando Bossa Nova, assim como aconteceu com Roberto Carlos no início da carreira, e era constituído por seis componentes. O diretor artístico da RCA, Ramalho Neto, entusiasmado com o sucesso do grupo internacional The Mamas and Papas, decidiu lançar uma versão brasileira. Ele não foi o único. Na Polydor, selo da Philips, era lançado o grupo Mamães e Papais, já postado aqui. Neto preferiu um conjunto com adolescentes e convidou o grupo em 1967 para gravar. Agora, abreviando o nome para "Os Caçulas" e quatro componentes: Alvinho (Álvaro Damasceno), Vera Lúcia Carvalho, Yara Pereira Mattos e Gilberto Mingrone, mais conhecido como Gilberto Santamaria (1951-1990), na foto acima.

Lançou com êxito o primeiro compacto com a música "A volta do Pic-nic" - sucesso também na voz do cantor Wanderley Cardoso - acoplado da canção "Flor maior", no lado B, música que Roberto Carlos cantou no Festival da Record e nunca gravou. Logo foi lançado o primeiro LP. As duas músicas já conhecidas do grande público foram incluídas no disco que também emplacou as canções "A chuva que cai" (É La Pioggia Che Va) e "Vai ser triste". Gilberto Mingrone decide sair do grupo para apostar em carreira solo, entrando Mário Marcos - irmão do Antonio Marcos - em seu lugar. Foi com a segunda formação que gravou o segundo e último LP, que fez muito sucesso com a música "Pra Você", a psicodélica "A moça do Karmann-Ghia vermelho" e "Estrela que cai". Foram eleitos o melhor conjunto vocal e ganharam o cobiçado troféu Chico Viola, entregue pela TV Record. Apesar do sucesso, o grupo teve vida curta e terminou em 1970.

01 - Estrela Que Cai (Good morning starshine)
..... (MacDermot - Rado - Ragni - Hamilton Di Giorgio)
02 - Aconselhar É Facil (Get together)
..... (Chet Power - Brancato Junior)
03 - A Moça Do karmann Guia Vermelho
..... (Tom Gomes - Luis Vagner)
04 - Pra Ver O Mundo Cantar
..... (Cláudio Fontana - Antonio Marcos)
05 - Meus Pés Descalços Vao Pisando as Ruas Do Mundo
..... (Jean Pierre - Fernandes)
06 - Quem Dera
..... (Sidney Miller)
07 - Tem Que Aceitar Como Eu Sou
..... (Mário Marcos)
08 - A Chuva Que Cai (É la pioggia che va)
..... (Mogol - B. Lind - Antonio Marcos)
09 - A Juventude (La juventud)
..... (Cacho Valdez - Eduardo Franco - Rusky)
10 - Não Pisem Nas Flores (No pisen las flores)
..... (Palito Ortega - Amilcar Cerri)
11 - Pra Você (Over you)
..... (Jerry Fuller - Wilson Miranda)
12 - Por Isso Volto Pra Você
..... (Renato Jr.)
13 - A Volta Do Pic Nic
..... (Mario Faissal)
14 - Século XX
..... (Totó)
15 - A Matine
..... (Tite de Oliveira - Levi Augusto)
16 - Flor Maior
..... (Célio Borges Pereira)
17 - Vai Ser Triste
..... (Antonio Marcos - Mário Marcos)
18 - Não Vou Deixar Meu Canto Morrer
..... (Antonio Marcos - Mário Marcos)
19 - Catendê (Canto de segredo e de procura)
..... (Jocafi - Onias Camardelli - Ildázio Tavares)
20 - É Preciso Crer Nas Estrelas (Let's go to San Francisco)
.....(Carter - Lauis - Antonio Marcos)

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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

EP - Os maravilhosos The Youngsters (1965)

The Youngsters acompanharam Roberto Carlos na gravação do LP É proibido fumar

Aqui está um compacto duplo muito bom do The Youngsters, banda criada no início dos anos 60 como The Angels, umas das precursoras do rock e da surf music no Brasil. Vale a pena reproduzir trechos de uma reportagem publicada pelo jornal A Voz da Serra que destaca a importância do grupo e do músico entrevistado, o guitarrista Luiz Carlos Siqueira:

"Quem acompanhou os primeiros passos do rock nacional, no início da década de 60, certamente se lembra do The Angels, ou ainda do The Youngsters. Carioca de origem e criado no tradicional bairro de Copacabana, Luiz Carlos cresceu ao som da bossa nova e de astros internacionais como Ray Charles e Chuck Berry. E foi justamente através deles que surgiu o interesse pela música. Aprendeu a tocar violão e na adolescência passou a se apresentar em festinhas da zona sul da cidade, junto com mais dois amigos. “Certa vez me falaram que uma banda estava precisando de um guitarrista. Me ofereci e com apenas 15 anos já tocava profissionalmente”, conta.

A tal banda era a The Angels. “Representamos a verdadeira história do rock nacional. Abrimos o mercado para as outras bandas. Alguns instrumentos comuns hoje não eram tão populares na época. Lançamos, por exemplo, o teclado e o contrabaixo na música brasileira”, diz Luiz Carlos. Em 1962, após o primeiro disco lançado, o sucesso não demorou a vir. Interpretando canções em inglês ou instrumentais, logo surgiram convites para gravar com diversos artistas. A banda chegou a ter um programa na antiga TV Continental, o Encontro com os Anjos, que ia ao ar três vezes por semana. Três anos depois, ao trocar de gravadora, o nome também mudou. Surgiu o The Youngsters.

“Gravamos com diversos cantores da Jovem Guarda. O disco É proibido fumar, do Roberto Carlos, por exemplo, foi todo produzido com a gente. Sucessos conhecidos até hoje, como Ternura, da Wanderléa, e Erva venenosa, do Golden Boys, também fomos nós que fizemos toda a parte instrumental”, relata Luiz Carlos. Entre outros feitos estão a inauguração da casa de shows Canecão, em 68, a apresentação ao lado de nomes mundialmente consagrados, como Johnny Rivers, Frank Sinatra, Johnny Mathis e outros. Além disso, o grupo fez a música de abertura da novela Véu de Noiva, considerada o marco inicial das trilhas brasileiras. Já em Pigmaleão participou ao lado de Roberto e Erasmo Carlos no tema do personagem Kiko.

A dificuldade, no entanto, estava fora do plano musical. A maior barreira se encontrava no regime ditatorial que vigorava no Brasil naquele período. “Quase fui expulso do país. Fomos muito censurados. A famosa canção francesa Je t`aime, por exemplo, foi proibida pois consideravam que era de forte conotação sexual. Ou seja, passavam a ideia de que matar e torturar podia, já amar era proibido. Fizemos uma versão desta música para que pudesse ser tocada nas rádios”, recorda Luiz Carlos. Após 34 discos gravados, levando em conta a nomenclatura anterior, em 1970 o The Youngsters chegou ao fim".

01 - Walkin'
..... (Welch - Marvin- Bennett)
02 - Ajoen, ajoen
..... (D.P.)
03 - Tijuana
..... (Paul Buff)
04 - Caravan
..... (Duke Ellington - Juan Tizol)


Roberto Nunes, o imitador de Waldik Soriano

Roberto Nunes gravou discos pela gravadora independente de Roberto Stanganelli

A capa - destacada pela foto do cantor, loiro, cabelos compridos e endulados, com par de óculos até a bochecha - é difícil de esquecer. O título "Roberto Nunes em 12 sucessos" na cor pink e fundo laranja dava o tom do que reservava ao ouvinte: boleros interpretados pelo imitador do cantor Waldik Soriano. A surpresa veio quando li, no fórum reservado aos pedidos dos participantes da Comunidade MC&JG, a solicitação feita na sexta-feira passada, dia 9, pelo Araújo: "Sempre quis ter algum álbum de Roberto Nunes (imitador de Waldik) ... Alguém teria algum álbum desse cantor pra postar?"

Fui logo procurar meu exemplar, perdido no tempo, e que tem história interessante a contar: Roberto Nunes morava pelas redondezas da minha casa, em Santo André, nos anos 1970. Todos os dias pela manhã, época em que trabalhava em São Paulo e me locomovia como passageiro dos trens da Estrada de Ferro Santos a Jundiaí (hoje CPTM), encontrava o cantor entre os usuários. O privilégio de conhecê-lo não era só meu. Todos sabiam que se tratava do Roberto Nunes. Impossível não saber: albino, baixo, magro, sempre de terno, geralmente azul claro, eram detalhes que não passavam despercebidos. O principal destaque era o que carregava diariamente debaixo dos braços: o seu LP, estrategicamente posicionado para deixar o seu rosto a mostra. Todos comparavam a foto da capa do LP com o rosto de quem o carregava.

Após desembarcar na Estação da Luz, em São Paulo, Roberto passava pela R.Stanganelli Discos, lá na avenida Casper Líbero, praticamente ao lado do prédio onde a minha irmã trabalhava. Todos no escritório também o conheciam, pois era comum vê-lo tomar café no bar com o LP a tiracolo. No final de 1976, os funcionários realizaram a tradicional brincadeira do Amigo Secreto. A minha irmã, na troca de correspondência, revelava o que queria ganhar: o LP de final do ano do Roberto Carlos. No dia, na troca de presentes, abriu o pacote e ganhou o disco do Roberto, tal como pediu, mas o do Nunes. Minha irmã teve sorte porque o seu amigo secreto ainda deu o disco do Roberto Carlos de brinde.

Hoje, depois de tantos anos, descubro - surpreendido - que aquela figura foi lembrada por alguém que procura por um disco seu. O normal seria atender ao pedido na própria comunidade, mas por achar que se trata de um fato curioso, e também por constatar que não há uma única referência sobre ele na Internet, achei que poderia divulgá-lo no blog. As 12 faixas interpretadas pelo Roberto Nunes são de autoria do Roberto Stanganelli, sempre em parceria com nomes que vão de Waldik Soriano e até do nosso "Frank Sinatra de Santo André". O destaque é o tango “Abismo”, único entre 11 boleros do repertório com orquestração e regência de Paulo Barreiros.

Um dos méritos do Roberto Nunes é cantar repertório próprio, sem abusar do mestre Waldik, a fonte de inspiração. Posso testemunhar o esforço que o Roberto Nunes fez para divulgar - mesmo que em forma de outdoor ambulante - o seu trabalho numa gravadora independente. Nos grandes meios de comunicação, só mesmo no Programa do Chacrinha, onde participou algumas vezes, mas disputando o seu espaço entre os calouros. Isso explica o motivo da surpresa e da satisfação - por que não? - de resgatar esse personagem - um lutador, sem dúvida. Confira.

01 - Bendita hora
..... (Roberto Stanganelli - Francisco Barreto)
02 - Deixa-me chorar
..... (Roberto Stanganelli - José Russo)
03 - Seja feliz
..... (Roberto Stanganelli - Roberto Nunes)
04 - Como eu gosto de você
..... (Roberto Stanganelli - Sebastião do Rojão)
05 - A humanidade está mudada
..... (Roberto Stanganelli - Rodolfo Vila)
06 - Humilhação
..... (Roberto Stanganelli- Waldemar Pimentel)
07 - Todinha pra mim
..... (Roberto Stanganelli - Francisco Barreto)
08 - Beija-me com ternura
..... (Roberto Stanganelli - Francisco Barreto)
09 - Duvido
..... (Roberto Stanganelli - Roberto Nunes)
10 - Minha última noite
..... (Roberto Stanganelli - Waldik Soriano)
11 - Abismo
..... (Roberto Stanganelli - Paraguassú)
12 - Meu passado
..... (Roberto Stanganelli - Rodolfo Vila)

Orquestração e regência de Paulo Barreiros

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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

14 canções para entender a aversão ao Natal

Coletânea "Verso & Reverso" apresenta 14 canções "intocáveis" em festas natalinas


Assim como Eva, que caiu em tentação ao comer o fruto proibido no Jardim do Éden, foi impossível resistir o desejo de compartilhar com vocês a postagem feita pelo amigo Rubens Stone, o RStone, na comunidade MC&JG. Pra quem não sabe, o RStone também é um dos comunicadores da Web Rádio Túnel do Tempo, nossa parceira, a quem aproveito o espaço para agradecer aos amigos de lá pela referência generosa e constante do meu nome e do "SanduícheMusical" na programação. Tô ficando famoso. Valeu!!!

O Stone apresenta uma coletânea de "canções natalinas" nada convencional. Veja o repertório e entenda porque decidi tornar pública uma joia como esta, mantendo o link para download deixado por ele, a quem agradeço por compartilhá-la, na comunidade MC&JG. Com a palavra, o RStone:

* "Época de Natal: ruas repletas de carros, trânsito engarrafado, shoppings lotados, a música açucarada das canções natalinas que toca intermitentemente aonde quer que você vá, é jingle Bells pra cá, é jingle Bells pra lá, a mesma coisa de sempre... Enfim, o Natal não é para todos.

E as canções natalinas? Dessas ninguém está imune. Você pode evitar os transtornos do trânsito, as lojas cheias de pessoas, basta não sair de casa, mas das músicas de Natal, nem se escondendo debaixo da cama. Já que não se tem como escapar das canções natalinas, que tal, pra variar, curtir algumas músicas que tiram um sarro do Natal?

Para isso, segue uma seleção de 14 canções para aqueles que têm aversão às músicas natalinas tradicionais. De Adoniran Barbosa à Jimmy Whiterspoon, do grupo punk Garotos Podres ao antropofágico Joelho de Porco, estes artistas apresentam uma visão diferente do Natal em canções bem-humoradas e/ou debochadas que vão na contramão do fraterno e moroso espírito natalino. Confira.

01 - “Véspera de Natal” – Adoniran Barbosa (1974)

Um conto de Natal bem-humorado. O samba-canção do mestre Adoniran fala do pai que, fantasiado de Papai Noel, fica entalado no buraco da chaminé.

02 - “Papai Noel Velho Batuta” – Garotos Podres (1985)

O punk paulistano dos Garotos Podres não deixa margem para dúvidas: Papai Noel presenteia os ricos e rejeita os pobres, por isso, os punks querem mais é a cabeça do bom velhinho.

03 - “Don’t Believe In Christmas” – The Sonics (1965)

Pérola do rock garageiro dos anos 60, essa música fala do trauma infantil de um garoto que passa o Natal de mãos abanando, sem presentes, sem nada.

04 - Christmas At Ground Zero - Weird Al Yankovic (1986)

O grande humorista Weird Yancovic, que já parodiou todo mundo em canções, de Elvis a Michael Jackson, mostra nessa canção o barato que é passar um Natal sob um bombardeio nuclear. Vixe!

05 - Christmas Blues - Canned Heat (1969)

Os caras do blues nunca foram muito afeitos a compor músicas natalinas, mas essa canção do Grupo Canned Heat fala do quanto é triste passar um Natal sem, digamos, um cobertor de orelha, entende?

06 - Fairytale Of New York - Pogues (1988)

O grupo The Pogues sacaneou de vez o Natal: “enfia esse Natal lá... e espero que seja o seu último!” Mais singelo (e direto) impossível.

07 - I Hate To See Christmas Come Around - Jimmy Whiterspoon (1947)

O grande bluesman Jimmy Whiterspoon gravou essa beleza de canção em 1947, tomado de raiva porque as festas natalinas daquele ano se aproximavam, e ele já sabia que ia passar mais um Natal sem comer peru. É ruim, hein?

08 - Hating You For Christmas - Everclear (1997)

Levar um pé-na-bunda não é lá muito legal, pior ainda no Natal.

09 - Super Sunny Christmas - Redd Kross (1997)

Mulheres de biquíni rebolando na praia, rock, sol e curtição. Isso sim é um Natal perfeito.


10 - Merry Christmas (I Don't Want To Fight Tonight) - Ramones (1989)

Não custa fazer uma pequena trégua nas intermináveis brigas de casal nessa época do ano, afinal, está no ar o espírito natalino. É o que propõe o grupo Ramones nesse rock fabuloso.

11 - Bizarre Christmas Incident - Ben Folds (1984)

Um jeito bacana de narrar um pequeno incidente natalino de percurso : foi encontrado o cadáver de um Papai Noel, morto em pleno trabalho, o bom velhinho foi soterrado por uma avalanche de neve, enquanto transportava presentes para esquiadores na região de Aspen.

12 - Drinkin' Up Christmas - Dwarves (2005)

Esses roqueiros pervertidos do grupo Dwarves cantam as peripécias de um Papai Noel bêbado e desempregado, um verdadeiro borrachon.

13 - Won't Be Home For Christmas - Blink 182 (s/d)

Para não ter que aturar parantes chatos na famosa Noite de Paz, o cara já vai avisando, direto e reto: não estarei em casa no Natal.

14 - Noite De Natal - Joelho de Porco (1984)

O romance do boa-pinta Joaquim Ferreira Prado com Anita, moça prendada filha de família judia tradicional que, só autoriza o namoro se o rapaz se submeter à uma circunscisão, e esquecer os seus princípios cristãos, inclusive as bebedeiras da Noite de Natal."


* Fonte: Comunidade MC&JG

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Ronnie Von - Mi amoroso amor (Single 1983)

"Cachoeira" foi um dos últimos grandes sucessos da carreira de cantor do Ronnie Von


Este compacto de 1983 complementa a coletânea que reúne as gravações de Ronnie Von (veja aqui) lançadas em compactos e em projetos especiais. A novidade é a música "Mi amoroso amor", uma versão do próprio cantor para a música composta por A. Manzanero, que ficou de fora da seleção. Acredito que este disco, puxado por "Cachoeira", de Luiz Guedes e Thomas Roth, no lado A, foi o último grande sucesso popular do artista. Me corrijam se eu estiver enganado. Confira:

01 - Cachoeira (Luiz Guedes - Thomas Roth)
02 - Mi amoroso amor (A. Manzanero - versão: Ronnie Von)

FICHA TÉCNICA

Produzido por Arnaldo Saccomani
Foto: Cynira Arruda
Arte final: Tuninho de Paula
Direção de criação: Cosme de Oliveira

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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Coletânea - Grandes sucessos Chantecler (1966)

Principais intérpretes do selo Chantecler estão reunidos neste álbum lançado em 1966

Os amigos cultos e ocultos, como diz o Augusto, do blog Toque Musical, percebem que gosto de coletâneas. É verdade. Apesar de não ter explicação definida por essa preferência, que também recai sobre os compactos simples e duplos, nunca deixo de conferir as prateleiras de LPs e CDs de coletâneas. Acredito que a origem foi o hábito de acompanhar na adolescência a série "As 14 Mais", da CBS, que muitas vezes trouxe lançamentos de Roberto Carlos, Wanderléa, Renato e seus Blue Caps, Leno e Lilian, Jerry Adriani, e tantos outros presentes até hoje. Foram 29 volumes entre 1960 e 1979. Uma das vantagens que as coletâneas nos oferece é a possibilidade de ouvir vários intérpretes numa só tacada.

Este LP reúne cantores da chamada Velha Guarda - ou Melhor Guarda, numa alusão a Melhor Idade, atribuída a quem tem mais de 60 anos. A verdade é que o comprei há mais de 10 anos para atender ao pedido da minha irmã. Ela sabia cantar a música "Tango Triste" - que ouvia na infância pelo rádio e não tinha a mínima ideia de quem seria o intérprete. Ela me questionou a respeito, e gargalhamos quando respondi que não conhecia a música e nem sabia quem era o cantor, pois não é do meu tempo, apesar da diferença de apenas três anos entre nós. Mesmo assim, durante anos, procurei pelas duas respostas. Até que achei este álbum a venda no Mercado Livre. Conferi o título "Tango triste", interpretado por um cantor, Haroldo José, e comprei sem saber se, de fato, era a música que procurava. "Tango Triste" também foi gravada em 1960 pela cantora Leila Silva, presente neste álbum com "Não sabemos", da mesma época.

Felizmente, tive sorte, e minha irmã a reconheceu assim que começou a ouvir. O repertório deste "Os Grandes Sucessos Chantecler", lançado em 1966, é formado por hits do final dos anos 1950 e início dos 1960. A relação das faixas, a primeira vista, me pareceu estranha, pois só conhecia "Poema", com Renato Guimarães. Foi só colocar o vinil na pick-up e constatar que conhecia parte do repertório, me remetendo a uma viagem ao tempo em que as emissoras de rádio eram populares fontes de entretenimento. A música, assim como o odor - seja qual ele for - tem a magia de nos transportar para fatos passados. Mas como o tempo não para, é melhor seguir em frente, e conferir o repertório:

01 - Cláudio de Barros - Cinzas do passado
..... (Cláudio de Barros)
02 - Haroldo José - Tango triste
..... (Oswaldo Souza - Haroldo José)
03 - José Orlando - Alma de boêmio
..... (Tião Carreiro - Benedito - Seviéro)
04 - Renato Guimarães - Poema
..... (Fernando Dias)
05 - Tito Martinez com declamação de Moraes Sarmento - Luar de Vila Sônia
..... (Paulo Miranda)
06 - Lurdinha Pereira - Lembrança
..... (José Fortuna)
07 - Loiva Terezinha - A mamadeira
..... (Osmar Safeti - vs: Demosthenes Gonzales)
08 - Poly - Noite cheia de estrelas
..... (Cândido das Neves "Índio")
09 - Cláudio de Barros - Teu desprezo
..... (C. Barros - Geraldo Blota - Serafim C. Almeida)
10 - José Orlando - Somente tu
..... (Luiz de Castro)
11 - Orlando Dias - Por uma noite ainda
..... (Cid Magalhães)
12 - Leila Silva - Não sabemos
..... (Rubens Caruso)
13 - Heleu Araújo - Capricho cigano
..... (Mário Zan - Messias Garcia)
14 - Loiva Terezinha - Olá, você por aqui?
..... (Demosthenes Gonzales)

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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Compacto Simples - Os Trips (1967)

Single gravado em 1967 por Os Trips, na Astor, traz influências de Os Vips e Deny & Dino

No último dia 3, durante o lançamento do livro "Rock Brasileiro 1955-1965, do Albert Pavão, lá no restaurante do Ed Carlos, em São Paulo, tive a oportunidade de conhecer e bater um papo com o Lipa, um dos apresentadores do programa Circo Circuito. A conversa, é claro, girou em torno do rock nacional, principalmente no que se refere aos cantores e bandas obscuras dos anos 60 e 70. Foi quando o Lipa comentou que, entre as raridades do seu acervo, figura um compacto simples de 1967 da dupla Os Trips, lançado pelo selo Astor. Fiquei surpreso com a revelação, pois eu não só conhecia a dupla, como também tinha as duas músicas do single, fornecidas pelo Wilson Francisco (à direita na foto da capa acima), um dos componentes da dupla.

Apesar de conhecer as músicas, gravadas numa fita cassete, nunca vi o disco. O próprio Wilson tinha apenas um exemplar, guardado a sete chaves, e não emprestava pra ninguém. Solicitei, então, um favor ao Lipa: que ele escaneasse o disco para que eu pudesse conhecê-lo, mesmo que fosse por foto. Ele não só atendeu ao meu pedido, como também forneceu todo o material para postagem no blog, a quem agradeço pela colaboração. No lado A, Os Trips cantam "Sem você", composta pela dupla, que interpreta sob forte influência de outra dupla famosa, os Vips. Já no lado B, "Pura asneira" - gravada originalmente por Dirceu, um dos autores da música - a influência é de Deny & Dino, famosos na época.

Pra quem não sabe, O Circo Circuito é um programa musical, com blog e canal no YouTube, dedicado ao resgate cultural brasileiro das décadas de 60 e 70. Por meio desses meios, o Circo Circuito apresenta histórias de movimentos musicais perdidos no limbo, mas que sempre estiveram à frente de seu tempo. Todo acervo do programa é original e só executa vinil da época. Nas entrevistas, realizadas com os próprios protagonistas, o internauta é informado também sobre a trajetória, histórias e curiosidades desses músicos - a grande maioria desconhecida do grande público. Vale a pena conferir, e se você é um daqueles que se interessam pelo assunto, o programa também aceita sugestões e dicas do público. Basta mandar um e-mail (circocircuito2009@gmail.com) que o Lipa e o seu amigo Tiago terão maior prazer em recebê-lo.

Conheci o Wilson Francisco na época em que trabalhava em Pinheiros, bairro de São Paulo, pois a galera do serviço frequentava um barzinho, hoje fechado, em que o Wilson costumava dar uma canja. Foi assim que o conheci, e mantive amizade durante um bom tempo. Lembro-me que, na época, o Wilson comentou sobre seu parceiro de dupla, na verdade o irmão, que faleceu ainda jovem, segundo ele. Foi o único disco gravado pela dupla, e lamento por nunca perguntar a ele sobre o nome e idade do irmão. O Wilson, que gostava de cantar, inclusive em karaokês, até me presenteou com um disco flexível no qual gravou um jingle de sua autoria para a campanha eleitoral do Zé Maria - aquele ex-jogador do Corinthians que integrou a equipe brasileira de futebol nas Copas de 1970 e 1974 - candidato em 1988 a vereador de São Paulo. Além desse jingle, o Wilson Francisco também me presenteou com um CD independente, intitulado "Canção por um mundo melhor" (na foto acima), que tinha acabado de gravar e com 100% do repertório de sua autoria. Faz uns sete ou oito anos que não o vejo e espero um dia encontrá-lo, pois se trata de um cara muito legal. Enquanto isso, confira as músicas deste raro compacto:

01 - Sem você (Os Trips)
02 - Pura asneira (Dirceu Graeser - Antonio Aguilar)

FICHA TÉCNICA

Diretor artístico: Aristóteles Silva
Estúdio: Pauta
Técnico de som: José Cordeiro Netto
Arranjos e acompanhamento Escuderia Musical Mouza

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Coletânea - Jovem Guarda Remix - Volume 2

Contracapa atualizada da coletânea com sucessos da Jovem Guarda em versões remixes

Eu não planejava postar um segundo volume de remix da Jovem Guarda, mas diante da demanda do primeiro volume, achei que poderia elaborar arquivos para a presente postagem. Assim como o anterior, parte do material foi extraída do CD de remix das gravações comemorativas dos 30 anos da Jovem Guarda. Originalmente, estes remixes foram produzidos em forma de pout-pourri, com três músicas em cada faixa. Assim, separei cada canção e fiz uma montagem, incluindo alguns efeitos especiais, para torná-la completa. Infelizmente, algumas dessas gravações originais não estão com a letra completa, como Ternura e Última Canção, entre outras, mas mesmo assim passaram pela montagem. Informo que esse processo envolveu as 14 primeiras faixas, sendo que as restantes, da 15 a 19 foram baixadas no SoulSeek, enquanto a 20ª foi extraída do CD "Dogs and the mastermixers. Confira:

01 - Sylvinha Araújo - Banho de lua (Tintarella di luna)
..... (F. Migliacci - Filippi - Fred Jorge)
02 - Jerry Adriani - Broto legal (I'm in love)
..... (H.Eanhart - Renato Corte Real)
03 - Caetano Veloso - O calhambeque (Road hog)
..... (Gwen - John Loudermilk - Erasmo Carlos)
04 - Renato e seus blues Caps - O escândalo em família
..... (Shame and scandal in the family)
..... (Mickie Grant - Fred Jorge)
05 - Sérgio Reis - Coração de papel
..... (Sérgio Reis)
06 - Dori Edson - Veja se me esquece
..... (Marcos Roberto - Dori Edson)
07 - Ed Wilson e Lilian - Devolva-me
..... (Renato Barros - Lilian Knapp)
08 - Golden Boys - Esqueça (Forget him)
..... (Mark Anthony - Renato Corte Real)
09 - Leno - A pobreza
..... (Renato Barros)
10 - Lilian - Lacinhos Cor-de-rosa (Pink shoes laces)
..... (Mickie Grant - Fred Jorge)
11 - Jerry Adriani - Doce doce amor
..... (Raulzito - Mauro Motta)
12 - Martinha - Última canção
..... (Carlos Roberto)
13 - Erasmo Carlos - O caderninho
..... (Olmir Stocker)
14 - Wanderléa - Ternura
..... (Somehow it got to be tomorrow) (Today)
..... (E. Levitt - Kenny Karen - Rossini Pinto)
15 - Roberto Carlos - A volta
..... (Roberto Carlos)
16 - Wilson Simonal - Vesti azul
..... (Nonato Buzar)
17 - Ricardo Braga - Pega Ladrão
..... (Getúlio Cortes)
18 - The Fevers - Vem me ajudar (Get me some help)
..... (Vangarde - Byl - Rossini Pinto)
19 - Leno e Lilian - Pobre menina (Hang on sloopy)-(DJ Merlin Hot Mix)
..... (Bert Russel - Wes Ferrell- Leno)
20 - Sylvinha Araújo - Biquini de bolinha amarelinha tão pequeninino
..... (Itsy bitsy teenie weenie yellow polkadot bikini)
..... (Pockriss- Vance - Hervê Cordovil)

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domingo, 11 de dezembro de 2011

Coletânea - Hit Parade dos Estados Unidos (1960)

Álbum lançado em 1960 reúne astros nacionais e internacionais cantando em inglês

Aqui está mais uma coletânea que considero muito interessante, principalmente por reunir grandes nomes nacionais e internacionais. A diferença em relação a coletâneas postadas anteriormente está no fato de que este “Hit Parade dos Estados Unidos”, lançado pela Columbia (hoje Sony) em 1960, reúne interpretações em inglês. Entre os artistas estrangeiros presentes estão Johnny Mathis, Kitty Kallen, Richard Maltby e Johnnie Ray. O principal destaque, entre os brasileiros, é o saudoso Sérgio Murilo, que na época gozava de enorme prestígio e era o principal nome da gravadora. Não por acaso, o cantor está presente em três das 12 faixas, extraídas do seu primeiro LP, gravado em novembro de 1959, com acompanhamento da orquestra do maestro Lyrio Pinacalli. O álbum também traz canções interpretadas por Cauby Peixoto, Conjunto Farroupilha e a hoje desconhecida Julie Joy.

Para quem não sabe, a cantora Julie Joy – falecida em 12 de abril deste ano no Rio de Janeiro - também foi atriz e apresentadora. Iniciou a carreira em 1948, aos 18 anos, na Rádio Guanabara, mas na época não levava a profissão a sério. Gostava de cantar músicas americanas, como a contemporânea Leny Eversong, mas decidiu investir em sua carreira de cantora a partir de 1955, incluindo músicas nacionais e internacionais no repertório, como as duas canções incluídas neste LP. Segundo o site "Memória da MPB", a artista foi contratada em 1956 pela etiqueta Sinter e lançou seu primeiro disco, com o fox-trot "Verão em Veneza" (Incini e Ribeiro Filho) e o samba "Finge gostar" (Meira e Chico Anísio). Além de trabalhar no Rádio, também atuou em diversos programas da TV Tupi carioca, sendo uma das principais amigas da também saudosa Dolores Duran. No ano seguinte, acompanhada de Britinho e sua orquestra, Julie gravou o xote "Amor é Bom de Dar" (Bruno Marnet e Roberto Faissal) e a "Valsa do Primeiro Filho" (Ari Rabelo e Luiz de França). Naquele ano passou a gravar pela Columbia e lançou um disco com Renato de Oliveira & Orquestra, no qual cantou o beguine "Sombras" (Johnny Mercer e Lavello, versão de Arierpe) e o bolero "Tinha que Ser" (Fernando César).

Em 1958, Julie Joy foi coroada Rainha do Rádio, sendo a última cantora a receber o título. Nesse mesmo ano, participou de dois filmes: "E o Bicho Não Deu...", produzido pela Herbert Richers, e "O Camelô da Rua Larga", pela Cinedistri. Também lançou disco, com o bolero "Podes Voltar" (Othon Russo e Nazareno de Brito) e a valsa "E A Chuva Parou" (Ribamar, Esdras Silva e Vitor Freire). As duas canções são incluídas em seu primeiro e - acredito - único LP "Joias de Julie Joy" (na foto ao lado). Em 1960, acompanhada da orquestra e do coro de Bob Rose, Julie Joy gravou os fox "Você Não Tem Razão" (Bartel, Burns e Magio) e "Quero Sonhar" (J. Gluck Jr e F. Tobias), com versão de Renato Corte Real. Poucos anos depois, deixa a carreira artística de lado e casa-se com o compositor João Roberto Kelli. Mesmo com discografia modesta, Julie foi muito respeitada como cantora, graças a afinação e bonita voz, como se pode comprovar nas duas faixas presentes neste álbum. Confira:

01 - Kitty Kallen - If I give my heart to you
..... (Craos - Jacobs - Brewstar)
02 - Johnny Mathis - The best of everything
..... (Cahn - Newman)
03 - Sérgio Murilo - Put your head on my shoulder
..... (Paul Anka)
04 - Julie Joy - Mack the knife
..... (Well - Brechet - Blitzetein)
05 - Cauby Peixoto - I'll be seeing you
..... (Irving Kahal - Sammy Fain)
06 - Richard Maltby - Morgen (One more sunrise)
..... (Mosser - N. Sherman)
07 - Johnny Mathis - Misty
..... (Burke - Garner)
08 - Sérgio Murilo - Oh! Carol
..... (Howard Greenfield - Neil Sedaka)
09 - Johnnie Ray - I'll never fall in love again
..... (Ray)
10 - Julie Joy - See you in september
..... (Sherman Edwards - Sid Wayne)
11 - Conjunto Farroupilha - Três chic
..... (C. Rosoff - B. Motola - J. Halfman - E.D.Alves Castro)
12 - Sergio Murilo - Personality
..... (H. Logan - L.Price)

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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

EP - Oliveira e seus Black-Boys - My boy lollipop

EP do Oliveira e seus Black-Boys traz gravações instrumentais de hits internacionais

Não tenho muita referência a respeito do Oliveira e Seus Black-Boys, apesar da postagem de alguns discos desse grupo instrumental em alguns blogs. Segundo o amigo Augusto, lá do Toque Musical, que disponibiliza o LP "Oliveira e seus Black-Boys em Novas Travessuras Musicais" para download, o grupo surgiu no início dos anos 60. Liderada pelo saxofonista Antonio Oliveira de Souza, a banda foi formada exclusivamente com músicos negros e de alta qualidade. O conjunto provavelmente foi inspirado, assim como The Jordans, The Clevers e The Jet Black's, nos grupos instrumentais norte-americanos, muito populares na época, como The Ventures e The Shadows.

Este raro compacto duplo da banda, lançado pela Copacabana, não traz a data da produção, mas tudo indica que é de 1964, considerando o repertório capitaneado por "My boy lollipop", sucesso original da jamaicana Millie Small e que também fez sucesso por aqui com a versão gravada pela Wanderléa um ano antes da estreia do programa Jovem Guarda em 1965. "Meu bem lollipop" é, inclusive, apontado como o primeiro ska gravado no Brasil. Outro indício que confirma o ano de 1964 está no livro "Rock Brasileiro 1955-1965", do Albert Pavão. No livro, mais precisamente na parte dedicada a discografia relativa aos 10 primeiros anos do rock tupiniquim, consta a inclusão de "My boy lollipop", executada pelo grupo, na coletânea "As 14 Maiorais - Volume VI". Este EP, porém, não é citado no livro.

Peço desculpas aos amigos pelo estado precário da capa. Infelizmente, não sei manusear o Photoshop e uso as imagens como realmente se encontram. Uma pena. Fico admirado com o trabalho primoroso de muitos blogueiros que conseguem transformar capas reconhecidamente detonadas em algo novo, muitas vezes melhores que as originais. Entendo, porém, que o mais importante é o conteúdo do disco. Neste caso, a banda se revela competente, com músicos de primeira linha, e lamento que não tenha emplacado durante a efervescência da Jovem Guarda. Confira:

01 - My boy lollipop
..... (Morris Levy - Johnny Roberts)
02 - L'amore mio (Remember me)
..... (Shelly Coburn - Migliacci)
03 - The first night of the full moon
..... (Alfred Kealoha Perry - Hal David)
04 - Gone, gone, gone
..... (Dan - Phil Everly)

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