Single de 1972 foi o último gravado por Vanusa em sua primeira passagem pela RCA Victor
Esta postagem é feita principalmente para atender ao pedido de um integrante da comunidade MC&JG, onde comecei a participar, graças ao convite dos amigos Recruta e Wilton, a quem volto a agradecer. Achei muito bom ler os comentários do pessoal da comunidade porque servem de referência para futuras postagens. É, como diz um amigo meu, “um plus a mais” (rs) que a gente tem, pois tenho a possibilidade de ampliar o leque de amigos com gosto em comum, obter leitura interessante e ainda enriquecer o meu acervo musical. É uma fonte inesgotável de conhecimento e cultura. Vou aproveitar, sem esquecer que se trata de via com mão dupla, pois também quero colaborar. Afinal, como destaca a frase que coloquei no blog, “somar é dividir”.
O single solicitado é da Vanusa, cantora que respeito, mesmo diante do episódio do Hino Nacional Brasileiro. Foi lançado em 1972, e contém duas músicas – “Homem”, de Taiguara, e “Sem mistério”, de Luis Wagner e Tom Gomes – inéditas em CD e nunca lançadas em coletâneas. Foi o último disco de sua primeira passagem pela RCA Victor, pois na sequência integrou o cast da Continental, onde estourou no ano seguinte com “Manhãs de setembro”. Lá, a artista gravou dois LPs, e ainda fez sucesso com “Sonhos de um palhaço”, canção que a colocou recentemente sob os holofotes porque esqueceu a letra em apresentação na TV. Retornou em 1975 na RCA para gravar o álbum “Amigos novos e antigos”, um dos meus preferidos de sua discografia que ainda tem o psicodélico de 1969. Entendo que os anos 70 foram os melhores de sua carreira porque a partir dos 80 – por motivos que desconheço – houve queda de qualidade, tanto na escolha do repertório quanto nos arranjos de suas gravações.
O último álbum de sua discografia, intitulado “Hino ao amor”, é de 1994. Nele, o destaque é a interpretação de “Como nossos pais”, de Belchior, em pé de igualdade com Elis Regina, mas o arranjo - sempre ele - em nada acrescenta ao original. Sei que muita gente, mesmo sem ouvi-la, não concordará comigo por achar que Elis está acima de qualquer comparação. Por outro lado, também acho que a cantora peca - talvez por falta de orientação - pelas regravações no disco de antigos sucessos do próprio repertório, como "Paralelas", "Manhãs de setembro", "Mudanças" e "Pra nunca mais chorar". Ou seja, figurinha repetida não preenche álbum, e o resultado é que está lamentavelmente há 17 anos afastada dos estúdios, período em que muitos artistas surgiram e desapareceram. É fato que, nesse hiato, ela se envolveu em alguns projetos, como os comemorativos de aniversário da Jovem Guarda e a participação num álbum coletivo em homenagem aos Beatles, mas isso pouco representa diante do que fez anteriormente. Enfim, é a minha opinião, e sei que estou sujeito a receber algumas pedradas. Antes que isso aconteça, acho melhor encerrar a postagem. Confira:
Lado A – Homem (Taiguara)
Lado B – Sem mistério (Luis Wagner – Tom Gomes)
Download aqui
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Vanusa eterna musa; linda, quanto a sua voz...eu curti muito o seu sucesso nos 70 e 80.
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