Gato gravou um compacto simples pela RCA, mas seria ele o intérprete dos discos abaixo?
Fãs do grupo The Jet Black´s devem se lembrar do José Provetti, mais conhecido pelo apelido, Gato, por sua performance como solista de guitarra e tecladista. Ao ver o único LP, intitulado "O pulo do gato", que o instrumentista gravou pela RCA em 1967, postado no excelente blog La Playa Music, do amigo Hedson, lembrei-me do compacto simples que ele lançou nesse mesmo ano. O single contempla duas músicas autorais: "Dor de cotovelo" (em parceria com E.P.Neto) e "Pernacchia". Antes, porém, Gato já tinha deixado sua marca num 45 RPM gravado no selo Young, do Miguel Vaccaro Neto, a primeira gravadora no Brasil dedicada exclusivamente ao público jovem.
As referências discográficas que encontrei na rede sobre o instrumentista se resumem nestes três discos, além das gravações realizadas com o The Jet Black's. A coisa se complica diante de outros dois compactos simples, um de 1972 e outro de 1973, lançados por Gato - seria homônimo? - na gravadora Continental. Quando os comprei, num sebo em Sampa, logo imaginei que seriam do ex-componente do The Jet Black´s e do RC-7 (sim, o Gato tocou na banda do rei), pois os compositores - Getúlio Côrtes, Nenéo e Rossini Pinto - são da turma da Jovem Guarda, e conviveram com o músico, que deixou de trabalhar com Roberto Carlos no período dessas gravações. Tudo conspirou para que eu acreditasse nisso. A dúvida sobre a identidade do Gato em questão surgiu quando coloquei o disco pra tocar. Eu, que imaginava ouvir instrumental, me deparei com um cantor de boa extensão vocal. Nunca li qualquer referência sobre essa qualidade do guitarrista. Afinal, quem é este Gato?! É o mesmo do The Jet Black's? Quem souber, por favor, esclareça a dúvida nos comentários. Agradeço desde já.
O músico José Provetti nasceu em Valparaíso (SP) em 07 de janeiro de 1941, filho de pais lavradores (Ricardo Provetti e Antonia Buonvonatti). Em 1948, A familia mudou-se para a capital paulista, onde estudou violão. No inicio dos anos 60, J.Provetti era DJ na rádio Piratininga e após ter gravado o disco na Young, foi convidado pelo baterista Jurandy Trindade para assumir a lead guitar dos The Vampires (posteriormente os Jet Black's). Gato tocou na banda até sair em 1966, sendo substituido pelo não menos competente Emilio Russo (ex-The Lions). Morreu em 31 de janeiro de 1996, vitimado por sequelas de um derrame cerebral, e foi sepultado no cemitério do Cajú (Rio). Seu funeral foi custeado pelo Roberto Carlos num gesto de reconhecimento ao músico que o apoiou quando formou o RC-3 e o RC-7. Confira o post:
01 - 1967 - Dor de cotovelo
..... (J. Provetti - E.P.Neto)
02 - 1967 - Pernacchia
..... (J. Provetti)
03 - 1972 - Tchau, tchau Maria (Ciao Maria)
..... (Mya Simille - Michael Delancray - Eric Charden - vs: Rossini Pinto)
04 - 1972 - Faça o pelo sinal
..... (Sandro Tavares)
05 - 1973 - Você não tem nada pra mim
..... (Nenéo)
06 - 1973 - Deixa tudo como estava
..... (Getúlio Côrtes)
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sexta-feira, 16 de março de 2012
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
The Jet Black's - Eu tô (Compacto simples 1983)
Disco foi lançado na época em que a banda Bliz abria caminho para os novos grupos
Aqui está um compacto simples legal do The Jet Black´s, lançado em 1983 pela Chantecler, em registro da segunda fase da banda, que retornou aos estúdios no ano anterior com o álbum Rides Again, da série Super Gala. O single traz "Eu tô", do baterista Jurandi e do guitarrista Guilherme Dotta, e a instrumental "Another night", de B. Welch, H. Marvin, B. Bennett e A. Tarney, que bem lembra os bons tempos do grupo paulistano, originalmente formado em 1961, com o nome The Vampires. A banda foi uma das pioneiras do rock instrumental no Brasil, na linha dos ingleses Shadows (tirou seu nome de Jet black, sucesso desse grupo) e dos norte-americanos Ventures, embora também tivesse êxito com gravações vocais.
Gravaram o primeiro disco em 1962, um 78 rpm com duas regravações dos Shadows, "Apache" e "KonTikí", que fizeram sucesso imediato. A banda era formada por Gato (José Provetti), guitarra-solo e órgão; Jurandi (Jurandi Trindade Abreu de Silva), bateria; Orestes, guitarra base; Ernestico, saxofone; e José Paulo, contrabaixo. Participaram também, como acompanhamento instrumental, em gravações de diversos cantores da época da Jovem Guarda, a exemplo de Deny e Dino, Ronnie Cord e Roberto Carlos. Em 1965 fizeram suas primeiras gravações vocais, no LP The Jet Black’s. Em 1968, Guilherme Dotta entrou no grupo, que fez sucesso até 1969, quando passou a ter formação variável em torno de Jurandi.
Vale lembrar que a volta da banda em 1982 aconteceu em momento oportuno, com o grupo Blitz no topo das paradas com "Você não soube me amar", abrindo as portas para as bandas que surgiam, como Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, Kid Abelha e outras. Uma audição de "Eu tô" é suficiente para constatar que o som produzido pelos The Jet Black´s estava bem de acordo com o rock da época. Os músicos participantes deste single são Rodolfo Braga (contra baixo), Guilherme Dotta (guitarra base), Ricardo Melchior (guitarra solo) e Jurandi (bateria). Em 1998, o nome Jet Black's foi assumido pelo tecladista Douglas Dotta (São Caetano do Sul), filho de Guilherme, que dá continuidade ao trabalho do grupo. Confira o single:
01 - Eu tô (Jurandi - Guilherme Dotta)
02 - Another night (B. Welch, H. Marvin, B. Bennett e A. Tarney)
Aqui está um compacto simples legal do The Jet Black´s, lançado em 1983 pela Chantecler, em registro da segunda fase da banda, que retornou aos estúdios no ano anterior com o álbum Rides Again, da série Super Gala. O single traz "Eu tô", do baterista Jurandi e do guitarrista Guilherme Dotta, e a instrumental "Another night", de B. Welch, H. Marvin, B. Bennett e A. Tarney, que bem lembra os bons tempos do grupo paulistano, originalmente formado em 1961, com o nome The Vampires. A banda foi uma das pioneiras do rock instrumental no Brasil, na linha dos ingleses Shadows (tirou seu nome de Jet black, sucesso desse grupo) e dos norte-americanos Ventures, embora também tivesse êxito com gravações vocais.
Gravaram o primeiro disco em 1962, um 78 rpm com duas regravações dos Shadows, "Apache" e "KonTikí", que fizeram sucesso imediato. A banda era formada por Gato (José Provetti), guitarra-solo e órgão; Jurandi (Jurandi Trindade Abreu de Silva), bateria; Orestes, guitarra base; Ernestico, saxofone; e José Paulo, contrabaixo. Participaram também, como acompanhamento instrumental, em gravações de diversos cantores da época da Jovem Guarda, a exemplo de Deny e Dino, Ronnie Cord e Roberto Carlos. Em 1965 fizeram suas primeiras gravações vocais, no LP The Jet Black’s. Em 1968, Guilherme Dotta entrou no grupo, que fez sucesso até 1969, quando passou a ter formação variável em torno de Jurandi.
Vale lembrar que a volta da banda em 1982 aconteceu em momento oportuno, com o grupo Blitz no topo das paradas com "Você não soube me amar", abrindo as portas para as bandas que surgiam, como Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, Kid Abelha e outras. Uma audição de "Eu tô" é suficiente para constatar que o som produzido pelos The Jet Black´s estava bem de acordo com o rock da época. Os músicos participantes deste single são Rodolfo Braga (contra baixo), Guilherme Dotta (guitarra base), Ricardo Melchior (guitarra solo) e Jurandi (bateria). Em 1998, o nome Jet Black's foi assumido pelo tecladista Douglas Dotta (São Caetano do Sul), filho de Guilherme, que dá continuidade ao trabalho do grupo. Confira o single:
01 - Eu tô (Jurandi - Guilherme Dotta)
02 - Another night (B. Welch, H. Marvin, B. Bennett e A. Tarney)
Postado por
Chico
às
07:27
5
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