Primeiro disco lançado por Os Incríveis na Espanha
Estreia com o samba rock El vendedor de bananas, de Jorge Benjor
Quem curte o grupo Os Incríveis, uma das mais expressivas bandas da Jovem Guarda, certamente vai gostar deste single, lançado em 1970 na Espanha e ainda inédito no Brasil. Trata-se do primeiro disco do grupo lançado no mercado espanhol, como informa a contracapa do compacto simples, disco de vinil com uma música em cada lado. O single, de 45 RPM, traz “Que cosa linda” e o samba rock “El vendedor de bananas”, ambas em versões gravadas em espanhol. Trata-se de um sanduba musical que os colecionadores vão gostar.
O grupo foi formado em 1962, em São Paulo, com o nome The Clevers, inspirado nos conjuntos instrumentais norte-americanos, muito populares na época, como The Ventures e The Shadows. Porém, aos poucos foram introduzindo músicas cantadas, interpretadas pelo guitarrista-base, Mingo, que tinha uma boa voz e chegou até a gravar isoladamente. As primeiras gravações datam de 1963 com um compacto e um LP, fazendo sucesso dentro do estilo twist, então na moda, com destaque para a música El Relicário.
Com outros discos gravados e diante dos comentários de um possível namoro do baterista Netinho com a cantora Rita Pavone, uma espécie de Madonna na época, que se apresentava no Brasil, a banda ganhou notoriedade. O resultado foi uma excursão com a cantora italiana por várias cidades da Europa. A banda era a responsável pela abertura dos espetáculos de Rita Pavone. Na volta, os músicos trouxeram na bagagem o primeiro equipamento completo de show, que deu uma guinada em suas apresentações, e gerou qualidade técnica de suas gravações. O grupo participou em 1965 da estréia do programa Jovem Guarda, ao lado de Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Wanderléa, Tony Campello e outros, na TV Record.
No entanto, devido a problemas legais com o empresário, a banda foi obrigada a mudar o nome, e optou por Os Incríveis, aproveitando o recall obtido com o sucesso do LP "Os incríveis The Clevers". É desse período o sucesso "O milionário", uma das mais executadas na época. O grande sucesso mesmo viria após a mudança do nome, quando chegou a ter um programa na TV Excelsior e a estrelar um filme, intitulado "Os Incríveis Neste Mundo Louco", com o Primo Carbonari.
Entre o fim da década de 60 e o início da seguinte, os artistas lançaram músicas muito populares como a versão "Era um Garoto que como Eu Amava os Beatles e os Rolling Stones" (Gianni Morandi, versão de Brancato Jr.), "Vendedor de bananas" (Jorge Benjor), "Molambo" (Jayme Florence Augusto Mesquita), "O vagabundo" (versão de George Freedman para Giramondo) e "Eu Te Amo, Meu Brasil" (Dom), canção identificada com o regime militar e que trouxe desprestígio para o grupo. Em 1971, os músicos também fizeram um segundo filme, "Conflito em San Diego", faroeste filmado em Ribeirão Preto (SP), produção italiana que acabou não vingando porque a banda se separou.
Após o encerramento, alguns dos integrantes partiram para carreira solo, como Netinho, que fundou o grupo Casa das Máquinas e lançou em abril de 2009 sua autobiografia. No fim da década de 80 se reuniram mais uma vez, com formações variáveis, para apresentações e shows pelo Brasil. Participaram ainda dos discos e shows comemorativos dos 30 anos da Jovem Guarda, em 1995. Fizeram parte d'Os Incríveis Mingo, voz e guitarra; Risonho, guitarra; Manito, teclados e saxofone; Netinho, bateria; Neno e depois Nenê, baixo.
A – Que cosa linda
B – El vendedor de bananas
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